Capítulo 20

10 3 11
                                    

Dom

Fiquei me encarando no espelho vestido naquele terno, tirei a gravata enrolando na mão me sentei na cama apoiando os cotovelos nos joelhos, Sara entrou no quarto indo em direção ao espelho ela usava um vestido vermelho, e o cabelo solto.

- Por que, essa cara? - ela pergunta pegando a gravata da minha mão.

- Não quero ir. - me levanto ficando na sua frente.

- É só uma festa, com vários homens e mulheres perigosos alguns amigos do papai, a coisa vamos fazer é doar um cheque para alguma caridade que na verdade é só uma fachada. - ela passa a gravata pelo meu pescoço. - Nessa noite, vamos fingir ser uma família normal e rica indo em uma festa de caridade.

- Não somos normais.

- Não somos, mas somos ricos e bonitos.

- Amanhã, vou pegar o avião cedo.

- Quer saber uma coisa, vai sem gravata o filho certinho é o Edward. - ela joga a gravata no cama.

- Poderia vir morar comigo em Nova York. - falo abraçando ela.

- A última vez que sai do país, papai mandou me buscar. - ela se afasta voltando para o espelho. - Ele diz que quer me proteger, me sinto sufocada com isso.

- Lembra de quando fugimos no meio da noite. - me inclinei ao lado do espelho.

- Sim, sinto falta dessa época de tudo, principalmente de você aqui. - ela suspira fundo. - Edward, não é um dos melhores irmão.

- Ele nunca foi. - mexo a cabeça olhando para a porta. 

- Estamos atrasados. - diz ele na porta.

- A quanto tempo esta, ai? - Sara pergunta colocando as mãos para trás. 

- Cheguei na parte que não sou um bom irmão, garota estupida acha que William, se importa com você? - ele diz andando até ela.

Entrei na frente dela segurando o pescoço do Edward.

- Não fale da minha irmã. - falo encarando seu rosto. 

- Sempre precisando dos outros para se defender. 

Fechei minha mão dando um soco em seu rosto, ele cambaleou para trás colocando a mão no queixo.

- Ai! Não adianta brigar com ele, vamos sair daqui, William. - Sara, me puxa para fora do quarto.

- Não pode, deixar ele falar assim com você. - olhei para ela levantando seu rosto.

Ela fechou os olhos dando um sorriso largo e triste. Soltou minha mão descendo as escadas indo para saída até um dos carro. Liguei para Clarice, ela atendeu ainda com a voz de sono.

- Te acordei? - falo parado no meio da escada.

- Não.

- Amanhã, estou indo embora quero que você, me espere na minha casa.

- E como vou entrar?

- Pede a chave pro Francis. - olhei para meu pai parado na porta. - Tenho que ir, te amo. - falo desligando o celular.

- Não faça besteira essa noite, nem arrume briga com ninguém. - ele diz ao meu lado.

Acenei a cabeça, passando ao seu lado indo em direção, ao carro. Me sentei ao lado da Sara, que deitou a cabeça no meu ombro.

- Eu disse que amo, ela. - olhei para Sara.

- E o que ela falou?

- Não sei, desliguei o celular antes dela responder.

- A quanto tempo, vocês estão assim?

- Cinco meses.

- Como sua irmã mais nova, um conselho não apressa as coisas para não assustar a garota. - ela entrelaça os dedos no meus. - Não gostamos de nos sentir pressionadas.

- Tá. - suspirei fundo olhando para as ruas.

Donna

Depois daquela discussão que tive com Peter, não vejo ele desde aquele dia. Mas, sabia que estava sendo vigiada para onde iria encontrava um de seus homens me seguindo, ficar naquela casa me fazia ter lembranças de quando éramos casados. Decidi dar uma volta na cidade, estava no centro da cidade quando vejo dois de seus homens me seguindo entrei em um a das lojas para despistar eles, saio pelos quando dou de cara com Peter, encostado em um carro me esperando de braços cruzados.

- Agora não vou mais poder fazer compras sem ter um grupo de homens me seguindo? 

- é claro que vai, mas  eles estão te seguindo para a sua segurança não posso te deixar solta por Londres. - ele ficou parado na minha frente me olhando. 

Fiquei olhando para seus olhos, havia esquecido como ele era alto. Me afastei passando a mão na boca. 

- Mande seus homens parar de me seguir, não estou afim de atirar em ninguém. - falo dando alguns passas para trás. 

- Espera. - ele diz pegando meu braço. - Estive pensando, já que esta aqui na cidade por que não deixar, você ver sua filha.

- Ela esta aqui? - falo confusa dando um sorriso de canto.

- Sim, quando você chegou aqui mandei ir buscar ela. 

Kelly, precisa ligar para ela urgente saber se estava bem,  Peter sabe sobre o plano.

- Não, isso é mais um truque seu de manipulação. - tiro a chave do carro da bolsa. - Fica longe de mim, é a ultima vez que falo isso. 

Dirigia de volta para a casa, as ligações só davam caixa postal liguei para um dos meus homens que estava com ela, a ligação não caia nem na caixa postal. Entrei dentro de casa indo direto para o quarto arrumar minhas malas precisava sair daquele país o mais rápido possível, não queria pensar no pior no que ele faria com ela, se a encontrasse kelly, era a única pessoa que sempre esteve ao meu lado, que me apoiava mesmo dizendo que não estar de acordo. Cheguei no aeroporto entrando no jato que estava pronto, minhas mãos tremia meu coração estava agitado, peguei um pouco de whisky no bar me sentei esperando o avião decolar, Peter se sentou ao meu lado  cruzando as pernas, rindo. 

- Acha que sou idiota? - ele diz se inclinando nos joelhos. - Quando um dos meus homens me contou que viu, você em Paris logo pensei que tentaria alguma coisa então deixei com que a sua amiga fosse atrás da minha filha. 

- Minha filha. 

- Eu dei ela de bandeja a vocês, mas gosto de jogar. - ele tira o copo da minha mão. - Sabe oque vai acontecer agora? 

- Vai me matar, como sempre quis. 

- Não. - ele se levantada. - A sua bebida estava batizada, você vai começar a se sentir fraca. - ele falou no meu ouvido. - Quando acordar vai esta em casa. 

- Você é doente, Peter. - falo com a voz fraca. 

- Talvez, seja. - ele prende o cinto na minha cintura. - Mas, só vou dizer uma vez espero que você entenda, você se colocou nessa situação isso tudo é culpa sua, quando chegar em casa vai viver o resto da sua vida patética tentando se conformar que perdeu, espero que não tente nada para encontra-lá, não vai adiantar mesmo. 

- Eu devia ter matado você. - minha cabeça cai para o lado.

- Você nunca mais vai me ver, muito menos a sua filha. - ele sai deixando o avião.

Queen of HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora