Capítulo 10

837 64 27
                                    

 Subi dei uma olhada nas crianças e elas estavam dormindo. 

Lukkas: Manuella vomitou em mim eu tinha acabado de tomar banho.

Eu: Ela faz muito isso. Nossa roupa limpa parece um convite – ri. – E o Matteo?

Lukkas: Mamou e dormiu, está bem, está sem febre, está respirando bem. Que carinha é essa?

Eu: Eu vou pra Boston... – suspirei.

Lukkas: Uau... Espera... Vai procurar por ela?

Eu: É o que tenho que fazer, por ele, e pela Manu... Eu preciso engolir meu orgulho e ela vai ter que engolir o dela, pelo nosso filho principalmente. Ou eu posso ir pra lá e ela não saber que eu fui e ela me encontrar por acaso já que os melhores hospitais que podem atender meu filho são os hospitais que ela trabalha.

Lukkas: Não pode ir pra lá sem falar com ela.

Eu: E eu vou chegar lá e bater na janela dela e falar... "Olha Priscilla você tem dois filhos comigo".

Lukkas: Você complica demais as coisas.

Eu: Preciso encontrar um lugar pra ficar uns dias até encontrar um apartamento. Vou deixar o meu fechado pedir pra esposa do sindico abrir as vezes pra ventilar. Vou pedir demissão eu preciso cuidar do meu filho não sei quando vou voltar. – era o certo a se fazer. Eu passei a semana toda procurando um apart hotel próximo ao hospital infantil para ficar. Fui a central de transplantes pedi demissão, era o primeiro passo para a minha mudança. Encontrei um apart hotel na mesma calçada do hospital. Era confortável e me atendia. Eu o aluguei por um mês assim daria tempo de ver um apartamento pessoalmente. Já tinha pedido o visto das crianças, em caráter de emergência para o tratamento do meu filho e em uma semana tenho que resolver isso na entrevista do visto. Peguei todos os exames que eu precisava, o Lukkas ia comigo, lá eu ia arrumar uma babá pra me ajudar com a Manu. Lukkas ia tirar férias então ele ficaria comigo duas ou três semanas. Comecei a fazer as malas, comprei as passagens de primeira classe, as crianças precisavam ir confortáveis principalmente o Matteo. Falei com meus pais, eles foram pra São Paulo se despedir.

Mãe: É o que deve ser feito filha, é o melhor pra ele, é o melhor pra Manu e pra você também. E procura ela. Vocês precisam engolir esse orgulho, vocês se amam demais pra ficarem afastadas e as crianças precisam de vocês duas juntas.

Pai: Ela merece saber que tem dois filhos lindos e que você a ama e que nada que ela viu ou pensa que viu, realmente estava acontecendo, foi uma sucessão de erros.

Eu: Eu vou ver isso depois pai, primeiro quero cuidar do meu filho. – no dia 05 de setembro Lukkas, eu e os bebês embarcamos para Boston no voo das 21h40 e depois de 9h50 de voo estávamos no JFK em Nova York era 6:30 da manhã quando desembarcamos em NY. As crianças dormiram o voo todo e eu dei graças a Deus por isso. Bem que a Liz falou, o melhor horário para viajar com bebês era a noite. Esperamos 1h35 e embarcamos para Boston as 08h05 da manhã e as 09h20 chegamos em Boston. Pegamos um taxi para o apart e realmente era praticamente ao lado do hospital. Eu estava cansada, o Lukkas também. Estávamos com fome os bebês estavam fome. Demos banho neles, demos mamadeiras e um pãozinho para os dois que estavam dando a vida pelo pãozinho sentados na cama. Lukkas tomou banho primeiro, eu pedi nosso café da manhã, depois tomei banho e tomei café da manhã com ele. As crianças dormiram e aproveitamos para dormir também. O apart hotel tinha serviço de restaurante então até pegarmos o ritmo íamos pedir comida. Dormimos até 13 horas, desci no restaurante pedi comida para as crianças e pra mim e para o Lukkas. As crianças comeram super bem e a Manu não queria mais dormir então ficou brincando no tapete com alguns brinquedinhos, o Matteo brincou um pouco e dormiu. Já tínhamos consulta marcada para o dia seguinte. Eu estava ali, muito perto dela e não podia vê-la não podia conversar com ela, eu não sabia como seria nosso encontro.

Lukkas: O que está pensando?

Eu: A ultima vez que falei com ela e por mensagem foi uma pequena discussão no natal do ano passado. Isso já tem 10 meses.

Lukkas: Sabe que as chances de encontra-la aqui são enormes né?

Eu: Sim, eu sei – suspirei. – Não estou confortável com isso, só que mais cedo ou mais tarde, isso aconteceria.

Lukkas: Sim. E quando isso acontecer, pense nos seus filhos, principalmente no Matteo que precisa das mães para passar por tudo isso. Ele é muito pequeno, a Manu é muito pequena.

Eu: Minha cabeça está tão cheia e eu estou tão cansada Lukkas. – suspirei.

Lukkas: Eu sei. E precisa aliviar esse cansaço. Dividir as responsabilidades com ela.

Eu:Vamos ver como isso vai ficar. –eu liguei para os meus pais, para a Liz, todos queriam noticias. No diaseguinte fomos para o Hospital, levamos a Manu também. Antes de irmos eucontratei um seguro saúde americano para as crianças, o mais completo queencontrei. Era bem caro, mas meu filho principalmente vai precisar. Elepassaria por uma pediatra antes e depois por um cardiologista infantil. DoutoraEva Macnamara era a cardiologista infantil e a pediatra seria Jane Rodoni. Aconsulta foi tranquila, elas viram os exames dele, pediram novos exames, elefaria no dia seguinte pela manhã. 

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora