— Esse pode ser meu primeiro 'ouro' vindo de você — Severus riu. — Que honra.
— Ah, não — respondeu Harry. — Você ganha muito ouro. Você simplesmente não costuma perguntar minha cor depois que eu estou todo...
— Saciado? — Severus ficou de lado para passar os dedos pela pele de Harry. Ele ainda estava magro demais para parecer totalmente saudável e também estava bastante machucado. Ele estava machucado, arranhado, pálido e, claro, lindo.
— Sim — Harry concordou, arqueando-se um pouco ao seu toque. — Mmn. Era isso que eu queria no Chalé das Conchas, você sabe. Esta parte. Queria tanto. — Ele suspirou. — Quase me deixou louco só com suas mãos assim. Não consegui ver você, nem ouvir sua voz, nem nada.
— Chalé das Conchas? — Severus perguntou, passando a ponta do dedo indicador sobre um hematoma particularmente profundo em sua lateral. Estava logo abaixo da costela flutuante e era mais ou menos do tamanho de uma maçã. Como se ele tivesse levado um soco. Quem fez isso?
E eles já estavam mortos?
— Minha casa segura — Harry respondeu. — Na costa. Na casa de Bill e Fleur.
— Ah. — Severus circulou a marca com o dedo e Harry ergueu o braço para ver o que ele estava tocando. — Alguém bateu em você?
— Ah, não sei. Foi um caos. Talvez?
Severus baixou a cabeça para beijar o local. — Posso curá-lo? — ele perguntou.
— Você deu para mim? — Harry perguntou de volta.
— Não.
— Então você pode curá-lo.
Severus pegou sua varinha. — Senatio — disse ele, e o som desapareceu, e ele passou para outro, mais abaixo, de lado, e depois acariciou a pele cicatrizada com o polegar. — Você é incrível, você sabe — ele meditou.
— Hum? — Harry murmurou.
— Achei que queria você na Torre da Corvinal. Depois que você queimou aquelas varinhas — Severus continuou, movendo-se para um pedaço de pele em carne viva em seu cotovelo. — Consilio. — Ele desapareceu. — Achei que isso era mais desejo do que eu poderia suportar. — Ele se apoiou em um braço para pairar sobre ele, e Harry ficou imóvel e observou enquanto ele curava outro hematoma e, em seguida, uma série de pequenas queimaduras perto de seu umbigo. Faíscas de seus escudos, talvez. Esses escudos incríveis. — Eu fui tão... ingênuo.
— O que você está falando? — Harry perguntou, estendendo os braços sobre a cabeça em um alongamento luxuoso enquanto Severus terminava com uma última mancha de pele avermelhada e em carne viva.
— Toda vez eu acho que cheguei ao limite do meu amor por você — Severus continuou, dando um beijo em seu esterno e depois em seu peito. — A profundidade do meu desejo por você, você prova que estou errado. Achei que conhecia você. Achei que conhecia seu poder. Sua bravura, sua força, sua gentileza... — Ele olhou para a parte inferior da mandíbula de Harry, onde duas marcas de sucção estavam se desenvolvendo bem. — Eu não fazia ideia. E não apenas a sua magia, embora isso certamente tenha me chocado. Não apenas suas curas, ou suas barreiras, ou qualquer jaula dourada que me salvou da maldição da morte. — Harry inclinou um pouco a cabeça para olhar para ele. — Harry. Nunca na minha vida vi nada parecido com você rindo na cara do Lorde das Trevas .
— Você riu também — disse Harry, lançando-lhe um olhar opaco.
— Eu fiz? — Severus perguntou.
— Sim — Harry respondeu, e então olhou para o braço de Severus apoiado ao lado dele. Severus seguiu seu olhar para ver uma mancha vermelha recente no centro de sua bandagem. Ele supôs que devia ter irritado o ferimento na cabeceira da cama. Ou a camisa de Harry. Ou seu cabelo. Ou... alguma outra parte dele. — Posso curar isso? — Harry perguntou, estendendo a mão para tocar a mancha escura. — Agora que não estou... você sabe. Se foi para sempre.
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Pacify | Snarry
FanfictionPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...