Capítulo 17

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NATALIE NARRANDO...

Eu estava gelada, petrificada. Era ela, era o amor da minha vida a mãe dos meus filhos ali na minha frente. Eu não podia mais fugir, eu não podia mais esconder isso dela. Aquela uma hora demorou séculos para passar. Eu não sabia como ela ia reagir diante daquilo. Era muita informação para absorver assim de uma só vez. Mas ela tinha que saber. Na sala dela eu despejei tudo isso nela de uma só vez. E discutimos, e choramos muito, e discutimos outra vez e eu sai da sala dela. Quando cheguei no quarto alguns minutos depois meu filho começou a passar mal e a chamaram. Ela conseguiu salvá-lo naquele momento que foi bem assustador. Ela o levou para exames pediu a Dani para cuidar dele. Quanto tempo eu não via a Dani. Ele estava bem. Ela o levou para o quarto no colo, ela queria senti-lo, ela queria dar carinho a ele e ele parecia muito confortável nos braços dela. De alguma forma meu filho sabia que estava seguro no colo da mãe dele. Quando ela saiu do quarto para fazer um atendimento eu finalmente pude respirar.

Lukkas: Eu ainda estou em estado de choque. Muita coisa para um dia só.

Eu: Ela fez inseminação. Quando ela foi ao Brasil ano passado ela foi fazer inseminação.

Lukkas: Ela tem um filho então?

Eu: Não. Por uma coincidência bem triste, ela perdeu o bebê dela no dia e praticamente no mesmo horário que os nossos filhos nasceram. – ele se sentou.

Lukkas: Nossa... Que bizarro.

Eu: Sim. Ela vem sendo lar temporário a algum tempo, por isso as fotos com as crianças no Instagram dela.

Lukkas: Nossa... E agora como vai ser?

Eu: Eu não sei... Foi tudo muito intenso, eu não sei como vai ser. – de madrugada ela foi até o quarto, eu a escutei entrar, mas continuei fingindo que estava dormindo.

Pri: Oi filhinho é a mamãe... Eu soube de você tem umas 12 horas e eu já te amo tanto. – falava bem baixinho fazendo carinho nele. – Eu não vejo a hora de conhecer sua irmãzinha. Saiba que a mamãe vai recuperar todo o tempo perdido tá meu amor. A mamãe ama muito a sua mamãe. Nunca deixou de amá-la. Vamos cuidar bem de você tá? Você vai ficar bem meu amor, a mamãe vai fazer tudo pra você ficar bem. – eu queria chorar, mas ela ouviria. Ela ficou um tempo ali e saiu. Eu pude desabafar. Ela me amava. Ela ainda me amava e ela já amava o filho dela, queria conhecer a Manu, queria recuperar o tempo perdido, eu não sabia o que sentir com isso. Recebemos alta pela manhã, a doutora Ana chegou cedo e deu alta a ele. Ela disponibilizou um CPAP pra ele, o oxigênio, me explicou como manusear. Embora eu seja médica, eu precisava de instruções quanto a isso, se tratando de uma criança tão pequena. Chegamos em casa eu me sentei para dar de mama pra Manu que estava com saudade de mim, o Matteo tomou uma mamadeira inteira, ele estava com fome. Ele não queria dormir, já tinha dormido muito. Meu celular tocou era ela, meu coração disparou. Nos falamos rapidamente e desligamos. Ela passou o dia todo sem dar noticias, e no dia seguinte não foi diferente. Ela deve ter desistido da gente. Eu estava triste com isso. Eu ainda estava na saga pelo apartamento ideal, e precisava fazer alguma coisa para o aniversário das crianças em dois dias. Sarah me indicou uma confeitaria e uma loja só de balões, então faríamos algo pra eles, com muitas fotos. Sai com o Lukkas para comprar uma roupinha pra eles, encontramos umas roupinhas lindas e fomos pra casa. Quando cheguei tomei um banho, me sentei para brincar com eles um pouco, era dia 19 dia anterior ao aniversário dos meus pequenos. Logo tocaram a campainha, eu fui atender e me surpreendi.

Eu: Priscilla?

Pri: Oi.

Eu: O que está fazendo aqui? Como me encontrou?

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora