Fiquei ali com ela cerca de 40 minutos que foi o tempo que o soro acabou. Lohana a liberou, passamos na administração do hospital tínhamos que assinar uns papeis ainda para liberar o corpo.
Pri: A gente não decidiu isso. Vamos leva-lo para o Brasil? Vamos enterrá-lo aqui?
Eu: A gente mora aqui. Não vamos prolongar isso ainda mais.
Pri: Quer saber em quanto tempo ficaria pronto para viajar?
Eu: Tudo bem, mas ainda assim acho melhor fazer aqui.
Pri: Tudo bem. – me deu um beijo na testa. Uma representante da funerária estava lá, escolhemos o caixão, como aquilo era mórbido e doloroso. Escolhemos o plano que incluía as flores, o túmulo, a placa com foto, nome e data, a mensagem, tudo que era necessário, só precisávamos escolher a melhor urna pra ele e a cor das flores. Escolhemos rosas brancas. Pedimos também que providenciassem uma roupa pra ele, não queríamos ter que fazer isso, então colocariam um terninho branco nele. Se fossemos leva-lo para o Brasil, a liberação aconteceria em 8 dias. Como vamos fazer o velório e o enterro aqui, será liberado em 3 dias. Nos Estados Unidos tudo demora mesmo, principalmente sepultamentos, mas seria menos torturante que os 8 dias para irmos para o Brasil. A moça da funerária nos pediu para enviarmos fotos para o memorial dele, e faríamos isso quando chegássemos em casa. Escolheríamos a frase da placa dele e as mensagens também. Priscilla ia receber o boleto pela internet, ficaria tudo em torno de 45 mil dólares. Era muito caro lá, principalmente o tumulo e o embalsamamento. Saímos de lá fomos para o nosso carro, minha sogra e a avó da Pri estavam no carro com a gente. Elas estavam avisando a família, sabendo quem iria viajar para o velório. Os filhos do Jaime e da Cristina iriam, e da minha família, a minha avó com a minha tia Helen viriam do Brasil e a tia Alisson viria de Portugal. Todos eles ficariam em casa, tinham quartos suficientes, tinha a casa de hospedes também. A Liz estava indo para Boston também, e ela ficaria num hotel, seria um bate e volta, ela não poderia ficar muito.
Eu: A Liz vem. Ela vai vir sozinha, não vai poder ficar muito, ela vai chegar depois de amanhã bem cedo. Ela vai ficar num hotel – falei colocando o celular na mesa de cabeceira. Priscilla estava deitada.
Pri: Por que ela não fica aqui? Essa casa tem 9 quartos de hospedes, tem a casa de hóspedes. Cabe todo mundo. – a minha sogra bateu na porta.
Patrícia: Posso?
Eu: Claro.
Patrícia: Trouxe um lanche pra vocês, precisam comer.
Pri: Eu não quero nada mãe, obrigada. – suspirou.
Patrícia: Filha, a Manu precisa de você inteira. Ainda teremos dois longos dias de espera. Você não vai aguentar se não comer nada.
Pri: Preciso arrumar os quartos, precisamos ver quem fica onde...
Patrícia: Já resolvemos isso. Gabriel, Thamires, Felipe, Leticia, Jaime e Cristina, eu e a mamãe vamos pra casa de hóspedes. Aqui na casa ficam a Nooren em um quarto, Helen e Alisson vão ficar em outro quarto, Leandro e Deborah continuam onde estão, Kevin com a esposa, continua onde estão, Emily e o marido também. Se vir mais alguém teremos ainda mais 3 quartos.
Pri: Fala pra Liz sua amiga ficar aqui amor, não tem necessidade de ficar num hotel.
Patrícia: A Odete vai cozinhar para todos, vamos ajuda-la com tudo. Vou ao supermercado com a Deborah amanhã cedo abastecer a dispensa.
Pri: Obrigada mãe, por organizar tudo.
Eu: Obrigada Patrícia, está ajudando muito a gente.
Patrícia: Qualquer coisa que precisarem, é só falar que a gente faz. Eu, a Deborah, o Leandro, a minha mãe, os irmãos de vocês, cunhados, nós estamos aqui para ajudar no que for preciso. – ela logo saiu. Eu mandei mensagem pra Liz falando que ela não precisava marcar hotel que ela poderia ficar lá em casa. A gente comeu o lanche que a minha sogra levou, coloquei a bandeja na mesa, logo bateram na porta, que estava encostada era a Sarah com a Manu que tinha acabado de acordar. A Priscilla riu.
Pri: Está parecendo um leãozinho filha.
Sarah: Ela estava chamando mamãe...
Eu: Ela mamou?
Sarah: Acabou de acordar, só troquei a fralda dela.
Eu: Vou dar peito, meus peitos estão estourando. Obrigada Sarah. – ela saiu. – Quer mamar na mamãe um pouco filha? – ela já foi subindo minha blusa e pegou meu peito. A Pri pegou o pezinho dela e ficou fazendo massagem, ela amava massagem nos pezinhos.
Pri: Será que ela tem noção disso tudo?
Eu: Acho que é muito abstrato pra ela. – secava a lágrima que caia. Ela mamou vinte minutos num peito. – Vamos mudar filha, esse lado não tem mais nada, senão a mamãe vai ficar com um melão e um ovo frito. – a mudou de lado. Ela mamou e depois foi para o colo da Pri. A Pri fez carinho a beijou, a abraçou e chorou. A Pri chorou muito. – Me perdoa amor... Me perdoa ter tirado de você a chance de vê-lo crescer por tanto tempo – solucei.
Pri: Para Natalie, não se culpa por isso, por favor... Os meses que eu tive com ele foram os melhores da minha vida não fala assim. Já estamos sofrendo demais, não fica se culpando. – passava a mão no meu rosto e me deu um beijo. Eu desci só a noite com a Manu, pra dar janta a ela. A família estava reunida arrumando a mesa do jantar, minha sogra, minha mãe e a avó da Pri cuidando da comida. O pessoal decidindo quem buscava quem, porque cada um chegaria num horário e dia diferente.
Mãe:Oi princesa, a vovó já fez seu papazinho –pegou a Manu e a colocou no cadeirão. O cadeirão do Matteo estava ali. Eu deijanta pra Manu, minha mãe disse que a colocaria na cama eu subi tomei banho edeitei com a Pri, ela já tinha tomado banho não queria jantar. A gente acaboudormindo.
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NATIESE EM: ENTRE O AMOR E O ORGULHO - RECOMEÇOS.
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese, tenho 32 anos sou chefe de cirurgia no maior hospital de Boston, o Massachusetts General Hospital. Minha especialidade hoje é cirurgia fetal e a cirurgia geral e pediátrica. Moro em Boston a quase 2 anos, desde...