Pedi para Kelly, chamar os outros até a loja, não falei o que havia acontecido. Quando cheguei ela estava com bastante movimento, Kelly abre a porta do carro, olhei para ela dando um sorriso com os olhos cheios de lagrimas.
- Não devia esta em Londres, agora? - disse ela parada ao meu lado.
- Robert, não aprovou a compra do Michael. - falo saindo do carro. - A droga vai chegar em alguns meses.
- Quantos perdemos? - Pergunta ela
- 1,5 milhão. - comecei a rir apoio minha mão em seu ombro. - Nós, quatros perdemos 1,5 milhão, só porque a porra de um velho, não aceitou.
- Vamos dar um jeito, sempre damos. - diz ela batendo a porta do carro.
Me apoio no carro olhando para dentro da loja, vejo Clarice atendo os clientes.
- A garota, ela me lembra quando comecei com tudo isso.
- Lembra um pouco, ela já fez varias vendas só esse mês, produtos que nenhuma dessas pessoas precisa comprar. Quer que mande ela para casa?
- Não, deixa ela ai, temos assunto a resolver.
- Parece que eles, chegaram . - diz Kelly apontando para o carro que parou a atrás do nosso.
....
Clarice
Vejo Donna, parada do lado de fora da loja junto a Kelly. Dom, chega acompanhado de outro homem, os dois se pareciam nos olhos e as cores do cabelo. Os clientes que estavam na loja foram embora, Donna entra acompanhado dos três indo direto para a sala dela nos fundo, fiquei arrumando o caixa quando Dom para na minha frente, pegando uma bala que estava dentro do pote.
- Oi. - disse ele colocando a bala na boca.
- Sr. Reves, olá. - volto minha atenção para o caixa.
- Não precisa me chamar assim, Dom esta bom.
- Posso ajuda-lo em algo? - apoio a mão na balcão olhando para ele.
- Não, preciso ir. - ele vai em direção a sala.
Quando ele passou perto de mim, o cheiro do seu perfume tomou conta do lugar uma fragrância forte que fizeram meus pelos arrepiaram. Donna começa a discutir alto com eles, aquele outro homem que o acompanhava ficou me encarando pelo vão da porta, meu celular toca atendo indo para os fundos da loja, olhei era Laila.
- Não enrola, estou no trabalho. - falo abrindo a porta do estoque.
- É o nosso pai, a policia me ligou dizendo que ele está solto.
- Esta certo, provavelmente ele tem a quem procurar. Quando chegar em casa vou arrumar minhas coisas e ir embora.
- Não tem motivo para você fazer isso.
- Você sempre ficou ao lado dele, não quero ficar na mesma casa que ele. - desligo o celular apoiando em cima das caixas.
Olhei para o relógio que marcava a hora de ir embora, volto para fechar a loja eles ainda estavam dentro da sala. Fechei as portas da loja e fui trancar o caixa, ando até a porta da sala quando vou bater, Kelly a abri todos olham na minha direção.
- Não sabia que era de escutar conversa, Clarice. - disse kelly
- Não sou, vim aqui para avisar que, já fechei a loja. - falo indicando com os dedos.
- Você, ja pode ir. - disse Donna, se sentando.
Encarei o homem sentando perto da porta, quando ele deu um sorriso para Dom, levantando a sobrancelha. Deixei a sala indo para os fundo pegar minhas coisas.
.....
Donna
Fiquei encarando o teto da sala quando Kelly e Francis, começaram a discutir. Dom, se inclinou ao meu lado passando a mão na minha perna.
- Ta, tudo bem?
- Perdemos 1,5 milhão de dólares, acha que estou bem?
- Vamos dar um jeito nisso. - diz ele se levantando. - Francis, quero que ligue para meu pai, marca uma reunião com ele.
- Qual o problema que você não pode fazer isso? - pergunta Kelly.
- Não quero falar com ele, e nem ele comigo. - falei tirando o celular do bolso. - Donna, falar com um dos melhores produtores de heroína na cidade, mas infelizmente meu pai não quis fechar um acordo com ele.
- No que esta pensando? - pergunta Francis
- Vamos quebrar o acordo com meu pai.
- Se você quer morrer, vai em frente. - falo me levantando. - De tantas coisas burras e idiotas que você, já falou isso passa dos limites.
- Ela está certa, seu pai não vai aceitar. - fala Francis.
- Nesses 10 anos, perdemos muitas oportunidades de lucrar por conta dele, estou cansado de viver na sombra de um homem.
- Não, vamos fazer isso. - passei a bolsa envolta do braço. - Somos sócio dele, se fizer isso nós quatro iremos vivar inimigos dele, estamos bem assim.
- Você tem medo de perder o que conseguiu, que até aceitou em perder o acordo do Michael. - disse Dom.
- Kelly, coloca o lixo para fora. - falo olhando para Dom e Francis. - Vou para minha casa.
Não tinha pregado os olhos naquela madrugada, fiquei olhando para a foto da minha filha na tela do computador quando escuto um barulho de vidro quebrando vindo da sala. Me levantei pegando a arma que mantinha escondida em baixo do travesseiro, dei a volta por trás da sacada onde poderia descer uma escada até os fundos. Sai pela porta no final do corredor dando de cara com um homem, que estava parado em frente a janela quebrada coloquei a arma em sua cabeça, suas mãos estavam abertas.
- Espero que seja importante. - falo tirando seu capuz.
- Ma mandaram aqui. - disse o homem se virando. - Disse que era para entregar, isso.
O homem levou a mão para o bolso da calça fiquei com a arma em sua cabeça e com a outra mão peguei o envelope que estava com ele.
- Quem te mandou? - pergunto pegando a arma que estava com ele.
- Me pediram para não dizer.
- Sabe que não era necessário quebrar o vidro. - aponto com a arma.
- Não achei a campainha. - disse o homem deixando o local.
Entrei em casa jogando a arma em cima da mesa, abri o pacote onde tinha im telefone dentro fiquei olhando para ele quando o tocou.
- Donna. - diz a voz por trás dele.
- Como me achou? - me levanto indo até o quarto.
- Da mesma forma que achou minha filha.
- Ela é minha filha. - peguei uma mala em baixo da cama. - Você não tem esse direito. - vou para a garagem.
- Eu sei, não precisa figuir. - diz ele suspirando. - Estou aqui em paz.
- Paz? - entrei no carro. - Quando fui embora, você disse que me mataria, e agora vem dizendo que quer paz.
- Sim, por nossa filha.
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Queen of Hearts
Mystery / ThrillerEsta obra é inspirada no livro Inevitável Paixão, disponível no Em uma Nova York marcada pelo contraste entre o glamour e a criminalidade, uma jovem em busca de um emprego encontra uma oportunidade em uma loja que parece ser uma fachada elegante. D...