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Kings of Leon - Sex on Fire

Marilia nunca foi muito fã de bandas atuais de rock, mas como não tinha uma playlist em mãos, estavam usando a de Maraisa. Enfim, o fato é que talvez começasse a gostar um pouco de Kings of Leon. O ritmo da música, junto com a letra sugestiva, Maraisa sentada sobre suas pernas, os lábios dela sobre os seus, a língua desavergonhada da namorada explorando sua boca, o jeito possessivo com o qual as pernas da morena abraçavam sua cintura, os dedos emaranhando em seus cabelos, as respirações irregulares, tudo, todo o conjunto, estavam lhe fazendo perder a razão.

Apertou as mãos na cintura da namorada, tentando reprimir toda a sua vontade naquele aperto e deixou escapar um gemido, quando a morena mordeu seus lábios.

Ah Deus! Estava nove meses, NOVE malditos meses, desejando aquilo, sonhando dormindo e acordada com o momento que estava acontecendo, mas em seus sonhos, sempre tirava as roupas de Maraisa, assim como lhe tirava o juízo e a razão, mas como o azar sempre lhe acompanhou, teria que passar a noite só na vontade. E Maraisa mais do que ninguém sabia daquilo. Então por que diabos estava lhe maltratando daquele jeito? Não que estivesse com vontade de reclamar, nem de parar com aquela tortura tão boa, mas poxa vida! Terminariam a noite a ver navios e aquilo era frustrante.

Maraisa sorriu presunçosamente contra a boca da amiga, quando a mesma deixou escapar um gemido. Desenrolou os dedos dos cabelos loiros e desceu as mãos pelas costas de Marilia. