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Boa leitura, se segurem gays.

"Eu desconfio que você tenha sido a porra do amor da minha vida."

*

(...) - Me desculpem, eu comecei a ler e perdi a noção da hora. - Maraisa desculpou-se mais uma vez com o filho e o marido, ao sentar-se em frente aos dois.

– Isso significa que você estava se distraindo, certo? - Léo questionou ao agarrar as mãos da mãe.

– Certo. - Puxou as mãos do garoto e as encheu de beijos.

– Como você está? - Danilo questionou, puxando uma mão da morena para ele.

– Estou bem. - Respondeu sorrindo, e pela cara dela ele constatou que ela estava mesmo bem. - E você, conseguiu tirar o resto da semana de folga? - Ele suspirou e negou.

– Infelizmente não. No dia 26 pela manhã, já estava de volta ao escritório. - Lamentou-se.

– Se continuar trabalhando tanto assim, vai ficar doente. - Disse o que sempre dizia, fazendo o homem sorrir, tal sorriso não durou muito, já que ele bateu os olhos em Marilia que tinha acabado de chegar na sala de visitas e estava abraçando a mãe.

– Você estava mesmo lendo? - Questionou com a mulher, sem tirar os olhos da maldita loira.

– Estava, por quê? - A morena questionou sem entender.

– Hey! - Ao ver Léo levantar a mão e cumprimentar alguém, Maraisa entendeu a pergunta do marido. Virou a cabeça para trás e viu Marilia levantar a mão para retribuir o cumprimento de Leo.

– Sozinha? - Danilo indagou, e Maraisa voltou-se para ele.

– Com Marilia e Maiara. - Optou por falar a verdade e pela cara que o marido fez, constatou que ele não gostou de ouvir a verdade.

– Estão lendo em grupo, ou elas não sabem ler e você está lendo para elas? - Ao ouvir tal coisa, Maraisa rolou os olhos.

– Nem uma coisa, nem outra. - Limitou-se a responder.

– Para quem odiava Marilia até dois meses a trás, vocês já estão bem amiguinhas, não acha? Estão até lendo juntas. - Não conseguiu disfarçar seu ciúme.

– Nesses dois meses ela me pediu desculpas quase todos os dias, e quer saber? Não tem porque eu não desculpar, querido, já que eu já superei tudo que aconteceu. E não podemos esquecer que graças a ela nós nos conhecemos. - Danilo não gostou de nenhuma daquelas explicações. Odiava imaginar as duas amiguinhas dentro daquela prisão.

– Qual é, pai? Marilia é gente boa. - Léo encarou a mãe e sorriu. - Fico feliz que vocês duas tenham se acertado. - Maraisa retribuiu o sorriso do filho.

– Ela mandou um beijo para você. - Deu o recado.

– Tudo bem se eu for lá dar um oi para ela? - Pediu a mãe.

– Não. - Danilo foi enfático, fazendo a morena rolar os olhos.

– Tudo, mas não demore. Até onde eu sei, você vem aqui para me ver, não para ver ela. - O garoto sorriu, levantou-se e antes de ir abraçou e beijou a mãe.

– Já volto, mãe ciumenta. - Voltou a beija-la e então foi. Danilo acompanhou aquilo de cara fechada. Ao ver Marilia levantar e abraçar seu filho, ele bufou.

– Eu odeio ela. - Resmungou, foi então que Maraisa decidiu que não iria contar sobre o beijo. - Vem, sente-se aqui ao meu lado. - O homem pediu, batendo com a mão sobre o lugar ao seu lado. Sem dizer nada a morena levantou-se e foi. Danilo passou o braço em volta dos ombros da mulher e a trouxe mais para perto. - Sinto tanta sua falta, querida! - Murmurou ao beija-la.

ESCAPE | MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora