Capítulo 137

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PRISCILLA NARRANDO...

Cinquenta e um anos de prisão. Rodrigo Ferraro pegou 51 anos de prisão. Era pouco e sinceramente, para mim ele pegaria perpétua ou pena de morte. Ele não merecia viver, ele era um monstro e provou isso na frente do juiz. Fui trabalhar a noite chateada pela Natalie eu sabia o quanto ela estava mal e estava evitando falar sobre isso. Reviver aquela situação era doloroso pra ela. Cheguei no hospital fui para a minha sala, assinei tudo que eu precisava assinar e fui para a neonatal tinha uns bebês para ver. Logo fui para o isolamento, me preparei calmamente, fazendo a higienização para entrar no ambiente. Eu tinha três prematuros extremos lá.

Eu: Oi Leo... Como você passou o dia? – falava com ele. O examinei fiz as anotações no prontuário dele. Ele estava melhor a cada dia, isso era bom, os pais ficariam felizes em saber. Fui ver a Malia, ela era tão linda, parecia uma mini bonequinha. Estava evoluindo bem também – Seus pais ficarão muito felizes em ver saber que você está melhor. – minha filha chegou.
Manu: Oi mãe... Nossa... Eles são tão...

Eu: Pequenos?

Manu: Uau... – se aproximou.

Eu: Esse é Alex, ele nasceu com 585 gramas. Hoje ele está com 975 gramas. Ele nasceu do tamanho de uma lata de refrigerante.

Manu: As funções dele?

Eu: Até agora, normais. É provável que tenha sequelas, mas ele está aguentando bem, está a cada dia melhor. Quer auscultar?

Manu: Sim... – ela o examinou. Eu expliquei sobre cada bebê e saímos de lá. Ela ficaria de plantão na Neonatal com a Dani que já deveria estar chegando. Expliquei alguns casos pra ela e antes de sair ela me parou. – Mãe?

Eu: Oi?

Manu: A mamãe... Ela está mal demais né?

Eu: Está filha. – suspirei – Ela não quer falar sobre o assunto, mas isso dói muito nela. Estou dando espaço, por mais que eu queria ficar o tempo todo do lado dela.

Manu: Espero que ela fique bem logo. É horrível ver a mamãe daquele jeito.

Eu: Eu sei filha. A gente vai cuidar dela e ela vai ficar boa logo tá?

Manu: Tá...

Eu: Te amo.

Manu: Te amo. – fui atender, fiz algumas cirurgias e quando eu parei já eram seis da manhã. Tinha uma mensagem da Olivia dizendo que a Natalie não jantou, não quis sair do quarto e que ela ouviu a mãe chorando e estava preocupada. Eu tinha duas horas de pausa então avisei que sairia e logo voltaria. Fui em casa, fiz o café da manhã fiz uma bandeja e subi. Coloquei a bandeja nos pés da cama e a acordei.

Eu: Amor... Amor... – ela acordou.

Nat: Pri, o que faz aqui?

Eu: A Olívia disse que você não comeu nada ontem, fiquei preocupada.

Nat: Eu não estava com fome.

Eu: Fiz o café da manhã. Passei rapidinho pra te ver. – dei o café a ela.

Nat: Amor não precisava, eu levantava pra fazer.

Eu: Eu fiquei preocupada com você amor. – dei um selinho nela. – Eu vou tomar um banho e me trocar pra voltar ao hospital.

Nat: Tá... – eu tomei banho, me troquei e ela já terminava o café dela.

Eu: Gostei de ver. – a beijei.

Nat: Estava uma delicia.

Eu: Fico feliz. Agora tenho que voltar. Qualquer coisa me liga e levanta dessa cama, e quero que almoce ok?

Nat: Tá.

Eu: Te amo.

Nat:Te amo... –eu peguei um copo térmico coloquei café e sai de novo. Logo cheguei no hospitaltrabalhei o dia todo sem parar. Fiz uma cirurgia com a minha filha, eu nuncatinha operado com a Manu. Ela já tinha operado com a Natalie, mas comigo nunca.A Natalie foi melhorando com o passar dos dias, mas parecia preocupada ainda.Ela parecia preocupada como se algo fosse acontecer. 

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora