Capítulo 35

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Natalie e eu fomos assinar os papéis para desligar os aparelhos. Todos se despediram dele e logo foi nossa vez.

Eu: A mamãe vai te amar pra sempre meu filho, você vai estar pra sempre no meu coração, na minha memória, eu nunca vou esquecer um segundo que passei do seu lado. Muito obrigada por esses meses ao meu lado eu te amo muito meu filho, muito. – o beijei muito – As mamães vão ficar bem tá? Fica tranquilo, pode descansar.

Nat: Filho, a mamãe fez tudo por você meu amor. Eu te amo demais meu filho eu não sei como vai ser minha vida sem você nela. Mas saiba que a mamãe nunca vai te esquecer meu amor, nunca. Você vai ser lembrado e amado pra sempre meu amor. – o beijou fez carinho. Joanne começou a tirar os tubos dele, e nós duas nos sentamos cada uma de um lado. Os minutos ali, pareciam durar horas e ao mesmo tempo que eu queria que passasse logo eu não queria que ele  partisse, eu não queria me despedir, eu não estava pronta, eu não tive tempo com ele, aquilo não era justo. Ele era o meu pequeno príncipe, o meu menininho. Passado um tempo o aparelho começou a apitar com um pouco mais de frequência, eu olhei pra cima e olhei pra Natalie que também olhava para o aparelho. O coração dele que antes era o principal problema, ainda batia sem suporte e estava caindo aos poucos. Depois de quase 1 hora, meu filho se foi... todos estavam lá... Joanne tinha saído para atender uma emergência e alguém precisava declarar. Eu tinha que declarar o óbito do meu filho.

Eu: Hora... – respirei fundo, olhei no relógio da parede. – Hora do óbito, 11:15. – Natalie debruçou sobre ele e chorou copiosamente, seu choro foi ganhando volume, até virarem gritos. Eu soltei a mão do meu filho e sai do quarto. A enfermeira entrou no quarto a Joanne vinha no corredor com a Lohana. – Eu... Eu declarei Joanne... 11:15. – ela assentiu e eu continuei andando. Entrei na minha sala vomitei muito, escovei os dentes e me sentei. O choro veio, com dor, com agonia. Era insuportável, meu filho se foi pra sempre. Meu coração parecia querer explodir dentro do meu peito, ele batia com tanta violência que parecia que a qualquer momento eu fosse morrer.  Eu tive quatro meses apenas com ele. Foram os melhores quatro meses da minha vida. A porta se abriu, era a Lohana. Ela se aproximou e me abraçou. – Dói demais... É insuportável – soluçava.

Lohana: Chora... Pode chorar, pode gritar... É seu filho, dói... é uma parte sua... – fazia carinho nas minhas costas e eu chorava sem parar, sem me preocupar sem alguém ouvia meus soluços, meus quase gritos de agonia e dor.  Meu mundo se apagou naquele momento...

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Eu não estou bem não, vocês estão?  Imaginei tudo...

NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.Onde histórias criam vida. Descubra agora