Capítulo 100

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A gente pediu almoço, tomei banho, arrumei uma bolsa pra ela com pijama, roupa intima, produtos de higiene pessoal, arrumei umas coisas pra mim também, almocei com as meninas, liguei pra minha sogra que se assustou, mas logo a acalmei, falei com meus pais também, logo peguei meu carro e voltei pra o hospital. Ela ainda dormia, estava bem. Fui ver a Dani, ela fazia fisioterapia já. – Oi...

Dani: Oi... Como a Pri está? Fiquei sabendo.

Eu: Ela está bem graças a Deus. Foi um susto bem grande.

Dani: Logo ela estará aqui mandando na gente de novo.

Eu: Sem dúvidas. E você? Como você está?

Dani: Com muita dor, com saudade dos meus filhos, mas não quero que eles me vejam assim ainda tão inchada e machucada, eles já viram coisas demais.

Eu: Eu entendo. Eles estão bem com a sua irmã e com a sua mãe.

Dani: Sim, e aquele desgraçado preso.

Eu: Alguma noticia sobre a situação dele?

Dani: Não vai ser liberado nem sob fiança. Foi preso em flagrante, fui agredida na frente do nosso filho de 8 anos, e o nosso filho tem traumas por causa dele, nosso filho de 15 anos chamou a polícia, não tem como ele sair, ele oferece risco a nossa vida. Pedi medida protetiva até contra a família dele. Não quero ninguém perto de nós. Minha mãe disse que a mãe dele está muito constrangida, foi lá em casa retirou tudo que é dele, levou o carro dele, a casa é minha, os bens são meus e das crianças, ele não tem nada no nome dele além da empresa dele, então agora o advogado está dando andamento no divorcio e não quero ter que vê-lo nunca mais. Nem no julgamento serei obrigada a vê-lo, eu posso pedir que ele seja retirado da audiência na hora que eu prestar depoimento. – conversei com ela um tempo, a irmã dela chegou e eu fui ficar com a Pri. Ela acordou por volta de 16 horas.

Eu: Oi... – sorri.

Pri: Oi... Que dor de cabeça...

Eu: Você fez uma cirurgia se lembra?

Pri: Lembro, mas não me lembro a causa. O que foi?

Eu: Cisto subaracnóide no seu sistema nervoso central. Foi retirado com sucesso. Por isso a dor de cabeça, o enjoo, a confusão mental, a visão turva.

Pri: Eu desmaiei no banheiro não foi?

Eu: Sim. Eu achei que você estava tendo um derrame ou um ataque isquêmico... – conversamos um pouco, eu chamei o médico e ele a examinou. Ela estava bem. No dia seguinte ela recebeu alta antes do almoço, as meninas fizeram o almoço, elas cozinhavam bem, era domingo a Pri chorou ao ver as meninas, acho que caiu a ficha do que aconteceu, e ela no fundo estava com medo de ser algo grave. A gente almoçou, ela tomou os remédios e foi deitar. – Está confortável?

Pri: Sim, obrigada.

Eu: Amor, desculpa ter te deixado preocupada com aquilo da Dani. – ela suspirou – Eu nem me lembrava do que eu tinha dito aquilo.

Pri: Você sabe que eu jamais encostaria um dedo em você não sabe?

Eu: Sim, eu sei... Foi inconsciente, eu nem pensei pra falar, eu só me coloquei no lugar dela por um momento e tudo isso me engoliu. Eu confio em você, sei que jamais encostaria em mim.

Pri: Eu te amo, e eu te amo muito... Eu nunca machucaria você. Nem quando a gente se separou daquele jeito conturbado.

Eu: Eu sei. Me perdoa por isso, não queria plantar insegurança no seu coração, eu te amo. – dei um beijo nela.

Pri: Te amo, muito...

Manu: Estão peladas? – olhamos pra ela com as mãos nos olhos.

Pri: Por enquanto... – riu.

Manu: Taradas... – riu. – Precisa de alguma coisa mãe?

Pri: Preciso.

Manu: Do que? Posso providenciar.

