Eu resolvi fazer uma festinha de aniversário pra ela, talvez isso a alegrasse, seria apenas nós, nossos amigos e algumas crianças da escola e uma festinha em tempo recorde. O pessoal chegou para arrumar tudo, eu comprei uma câmera de fotos instantâneas pra ela. Ela amava tirar fotos. Natalie deu uma boneca linda pra ela. Durante a festa meu celular tocou, era número privado.
Eu: Alô?
XX: Priscilla? Sou eu, Agatha.
Eu: Agatha... – suspirei.
Agatha: Eu tenho 2 minutos para conversar sem supervisão, e tenho certeza que esse telefone não está grampeado. Me escuta, a minha filha está segura?
Eu: Sim, ela está. Estamos no meio da festinha de aniversário dela, ela sente sua falta.
Agatha: Eu também sinto a falta dela o tempo todo. Eu a amo mais que tudo. Me perdoa ter feito o que eu fiz, mas eu precisava mantê-la segura, ela corria risco de morte. Eu já estou resolvendo tudo e logo eu poderei recuperá-la. Por favor, para todos os efeitos você é a mãe dela e quando eu voltar, eu te explico tudo.
Eu: Tá.
Agatha: Então como ela está? Ela está gostando de passar um tempo com a mãe? Quero falar com ela, a chame pra mim por favor? – mudou o tom de voz. Alguém com certeza tinha chegado.
Eu: Sim, ela está gostando. Vou chama-la. – chamei a Maddie. – Querida, é a sua mãe. Lembre-se, eu sou a sua mãe ok? Tem alguém perto dela. – falei baixo.
Maddie: Tá... – pegou o telefone. – Oi mamãe...- ela falou com a mãe dela por 15 minutos e logo me deu o telefone.
Agatha: Obrigada por cuidar tão bem da nossa filha.
Eu: Imagina. Faço tudo por ela. Espero que esteja bem.
Agatha: Eu ligo de novo essa semana tá?
Eu: Ok, até mais.
Agatha: Até mais. – desliguei.
Nat: Tudo bem?
Eu: Era a Agatha. – contei como foi.
Nat: Isso está ficando mais estranho.
Eu: Amor vem comigo – nos afastamos e entramos no meu escritório. – Se acontecer alguma coisa com a Agatha?
Nat: Do que está falando?
Eu: Se ela estiver correndo perigo? Correndo risco de morte? – não tínhamos pensado nisso.
Nat: Ela é nossa... A Maddison é nossa... Ela fica com a gente. – falou rapidamente sem pensar e parecia até com um pouco de medo na voz, deixando cair uma lágrima. – A gente dá um jeito e fica com a Maddie. – eu me surpreendi.
Eu: Amor...
Nat: Eu fui muito egoísta com ela no começo, eu não entendi nada disso e eu não vou deixar essa menina ir para um abrigo, nem pra casa de um tio ruim, ou de gente estranha que ela não conhece. Ela conhece você, e ela conhece a mim. A gente pode ser a família dela. – eu a abracei. – Vamos torcer pra ficar tudo bem com a Agatha e ela ser nossa sobrinha do coração que nos visita quando quiser, porque depois disso tudo, de toda essa loucura, essa menina não vai sair das minhas vistas assim, da mesma forma que entrou... Totalmente do nada. Mas se não ficar tudo bem, ela vai ser nossa filha e vamos amá-la do mesmo jeito. – eu fiquei muito surpresa com a Natalie. Não contestei as palavras dela eu tinha o mesmo sentimento. Nesse pouco tempo conosco, aprendemos a amar a Maddie como nossa filha. Ela é uma garotinha incrível, alegre, prestativa, amorosa, um pouco arteira as vezes como qualquer outra criança, mas ela já era parte de nós.
Eu: Obrigada amor... Obrigada por entender tudo isso... Eu te amo, mais que tudo... – a beijei. Logo bateram na porta. Era a Manu.
Manu: Mamãe, vamos cantar parabéns a gente quer comer bolo. – demos risada e fomos cantar parabéns. Quando fui partir o primeiro pedaço a Maddie pediu que fosse bem grande. Fiz o que ela pediu.
Maddie: O primeiro pedaço eu não podia escolher uma pessoa só, então vai pra mamãe Pri e pra mamãe Nat. – deu o pratinho pra nós e é claro que nós duas abrimos a boca pra chorar.
Eu: Obrigada minha pequena. – a abracei.
Nat: Obrigada amorzinho. – deu um beijo na testa dela.
Maddie: E o segundo pedaço vai pra Manu que é minha irmã de coração e minha melhor amiga. Eu não vou dar bolo pra Olívia porque ela é bebezinha então ela vai sentir o gosto no leite da mamãe Pri – demos risada. Ela deu o pratinho pra Manu e a abraçou. A festa foi uma gracinha ela se divertiu demais. Depois que todos foram embora a gente ficou abrindo os presentes com ela. A Nat deu banho nela a colocou na cama depois de fazer a oração.
Nat: Apagou, não quis a história hoje, já pulou para a oração.
Eu: Está exausta, brincou tanto. A Manu fez a mesma coisa, pulou pra oração e apagou. A bezerrinha mamou meus ossos e dormiu, ela fica animada com a muvuca, sorri pra todo mundo e agora está aqui relaxada dormindo – olhava para o bercinho do lado da minha cama. A Olívia adorava multidão, era incrível como ela ficava ali toda sorridente, minha filha é fácil de roubar, vai no colo de todo mundo sem chorar, igual a Manuella quando era pequena. Eu volto a trabalhar em novembro, meu coração estava doendo já. A licença maternidade nos Estados Unidos é bem menor que no Brasil. Fui tomar um banho com a Nat, ela estava enchendo a banheira colocando sais. – Sais... Que delicia – tirava a roupa.
Nat: A gente merece, principalmente fazer um amorzinho gostoso. Nossas filhas não tem deixado a gente transar ultimamente – riu.
Eu: Está ai uma verdade. – entrei com ela. – Nossa que delicia de água.
Nat: Está ótima mesmo – sentou de frente pra mim trançando suas pernas nas minhas costas. A gente se beijou com intensidade, meu corpo arrepiou todo quando nosso seios se tocaram.
Eu: Que delicia...
Nat:Que saudade... –ficamos um bom tempo ali. A gente não podia transar na nossa cama, a Oliviadormia no moisés ali do lado. Fizemos sexo no banheiro tomamos uma ducha paranos limpar direito e fomos pra cama. Volto a trabalhar no dia 30 de novembro...
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NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 32 anos sou chefe de cirurgia no maior hospital de Boston, o Massachusetts General Hospital. Minha especialidade hoje é cirurgia fetal e a cirurgia geral e pediátrica. Moro em Boston a quase 2 anos, desde...