21. Amante

467 40 5
                                    

Severus continuou se movendo o máximo que pôde. Continuei transando com ele até que ele estivesse absolutamente mole - até que ambos estivessem - querendo beber o máximo que pudesse da voz, da pele e da respiração de Harry. Então, finalmente, totalmente exausto, ele caiu sobre o corpo de Harry e enterrou o rosto em seu pescoço. Seu coração batia forte no peito, e havia manchas em sua visão, e a pele de Harry cheirava a maná do céu, e Deus - como ele teve paciência para esperar tanto tempo? Ele deve ser algum tipo de santo.

— Eu te amo — ele murmurou, e as mãos de Harry subiram para suas costas, deslizando sobre o tecido de suas roupas. Merlin, ele ainda estava vestido. — Mais - mais do que nunca. Eu tentei... te contar...

— Eu sei — Harry respondeu, ofegante. — Eu sei. Me desculpe... desculpe por ter chamado você de idiota.

Severus soltou uma gargalhada. — Acho que mereci.

Harry riu um pouco também e virou o rosto para o cabelo de Severus. — Ei, uh... Severus?

— Hum?

— Eu sei que é tarde demais, mas... a cúpula é à prova de som?

Severus riu novamente, dando um beijo na pele úmida de Harry. — Ah, sim, perfeitamente à prova de som. — Ele fez menção de recuar, mas as mãos sobre ele se apertaram. — Eu não vou embora - só vou limpar você. E... minhas roupas. — Elas relaxaram novamente e Severus procurou sua varinha. Scourgify.

Depois que eles estavam limpos e as roupas de Severus arrumadas, ele se deitou ao lado de Harry no tapete que ele conjurou. Não foi seu melhor trabalho. O padrão era feio e a cor contrastava com os olhos de Harry. Ele supôs que estava distraído quando fez isso.

— Então... — Harry disse, procurando seus óculos e colocando-os para olhar para ele. — O vínculo mais precioso que se pode alcançar na vida.

— Você está me dizendo que não sabia? — Severus respondeu suavemente e Harry deu-lhe um tapa, mas Severus apenas pegou sua mão e a beijou. — É uma lenda, como eu disse.

— Bem, é verdade?

— Eu não sei o quão importantes nossos Patronos são ou não — Severus começou, beijando sua mão novamente, e depois a ponta de seu dedo indicador. — Mas eu sei que na sua ausência senti a perda não apenas de um parceiro ou amante, mas da essência do meu ser.

Os olhos de Harry brilharam. — Que romântico.

— Acredite em mim ou não. É a verdade.

— Eu sei que é. — Ele passou a ponta dos dedos pelo peito de Severus, subindo em direção ao colarinho e depois pela mandíbula. — Eu também senti isso. Quando você se foi. Era como se eu estivesse vazio. Esvaziado. E... eu estava... confuso. — Ele se aproximou e Severus o puxou, aninhando a cabeça na curva de seu pescoço. — Eu realmente senti sua falta — Harry sussurrou, e Severus passou os dedos no cabelo, no couro cabeludo.

— E eu, você... — ele começou. Mas ele não conseguiu terminar. Havia muito a dizer - muito ainda por fazer - e de repente ele descobriu que precisava de toda a sua vontade para permanecer presente. Para evitar pensar no futuro, ou, na verdade, em qualquer coisa que não fosse o modo como Harry se sentia em seus braços naquele exato momento. Ele se agachou, respirou fundo e tentou novamente. — Achei que nunca mais tocaria em você. Que presente você me deu... quando me deixou beijar sua bochecha. — Harry suspirou contra seu peito, e foi longo, lento e satisfeito. E isso também foi um presente. Seu contentamento.

— Você deveria ter me contado — disse ele. — Se você tivesse me contado, eu teria ficado. Você deveria ter me dito que tinha que matar Dumbledore.

Pacify | SnarryOnde histórias criam vida. Descubra agora