Capítulo 51

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Terminei de me arrumar, escuto batidas na porta. Edward, estava parado com as mãos no bolso assim que abri, ele assoviou me olhando de cima a baixo. Fecho a porta e seguimos para o elevador.

- Onde esta seu pai?

- Não sei, ele pediu que viesse buscar você espero que não se importe. - ele aperta o botão do elevador.

- Não me importo, só que não estava sabendo que seria você.

.....

Chegamos no local da festa, havia muitos fotógrafos o motorista abre a porta, esticando a mão para segurar a minha. Saio do carro indo para o lado de Edward, subimos as escadas para entrar no local. Alguens fotógrafos ficaram em nossa volta Edward, passou a mão por mim cintura me puxando para perto me afastei entrando no salão o lugar estava cheio, a música estava muito alta.

- Não gosta de fotos? - ele diz perto do meu ouvido.

- Não. - olho para ele ajeitando o cabelo. - Cadê seu pai?

- Deve esta em algum lugar, se tiver deve saber que chegamos.

Apoiei as mãos no peito da escada, Edward ficou ao meu lado bebendo champanhe. Tentei procurar Robert, na multidão.

- Senhor Revens, não sabia que viria. - diz uma mulher atrás de nós.

Me virei olhando para ela que usava um vestido verde claro, os cabelos pretos destavam na cor. Edward, acenou para ela me puxando pela cintura novamente.

- Minha família sempre está presente nas festas, com essa não séria diferente.

Ela acenou olhando para baixo dando um gole na taça.

- Prazer, Clarice. - estico a mão a cumprimentando.

Ela ficou encarando a mão dele na minha cintura, quando apertou minha mão dando um sorriso.

- Com licença. - ela sai descendo as escadas.

Apertei sua mão tirando da minha cintura.

- Não faça, mas isso. - me afasto indo para o salão.

Desci as escadas, indo para o meio do salão parei na frente do palco onde havia uma caixa transparente com um colar de safiras, sendo exposto Valéria, se aproximou tocando em meu ombro.

- Dizem que o colar foi feito para uma rainha, mas o marido a pegou traindo.

- E o que aconteceu?

- Ele a amatou, colocou o colar nela e a jogou no mar.

- Como acharam ele?

- Um grupo de historiadores acharam, mas isso é só uma história. - ela dá um gole, na taça. - Esta sozinha?

- Vim acompanhada do Edward, mas foi o Robert que me convidou.

- Onde ele está? - ela olha se virando.

- Não sei, ainda não achei.

- Posso te acompanhar? Não é legal, uma garota sozinha no meio de tanta gente. - ela indicou com a cabeça para segui-lá.

- Esta acompanhada de quem?

- Meu irmão, temos um ao outro. - ela para olhando as pessoas no salão. - Odeio, essas pessoas. - ela me olha.

- Porque?

- Coisa minha. - ela se virou me puxando pela cintura. - Dança comigo?

- É..e...eu não sei dançar. - falo me afastando.

- Não se preocupa com isso.

Valéria, entrelaçou os dedos entre os meus me puxando para a pista de dança onde havia outras pessoas no meio, ela colocou sua mão em minha cintura me precionando entre o corpo dela, a música começou a toca com a outra mão segurou a minha.

- Só segue os meus passos. - ela diz perto do meu ouvido.

Dois para trás, três para frente era assim que dançamos aquela música, olhei para a multidão vendo Robert, parado bêbendo uma taça de champanhe. Ela soltou da minha cintura, me girando olhei para ela se segurava meus dedos. Me virei olhando para o lado onde ele, estava com a mão esticada, a música parou e todos aplaudiam.

- Clarice, é muito boa. - ela diz aplandindo se aproximando.

- Não fuja do seu mérito. - ele passa a mão por minha cintura beijando meu rosto. - Valéria, dançava quando jovem tive o privilégio de ve-lá dançar.

- E o que dançava?

- Balé, era a minha paixão até não poder mais dançar.

- Onde estava? - pergunto baixinho.

- Estava no banco.

- Pretende comprar o colar? - Valéria diz.

- Sim. - ele me olha dando um sorriso.

- Bom, hoje terá uma competidora, não estou com medo de gastar. - ela ri para ele. - Com licença.

- Ela parece ser uma pessoa bem interessante. - olho para ela subindo as escadas.

- Acho que posso dizer isso também.

Robert, segurou meu rosto dando um beijo.

- Que tal irmos achar um lugar.

Andamos até o auditório, muitas pessoas estavam ansiosas por aquela peça de joia, nos sentamos nas primeiras fileiras. O juiz, entrou no palco seguido de guardas que empurravam um carrinho com o colar.

- Deve valer muito dinheiro. - sussurro.

- Isso é o de menos, o que me importa é quem vai tê-lo.

- Por que gastaria dinheiro com um colar?

- Não é só um colar.

O juiz começou a dar os lances, o 100 mil primeiro, vinte pessoas ergueram a placa, 150 mil o segundo lança, Robert ergue a placa, 200 mil, Valéria se levanta. E assim seguiu por horas, os valores só aumentava o juiz deu o último lança de 1,5 bilhão e meio de dólares. Valéria é a única que se levanta acenando para Robert, o juiz indica a ganhadora.

Sai correndo em direção ao banheiro, quando entrei começei a vomitar, escuto a porta sendo fechada. Me levantei vendo uma mulher parada na minha frente.

- É tão bonito quando damos a vida, a uma pessoa. - ela diz se aproximando. - Gerar um filho é uma experiência única.

- Desculpa, do que esta falando?

- A Clarice, vai me dizer que não sabe da gravidez?

- Como sabe meu nome? - ando até a pia olhando para ela pela reflexo.

- Sei, muitas coisas sobre você, só estava cansada de ver você por imagens.

Terminei de lavar minhas mãos, joguei o papel no lixo indo até a porta, quando ela segurou meu braço me puxando.

- Você não sabe, quem eu sou. - ela diz próximo ao meu ouvido. - Mas, em breve iremos nos ver.

Olhei para ela de cima a baixo.

- Se sabe quem sou, deve saber que não devia mexer comigo, é perigoso.

- Acha que o Robert, me dá medo?

- Não, estou falando dele. - ergo a sobrancelha.

Algumas mulheres entraram no banheiro, sai batendo a porta corri olhando para trás, bati em um dos seguranças que estava na minha frente.

- Tem uma mulher no banheiro. - falo me virando. - Robert, onde ele esta? - pergunto tocando no braço deles.

- Esperando você no carro, revista o banheiro vou acompanhar a senhora.

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