Capítulo 92

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Voltando a nossa história, eu fui para o escritório tinha que abrir correspondência eu não abria a duas semanas. Separei as minhas, as da Priscilla e as da casa. Entre as contas da casa tinham 4 faturas vinculadas na nossa conta que era o cartão de crédito de despesas da casa e dos carros e os cartões das meninas. Eu abri e quando cheguei na quarta página tinha um nome desconhecido pra mim.

Eu: Luanne Baby... – repeti. Tentei me lembrar e não conseguia me lembrar de nenhuma loja com esse nome e era no valor de 5 mil dólares. – Um nome desses se não é loja de bebê é nome de puta... - falei para mim mesma - PRISCILLLAAAAAAAAAA... – berrei minha esposa. Ela logo veio com o jornal dela na mão.

Pri: Oi amor?

Eu: Está gastando com prostituta amor? – perguntei ainda olhando o detalhamento da conta.

Pri: Que pergunta besta Natalie. Eu? Gastando com prostituta?

Eu: Tem uma conta aqui no cartão bem alta de 5 mil dólares pra uma Luanne Baby. Isso ou é loja de bebê ou é nome de puta. – ela ficou me encarando.

Pri: Que comparação estranha amor. Deixa ver – pegou da minha mão. – Essa não é a conta da casa, código 2478 é a conta de uma das meninas. A da casa é 2400. – pegou o celular e digitou o nome na busca. Logo ela arregalou os olhos. – Esse nome é o destinatário de uma conta bancária de um clinica. – sentou no computador e fez algumas pesquisas. – Meu Deus...

Eu: O que foi? – olhei para a tela. – Uma das nossas filhas está grávida. – me sentei.

Pri: Ou fez um aborto... A clinica faz abortos... – eu passei as mãos no rosto.

Eu: Olívia?

Pri: Olivia namora a Summer. E pra ela fazer um aborto legal, ela teria que ter uma autorização minha ou sua.

Eu: Manuella. Namoro acabou sem mais nem menos, o nome dele não pode nem ser mencionado nessa casa que parece a invocação de satanás.

Pri: Natalie – suspirou – Quem mudou da água para o vinho, cada dia um garoto saía da nossa casa de hospedes pela manhã, está esquisita a semanas, voltou pra dentro da casa, está estudando feito uma máquina, fumava maconha feito uma caipora e parou. Fugindo da mãe dela, fugindo de nós, está sempre pensativa, não está bebendo, e sacou 5 mil dólares da conta da mãe dela. Tem uma chance de descobrir...

Eu: Maddie é a nossa grávida. – pegou o telefone. – O que vai fazer?

Pri: Oi, boa tarde... Eu sou a doutora Pugliese chefe de cirurgia do Massachusetts General. Uma paciente fez um procedimento com vocês e eu preciso do prontuário dela para anexar nos exames que ela vem fazendo... – a pessoa perguntou algo – Ah sim, o nome dela é Maddison Pettersen, ela esteve ai a um mês mais ou menos. Ok... – esperou. – Sim, pode me enviar por e-mail? – deu o e-mail dela. – Ok, qual seu nome mesmo? Deyse, obrigada Deyse, o MGH agradece sua pronta colaboração. – desligou.

Eu: Usando o hospital amor... dando carteirada... – cruzei os braços.

Pri: É a Maddie, você não quer saber?

Eu: Quero – ela entrou no e-mail dela e logo chegou um e-mail com a ficha médica da Maddie. Ela imprimiu duas copias para vermos juntas. – Ela fez um aborto.

Pri: Fez... ela não procurou a gente antes. - falou decepcionada. 

Eu: Ela com certeza estava com medo Priscilla. Se ela nos procurasse, automaticamente iriamos falar com a Agatha e ela não queria ser julgada.

Pri: Natalie sabe o que penso sobre isso. As mulheres são livres para decidirem o que fazer com seus corpos. Eu apoio o aborto legal, por uma questão de saúde pública e de segurança, porque a proibição mata muitas mulheres em procedimentos clandestinos, isso quando não se concretiza e os bebês nascem com todas as doenças possíveis e impossíveis. E mesmo apoiando essa pauta, eu, Priscilla não faria um aborto de jeito nenhum e eu gostaria que minhas filhas conversassem comigo antes de tomarem uma atitude dessas.

Eu: Amor eu compartilho do seu pensamento você sabe disso, mas como eu disse, ela estava com medo com certeza. Ela não ia se abrir com a gente.

Pri: Mas a Manuella com certeza sabia. E com a perspicácia da Olivia em pegar assuntos no ar, ela também sabia de alguma coisa ou descobriu alguma coisa.

Eu: Vamos conversar com ela quando ela chegar.

Pri: Eu vou ligar pra Agatha.

Eu: Acho que a gente deveria falar com ela primeiro.

Pri: E deixar isso ficar pior?

Eu: Pior vai ficar se antes de falarmos com ela sobre os motivos dela, a gente contar pra uma Agatha que já está furiosa com ela e vai vir mais furiosa ainda e deixar tudo dez mil vezes pior. Se a gente não der segurança pra ela agora, a gente perde o resto de controle que temos sobre ela Priscilla. A gente criou essa família pra ela, porque sabíamos que a Agatha não seria consistente, e no fundo a Agatha sabe que não seria capaz de dar consistência pra filha dela. Então criamos essa família estranha pra Maddison com três mães depois de uma convivência forçada onde ela se passou por sua filha enquanto a mãe dela se envolvia com a máfia que o principal integrante era o pai dela. Somos a única coisa consistente que ela tem desde que a mãe dela saiu daquele hospital, então por mais que ela já seja uma adulta e quase dona do próprio nariz, não vamos perde-la agora, não vamos perder o resto de controle que temos sobre ela agora.

Pri: Tudo bem, você tem razão. – a gente passou o resto do dia inquieta, esperando as meninas voltarem. Elas chegaram por volta de 20 horas, subiram foram tomar banho. 

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora