Draco havia sido desarmado, isso estava bastante claro. Ele estava encostado na parede com as duas mãos estendidas e uma expressão de terror mortal no rosto. Foi Rowle quem o encurralou, como Severus presumiu que seria, e ele estava girando a varinha de Draco entre os dedos com um olhar feroz.
— Fique de joelhos e eu irei com calma, Draco — Rowle disse, segurando a mandíbula de Draco com uma mão grande. — Não gostaria de machucar esse seu lindo rosto, não é? Posso ser mais legal que Snape, se você for bom.
— Posso ajudar? — Severus perguntou. Ambos se viraram para olhar para ele e Draco engasgou como se tivesse acabado de ser cortado da forca.
— Snape — Rowle disse sem soltar a mão. — Eu pensei que você estava...
— A uma distância que não fosse possível ouvir os gritos? — Severus sacudiu a varinha e fez Rowle recuar um passo. — Essa é minha propriedade que você está administrando.
— Ah, é? — Rowle perguntou, olhando para Draco pressionado contra a parede. — Ele parecia que precisava de um pouco de manuseio. Achei que talvez você tivesse terminado com ele.
Severus zombou e sacudiu a varinha novamente, e a cabeça de Rowle caiu para trás como se ele tivesse levado um soco.
— Você parece estar tendo a falsa impressão de que caí em status, Rowle — ele disse lentamente. — Acho que você descobrirá que não. E acho que você descobrirá que não compartilho nem sou gentil com ladrões. Se você tocar no que é meu de novo eu vou te matar. — Rowle era muito maior do que ele, é claro, mas isso não importava. Magia era o que importava. Magia e o favor do Lorde das Trevas. E Severus tinha ambos de sobra, como Rowle bem sabia. Então, quando Rowle se recuperou do golpe, ele controlou sua expressão, e não olhou para Draco novamente. Severus quase ficou desapontado. Poderia ter sido bom machucar alguém.
Ele estendeu a mão.
— A varinha dele, por favor.
— Minhas desculpas, Snape — disse Rowle, entregando-a. — Eu não sabia que você gostava tanto dele.
— Eu não gosto dele. Eu o possuo — Severus respondeu friamente, e então apontou a cabeça para Draco sem olhar para ele. — Venha, Draco.
Ele girou nos calcanhares. Ele podia ouvir Draco correndo atrás dele por todo o caminho de volta para dentro da mansão e subindo as escadas, e não diminuiu a velocidade para alcançá-lo.
Quando a porta de seu quarto se fechou, Draco caiu em seus braços.
— Obrigado — ele engasgou. — Obrigado, pensei que ele...
Severus o empurrou. — Saia de cima de mim — ele cuspiu, tirando suas vestes. —Controle-se.—
Draco tropeçou para trás contra a parede, assustado. — Desculpe — disse ele. — Você simplesmente... você me salvou.
— Estou ciente disso. — Severus olhou para ele e cruzou os braços, mas depois suspirou. Harry iria querer que ele fosse gentil. Ou, se não for gentil, pelo menos não ser cruel. Draco estava muito pálido. Talvez Severus estivesse... atrasado. — Ele te machucou?
Draco olhou para o chão. — Não — ele disse. — Na verdade. Ele apenas... pegou minha varinha.
— Eu vi. Você devia ser mais cuidadoso. — Se Pettigrew não o tivesse resgatado, teria sido isso, e toda aquela bobagem teria sido em vão. — Se eu não tivesse vindo...
— Eu sei — Draco sussurrou, cruzando os braços em volta de si. — Ele me encurralou. Eu não estava... não estava preparado. — Ele fez uma careta para as próprias pernas e, quando olhou para cima, Severus quase recuou ao ver a gratidão miserável em seu rosto . — Obrigado.
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Pacify | Snarry
FanfictionPacificar: 1. Acalmar a raiva ou a agitação de 2. Reduzir a um estado de submissão Ele cumpriria seu dever. Salvaria Draco, se pudesse. Protegeria os alunos, se e quando a escola caísse nas mãos dos Comensais da Morte. E Potter. No que lhe dizia res...