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Esse capítulo é tão fofinho, se preparem para "vomitar" arco-íris. Boa leitura, bebês.

— "Porque pensar me fazia sentir saudade e eu não queria sentir."

***

Sim, sim, por mais errado que fosse, por mais masoquista que pudesse ser, Maraisa queria dizer sim, mas tinha tanto medo. Tinha medo de se envolver demais. Tinha medo do futuro adeus. Tinha medo de como seria sua vida depois daquilo. Tinha medo de ficar dependente da amiga.

– E quando eu tiver que ir embora? - Indagou deixando uma lágrima cair.

– Meu coração vai ficar em pedaços, mas prometo que em momento algum, tocarei no assunto.

– E quanto a mim? - Marilia tentou sorrir. Sua mão foi até o rosto da morena e tirou a lágrima de lá.

– Você Maraisa Pereira, você vai voltar para o homem que você ama e para o seu filho lindo. Eles vão fazer você esquecer desse lugar e então tudo vai voltar a ser o que era. - Maraisa balançou a cabeça em sinal de negativo. Não tinha certeza sobre aquilo. E se as coisas não ocorressem como planejado?

– Eu não sei. Não sei se é uma boa ideia. - Marilia pegou a mão da amiga e a beijou.

– Então pense, você não precisa me responder agora. Quando tiver uma resposta é só me chamar. Se você não me procurar para falar mais sobre esse assunto, vou entender e aceitar. - Maraisa concordou balançando a cabeça e sorriu sem humor, deixando Marilia curiosa. - Está rindo de que? - Indagou.

– Da vida. De como ela parece jogar com os nossos sentimentos. - A loira concordou.

– Cada dia que passa, tenho mais certeza de que todos somos avatares do The Sims. - Maraisa riu de verdade ao ouvir tal teoria.

– Nesse caso a pessoa que me comanda provavelmente quer que eu enlouqueça. - A morena resmungou.

– O seu dono perto do meu é um anjo. Ele criou uma mulher inteligente, encantadora, linda, elegante, cheirosa, quentinha, com um sorriso lindo e uma cicatriz maneira. - O indicador quase congelado da loira, tocou a cicatriz de Maraisa, que ao sentir aquele toque frio, tratou logo de tirar a mão de Marilia de lá. A morena encostou-se ainda mais na amiga e a puxou para si, a abraçando em uma tentativa de esquenta-la.

- Sabe, provavelmente a gente tem o mesmo dono e ele caprichou tanto quando fez você que quando foi me fazer, acabou não sobrando muita coisa. - Maraisa rolou os olhos ao ouvir tamanho absurdo. - Mas não vamos falar sobre isso. Vamos falar sobre você. - Pediu.

– E o que vamos falar sobre mim? - Marilia aconchegou sua cabeça no vão do pescoço da morena e quando seu nariz gelado tocou a pele do pescoço de Maraisa, a mesma protestou. - Ahhhh! Pelo amor de Deus, Marilia! Você está um gelo, morreu e esqueceram de enterrar! - Tal reclamação arrancou uma risada da loira.

– Ahhh Maraisa, como eu estava com saudades de ouvir você dizendo isso. - Comentou rindo ao abraçar a cintura na morena, procurando por mais calor humano. - Me desculpa, mas você é tão quentinha que eu não resisto. - Murmurou contra o pescoço da amiga, que sentiu seu corpo arrepiar, dessa vez não pelo frio. - Me fala, você tem realmente um cachorro? - Indagou, fazendo a morena sorrir ao lembrar do seu bichinho de estimação.

– Mas é claro que eu tenho. Ele se chama algodão. - Contou. - Léo deu esse nome pelo fato de ele ser uma bola branca de pelos. - Explicou.

– E de que raça ele é? - A loira questionou sorrindo.

– É um Husky Siberiano. - Ao ouvir a raça do tal Algodão, que até então parecia um nome tão inofensivo, Marilia assoviou.

– Me lembre de nunca chegar perto da sua casa. - Pediu, arrancando uma risada da morena.

ESCAPE | MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora