Clarice
Depois que William, voltou de viagem ele me pediu em namoro, não contei a ele sobre estar morando com o Francis, talvez não fosse a hora. Já se passaram 5 meses estavamos no final do ano Donna, saiu de viagem não disse quando voltaria, conversei com ele sobre falar para ela sobre a gente, William apenas concordava com a cabeça. Toda manha acordava com uma mensagem dela dizendo que havia uma reunião para ir ou uma encomenda para pegar, ela dizia para não abrir. Estava em casa me arrumando para mais um dessas reuniões, Francis havia saído como de costume todas as noites, chamei um taxi para o local marcado era em um armazém, fiquei pensando se deveria ir o local era vazio e escuro.
- Tem certeza que é, aqui? - disse o motorista.
- Sim, pode ficar com o troco. - desço do carro fechando a porta.
Peguei meu celular ligando para o Dom, ele não tendeu. Hoje a boate estava cheia como sempre fica em uma sexta-feira. Desligo jogando no fundo da bolsa, hoje pelo menos não tive que usar um vestido andei até o armazém, um homem se aproxima de mim perguntando meu nome, disse que era Donna, ele abriu a porta me deixando entrar encontrei uma mesa com o máximo de cinco homens sentados ao redor, um deles olhou para mim, me chamando para se sentar.
Ele ficou me encarando enquanto distribuía algumas cartas. Encarei de volta, alto, cabelo raspado castanho, algumas tatuagens nas mãos, rosto . Ele não falou nada, seus homens ficaram atrás de mim.- Sabe jogar? - ele diz colocando um cigarro na boca.
- Sim. - coloco minha bolsa no chão, me ajeitando na cadeira.
- Então, você não é a Donna, quem é você? - ele pergunta olhando para as cartas.
- Clarice, posso saber seu nome? - olhei para minhas cartas arrumando elas nas ordens.
Ele ri, molhando os lábios com a língua. Jogou a primeira carta na mesa, logo em seguida coloco outra por cima.
- Não me respondeu seu, nome. - jogo outra carta
- Me chama de Mike, onde esta a Donna? - ele põe outra carta
- Saiu da cidade. - coloco outra carta em cima da dele. - Eles não irão jogar?
- Não, não é a vez deles ainda. - ele joga outra carta batendo na mesa. - Ganhei
Olhei para ele, coloco a carta deitada na mesa.
- Você perdeu, copas ganha é a carta mais forte do jogo. - coloco a carta em cima da dele. - Eu ganhei. - falo dando um sorriso para ele.
- Rainha de copas, boa jogada. - ele se levanta me cumprimentando. - Vamos.
Acompanhei ele para outra sala.
- Onde aprendeu a jogar? - ele diz abrindo a porta.
- Meu pai. - essa palavra saiu raspando da minha garganta. - E você?
- Nas ruas, aqui estão as coisas que a Donna, me pediu. - diz ele parado na frente de uma van com algumas caixas dentro.
- Posso ver? - passo a mão no meio me inclinando.
- É claro. - ele abre uma delas caixa
Me assustei quando vi aquelas coisas, vários tipo de armas. Não demonstrei estar assustada, dei um sorriso para ele pegando o celular da bolsa.
- Para onde vai isso?
- Eu mesma cuido disso . - me afasto dele.
- É a sua primeira vez?
- A ultima vez que apontei uma arma para alguém era meu pai, ele quase me matou. - cruzei os braços.
- Sabe disfarçar quando esta assustada.
- Decepcionada poderia dizer assim, muito obrigado por isso. - o cumprimento
- Uma dica, seja igual a rainha de copas, forte. - ele me cumprimenta entregando a chave da van.
Acenei com a cabeça, entro na van começo a dirigir. Estava cansada de ficar por fora de tudo, estava dirigindo uma van cheia de armas por Nova York, a guardei em uma garagem. Peguei um taxi para a casa.
Fiquei sentada na janela olhando para a rua, Francis chegou com algumas caixas de pizzas colocando em cima da mesa. Me levanto indo até ele.
- Vou ser direta, da onde vem o dinheiro o William?
- Da boate, e a família dele é rica. - ele diz tirando um pedaço de pizza da caixa.
- Por que a Donna, iria querer armas?
- Não sei o que esta falando, vai dormir deve esta cansada.
- Francis, estou a três meses indo em reuniões, pegando pacotes, caixas, assinando papeis para ela e hoje peguei uma van cheia de armar nível militar, não deve ser artigo de luxo, tem alguma coisa errada e você vai me falar o que e. - me sentei na cadeira. - Agora senta e me fala tudo.
Fiquei vendo ele comer duas caixas de pizzas, as horas foram se passando coloquei a mão fechando as caixas, colocando elas na minha frente apoio o cotovelos em cima.
- Ficou nervoso com isso, é melhor você me falar. - olhei para ele inclinando. - Antes que eu descubra sozinha.
- Clarice, deixa as coisas como estão é melhor assim. - ele se levanta indo para o quarto.
- A Laila, sabe o que você faz? - pergunto virada para ele
- Teria que esta acontecendo alguma coisa, para ela saber, ela não sabe de nada nem você. - diz ele entrando no quarto.
Peguei minha bolsa, sai pelas ruas de Nova York andei ate uma lanchonete pedi algumas coisas para comer. A única coisa que queria era comer, para parar de pensar naquelas armas, se esse tempo todo foi tudo uma mentira, talvez estivesse me envolvendo com coisa errada. A tv estava ligada no jornal, quando passou que um carregamento de armas foi aprendido em uma garagem não falou onde era, mas o local foi mostrado.
- Merda. - jogo algumas notas na mesa, me levanto
Quando olhei para frente vejo Donna, parada na minha frente e Francis ao seu lado.
- Onde pensa que vai?. - ela disse com a voz grossa, que fez meu pelos arrepiarem. - E agora, perdi uma coisa que me daria dinheiro. - diz ela andando na minha direção.
- Desculpa. - falo dando um passo para trás.
- Desculpas, não vai concertar seu erro. - ele segura meu braço enfiando as unhas nele.
- Me solta, antes que eu faça um escândalo aqui.
Ela tirou suas unhas do meu braço, se virou dando um tapa na minha cara sua respiração estava ofegante, Francis segurou sua mão quando ela foi dar outro tapa.
- Não é necessário, isso. - ele disse a soltando.
- Isso não teria acontecido, se você não tivesse me escondendo as coisas. - seguro minha bolsa contra o corpo.
- Você é burra, Clarice. - ela diz andando de um lado para o outro. - Quer saber, esta demitida.
- Demitida de uma loja que não vendia nada, eu me demito. - andei até a porta. - Ainda bem que a polícia apreendeu aquelas armas, espero que você vá para o mesmo lugar que elas.
- Eu vou te matar, sua vadia. - ela diz vindo na minha direção.
Francis, a segurou pela cintura impedindo que ela me tocasse, ele me mandou ir para a boate. Peguei um taxi sem saber o que fazer cheguei na boate entrandopelos fundos, ela que estava lotada a musica muita alta entrei no banheiro, molhei meu rosto não doia mais, mas estava vermelho. Olhei para a William, que entrou vindo na minha direção ele me abraçou por trás, segurei em seus braços começando a chorar.
- Ei, calma. - ele passa a mão sobre minha cabeça. - O seu rosto, quem fez isso?
- Donna. - baixei a cabeça.
Me sentei no banco, que estava no meio do banheiro. Ele se sentou ao meu lado, acariciando minha cabeça fiquei queita não sabia se contava ou não metia ele nessa.
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Queen of Hearts
Mystery / ThrillerEsta obra é inspirada no livro Inevitável Paixão, disponível no Em uma Nova York marcada pelo contraste entre o glamour e a criminalidade, uma jovem em busca de um emprego encontra uma oportunidade em uma loja que parece ser uma fachada elegante. D...