Pri: Um chameguinho seria bastante apreciado.

Manu: Hum, isso eu posso dar. – subiu na cama e a abraçou, fazendo carinho nela. E foi assim a semana toda. As meninas chegavam da escola e da faculdade e ficavam por conta da Pri e ela estava amando essa atenção toda. Mais uma vez nossa viagem foi adiada e decidimos ir no final de semana seguinte. Ela estava recuperada 100% e a gente estava animada.

Pri: As três... – as meninas estavam sentadas no sofá – Sem festas nessa casa, sem bagunça, sem sexo, eu não quero ninguém trazendo estranhos aqui ok senhorita Maddison? Principalmente a senhorita. Olivia, se a Summer entrar nessa casa, você vai pra um colégio interno no Alaska, eu não quero aquela abusada nessa casa e nem diante dos meus olhos nunca mais. E você Manuella, tente não botar fogo nessa casa, e faça com que as suas irmãs não coloquem fogo nessa casa. As três... Perninhas fechadas, conservam a vida de vocês...

Maddie: Depois dessa ameaça, vou virar celibatária.

Eu: Não seria má ideia.

Manu: As duas vão transar até em cima da TV e a gente não pode fazer uma festa. – rolou os olhos.

Eu: Se quiser a gente transa todo dia de porta aberta e gemendo bem alto vamos traumatizar vocês três pra sempre. Temos mais de 50 anos, somos gostosas e não estamos mortas. Mães transam e transam muito, principalmente nós duas. – pisquei pra elas.

Manu, Maddie e Oly: ECAAAA...

Eu: Até domingo... Amo vocês.

Pri: Amo vocês e até domingo. – fomos para o carro e fomos para o aeroporto. – A gente traumatizou as três pra sempre com a imagem de nós duas transando. – rimos.

Eu: Sem dúvidas... Eu comprei lingeries perfeitas pra usar esse final de semana sabia?

Pri: A gente teve a mesma ideia então. Eu também comprei...

Eu: Que delicia... Comprei um sutiã perfeito, vai dar uma super valorizada nesse silicone lindo aqui – apertei meus peitos.

Pri: Nossa amor... Deu até uma molhadinha aqui agora...

Eu: A gente pode transar no banheiro do avião.

Pri: Que nojo... Mas assim que chegarmos em Las Vegas, senhora Smith Pugliese, eu quero ver de perto esse sutiã e quero vê-lo longe do seu corpo também. – falou com a voz até rouca. Amo a Priscilla tarada.

Eu: Tenho certeza que você vai adorar, valoriza bastante o silicone que você pagou. – eu coloquei silicone a 10 anos e troquei a 1 ano e vinha fazendo atividades físicas, drenagem deixando meu corpo bem jovem e bonito. O passar dos anos, estava fazendo bem a mim e a Priscilla também. Minha esposa estava cada dia mais linda e gostosa. Nossa vida sexual parece ter aumentado ainda mais com o passar dos anos. Era mais intenso, conhecíamos o corpo uma da outra, sabíamos proporcionar prazer uma a outra da maneira exata e era uma delicia. Nossos orgasmos ficaram mais intensos era perfeito. Recomeçar nosso casamento foi mais que aparar as arestas, foi mais que cuidarmos dos nosso filho doente, que perdê-lo. A gente ressignificou nossa relação, a nossa convivência e estávamos aprendendo muito uma com a outra com o passar dos anos como esposas, mulheres, médicas, mães, amigas. Tivemos a alguns anos nossas brigas, mas conseguimos resolver da melhor maneira possível e desde então tudo melhorou ainda mais entre nós. Não somos perfeitas, ainda temos nossos desentendimentos como qualquer casal, mas temos uma maturidade emocional que não tínhamos no começo. Estamos juntas desde os 15 anos dela e 16 anos meus. São 38 anos juntas desde amizade, namoro, faculdade, termino, namoro novamente, noivado, casamento, divórcio, e casamento de novo. Mais da metade das nossas vidas passamos juntas. 

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora