Capítulo 30

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Kally

Já havia fumado um maço de cigarro, quando cheguei na igreja estava no banheiro esperando dar a hora do enterro, alguns amigos e familiares da Donna, estavam chegando. Lavei meu rosto, deixei o banheiro indo até o caixão em cima do palco, onde estava. O irmão dela, chegou ao meu lado pegando na minha mão. Colocaram um véu em cima do seu rosto, as pessoas que chegavam iam dar os pêsames aos pais dela.

- Ela iria esta odiando ver a gente com essas caras. - falo olhando para ele.

- Eu sei.

Saimos para sentar no final da igreja, vejo William passando por mim, indo até o caixão.

- Filho da puta. - falo olhando para ele.

- Estamos na igreja, se for para brigar, que não seja aqui. -ele diz ao meu lado.

William, voltou indo para os fundos ficando parado perto da porta. Francis, chegou se sentando ao meu lado segurando minha mão.

- Devia ver o corpo, irão fechar daqui a pouco. - falo

Ele acena com a cabeça negando. Escuto uma voz me chamar, me levanto olhando para trás e Peter estava parado me olhando, Valentina me abraça passando a mãos por minha cintura. Fiquei assustada olhando para ele, Francis se levantou colocando a mão na cintura enguendo a blusa mostrando a arma, William ficou atrás dele o encarando.

- Calma, não estou aqui para brigar. - ele diz erguendo as mãos. - Só vim ver a mãe da minha filha uma última vez.

- Não tente nada, Peter. - disse William ao seu lado.

- Como esta solto? - pergunto olhando para ele.

- Nunca fui preso, nem cheguei a pisar na prisão. - ele olha dando um sorriso. - Vamos conversar depois, minha filha corre risco estando aqui.

Ele sai dando as costas, passei a mão no rosto da Valentina sorrindo para ela.

- Vamos, filha. - diz parado olhando para ela.

A missa começou, fiquei de cabeça baixa com os fechados durante as fala do padre. O caixão foi fechado, Julian e outros homens carregavam para fora da igreja, seguimos para o cemitério fiquei de braços dados a William e Francis.

.....

O caixão havia cido enterrado, sentei em fente a uma  fonte, as pessoas ja havia ido embora. Francis e William, voltou para o hospital, Peter se sentou ao meu lado arrumando o terno.

- Se veio me matar, pelo que fiz vá em frente.

- Acha que sou um monstro?

- Sim, da pior espécie diria.

- Não vou te matar, vim dizer que estou indo embora. - ele pega minha mão. 

Soltei me afastando.

- Se pegar novamente na minha mão, teremos outro enterro.

- Calma, Valentina não quer ir embora sem você. 

- Então não leva a embora.

- Não posso cuidar dela de longe, mas você pode vir comigo por ela.

- Ainda não estou louca. - me levanto dando um passo para trás. 

- Donna, confiava em você e a minha filha gosta de você, a única coisa que você vai fazer é cuidar dela, não vamos nem nos ver.

- Posso aceitar com uma condição. 

- Pode pedir.

- Quero ter a guarda dela, como madrinha tenho esse direito.

- Esta bem.  - ele levanta esticando a mão. - Depois que a Donna, morreu fiquei pensando sobre o futuro dela, com esse trabalho sei que posso morrer a qualquer momento, não quero ela sozinha no mundo.

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