Capítulo 59

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Obrigada pelos 5 K pessoal!!!

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Acordei eram 9 da manhã. A casa estava movimentada por causa das crianças. Olhei pela janela e a Manu fazia boneco de neve com meu sogro. Natalie já não estava mais na cama. Fiz minha higiene, troquei de roupa e desci. A mesa do café ainda estava posta, eu me servi. Minha cunhada estava no sofá dando de mama, meu irmão estava montando um brinquedo da Manu, meus cunhados tinham saído, minha mãe, minha avó e minha sogra nem tinha sinal delas. Minha tia estava na cozinha com meu tio.

Tia: Bom dia.

Eu: Bom dia tia...

Tia: Já soube o que aconteceu.

Eu: É pra acabar viu tia... – suspirei.

Tia: Fiquei chocada também, mas lembre-se, não pode ficar nervosa, já passou deixa isso pra lá.

Eu: Eu dirigi as 3 da manhã, no meio da neve, pra tirar minha mãe, minha avó e minha sogra da cadeia. Isso não é normal.

Tia: Eu sei querida, mas já passou, não fica nervosa por isso.

Eu: Cadê minha mulher?

Tia: Foi ao hospital, precisavam de uma cirurgiã com urgência e ninguém podia, então ela foi, as 7 da manhã. – logo a Manu entrou toda vermelha por causa do frio.

Eu: Bom dia filha.

Manu: Bom dia mamãe... Eu fiz um super boneco de neve com o vovô.

Eu: Eu vou lá ver filha, deixa só a mamãe terminar o café tá? Passou creme no rosto?

Manu: Passei.

Eu: Chega por hoje de neve tá? Hoje está muito mais frio que ontem, vai acabar ficando doente.

Manu: Tá. O tio Lipe tá montando meu brinquedo. – logo eu terminei meu café, coloquei uma bota de neve, luvas, touca e um casaco e fui lá fora ver o boneco dela, tirei fotos dela, tirei foto com ela também. Logo entramos. Na hora do almoço as três barraqueiras desceram para ajudar com a comida. Leandro não estava falando direito com a Deborah, minha mãe e a minha avó estavam sem graça comigo e eu não falei nada com elas. Todos almoçaram, eu fiquei esperando a Nat chegar pra almoçar com ela. Logo ela chegou, me sentei na cozinha pra comer com ela. No réveillon, eu já falava com a minha mãe, minha avó e minha sogra, mas ainda estava chateada com o que fizeram. A festa de réveillon foi bem divertida lá em casa aproveitamos muito. No dia 04 todos foram embora, nossa casa era só nossa novamente. Era hora de contar pra Manu do bebê. A gente fez cookies com ela pra contar, fizemos chocolate quente.

Nat: Filha senta aqui a mamãe tem que te contar uma novidade. – ela sentou no tapete com a gente pegando o chocolate quente dela.

Manu: Que novidade?

Eu: Você vai ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha... Tem um bebê aqui dentro da barriguinha da mamãe... – sorri.

Manu: Uau... – ela fez um uau tão engraçadinho.

Nat: Gostou filha?

Manu: Quando ele chega?

Eu: Ele chega só no fim de julho, ainda vai demorar um pouquinho. A barriga da mamãe vai crescer um pouquinho a cada mês que passar até ele ficar pronto pra sair daqui.

Manu: Vai ser menino?

Eu: Não sabemos ainda filha. Você quer que seja menino?

Manu: Tanto faz mamãe. – sorriu – Eu fiquei feliz – me abraçou.

Eu: Oh filha que bom que ficou feliz. – a beijei – Eu te amo muito. Você vai ser uma ótima big sister.

Nat: Vai mesmo filha você vai ser uma ótima big sister. – a noite Natalie e eu conversamos sobre isso.

Eu: Foi melhor do que eu esperava. Eu estava esperando por choro, negação, ciúmes, ir para o quarto e bater porta.

Nat: Eu também estava esperando por isso. Mas acho que ela se sente um pouco sozinha aqui. Todas os amiguinhos dela do colégio tem irmãos e muitos irmãos. A sala dela tem 18 crianças contando com ela, e ela é a única que é filha única. – nossa alegria não durou muito. As aulas da Manu retornaram no dia 7 de janeiro, ela foi super animada contando que seria irmã mais velha que ganharia um irmãozinho. E no mesmo dia já voltou cabisbaixa e foi assim por uma semana, até que ela não queria mais ir para a escola, não queria comer direito, não queria brincar de nada além de ficar desenhando. Estávamos no hospital trabalhando, estava numa cirurgia com a Lohana quando vieram me chamar. 

XX: Chefe Pugliese?

Eu: Sim?

XX: É da emergência, sua filha acabou de dar entrada com um corte na cabeça.

Eu: O que? O que houve? – assustei.

XX: Parece que foi na escola.

Eu: Ai meu Deus... Falou com a minha esposa?

XX: Sim, mas ela não pode sair da cirurgia dela, ela está só com um residente.

Lohana: Vai, eu termino.

Eu: Ok... – sai tirei a roupa da cirurgia e cheguei na emergência, uma pediatra suturava a cabeça dela, a diretora da escola estava com ela. – O que houve?

Manu: Mamãe... – começou a chorar.

Eu: A mamãe está aqui filha.

Diretora: Senhora Pugliese, a Manuella se envolveu numa briga com um coleguinha e os dois rolaram escada abaixo.

Eu: Como assim se envolveu numa briga? Como assim rolou escada abaixo?

Diretora: Acho que ela pode te explicar o motivo, porque ela não quer nos contar, mas a alguns dias ela tem se comportado assim e ela nunca se comportou mal na escola, e menos ainda com os amiguinhos.

Pediatra: Prontinho, foram 4 pontinhos, um curativo no dodói do braço e está tudo bem.

Eu: Fez raio x e tomografia?

Pediatra: Fiz, e está tudo normal ok. Aqui a receita caso ela tenha dor de cabeça, um antisséptico para ajudar na cicatrização. – peguei a receita.

Eu: Obrigada Abgail. – sorri.

Manu: Mamãe... Eu quero ir pra casa.

Eu:A gente já vai pra casa tá filha... –falei com a diretora, ela estava com a mochila da Manu. Fomos pra minha sala,eu assinei uns papeis e fui pra casa com ela. 

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora