Capitulo 39

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Sara

Passei anos da minha vida sofrendo por uma pessoa que morreu, era tarde quando cheguei em casa, meu pai não havia chegado, nem os outros peguei uma garrafa de vinho na adega fiquei bebendo no quarto me olhando no espelho. Acariciei minha barriga, lembrando de quando estava grávida cambalei até minha cama me jogando em cima. Depois de algumas horas escuto a voz do meu pai, me levanto arrumando meu cabelo desci as escadas vejo ele rindo junto ao meu avó.

- Sara, ainda usando essa roupa? - ele indica para meu vestido.

- Você mentiu pra mim. - falo batendo no seu peito. - VOCÊ MENTIU.

- Do que esta falando? - ele segura minhas mãos.

- Sebastian, mentiu sobre ele. - me afasto arrumando o cabelo.

- Vou deixar vocês sozinhos. - diz meu avó.

- Não era para você saber dele, como descobriu?

- Eu o vi, no anfiteatro indo embora tentei seguir ele, mas não deu.

- Me desculpa.

- Como pode ter mentido pra mim, esses anos todos você viu como fiquei. - me apoio na janela. - Naquele dia não só perdi ele, como meu filho. - olhei para ele batendo em seu peito. - O meu filho. - falo com voz de choro.

- Fiz isso pro seu bem, Sebastian estava sendo caçado, não colocaria você em risco.

- Sabe pai, você é um covarde isso é culpa sua, é por sua causa que sou assim, sou um erro. - confirmo com a cabeça.  - A pior coisa, foi você me olhar e dizer que iria ficar tudo bem.

- Não, não é.  - ele segura meu rosto. - Você é perfeita.

- Isso tudo é culpa sua. - falo me afastando limpando as lágrimas.  - Sinto que fui traída por você, a única pessoa que não esperava, que fizesse mal pra mim.

- Não sei, o que te falar.

- Não fala nada, não vai adiantar mesmo. - falo passando por ele.

....

Peguei um dos carros para sair daquele lugar dirigir sem pensar para onde iria,  depois de alguns horas dirigindo parei em um posto de gasolina peguei o dinheiro que ficava escondido de baixo do banco. Entrei no estabelecimento do posto, não havia ninguém  só o caixa, peguei algumas coisas, lenço, água e uma vodka.

- Carteira de identidade. - diz o caixa me olhando.

- Não tenho, sou maior de 21 anos.

- 10 dólares.

Joguei uma nota em cima da bancada, peguei as coisas indo para o carro, tirei o rastreador  jogando para fora da janela. Meu pai errou comigo, só queria sumir passei todos esses anos vivendo com medo, uma coisa que aprendi com meu pai foi em arrumar as próprias bagunças.

2 meses depois

Clarice

Depois que fechei a porta na cara do William, sabia que minha vida iria mudar voltei para Nova York, conversei com a Laila, sobre oque aconteceu entre mim e William. Disse que sairia por alguns dias do país, precisava de um tempo sozinha para me organizar. Fui para o México, viajei por algumas cidades conhecei muitas pessoas principalmente um garito muito talentoso, meu dinheiro estava acabando aprendi muito com a Donna e William, enquanto estava com eles.

No quinto mês morando no México, começei a vender drogas em baladas, ou até mesmo em algumas praças. Era tarde quando cheguei no depósito, certifique que não tinha ninguém me seguindo.  Encontrei Ruan, trabalhando coloquei a bolsa na mesa indo até ele.

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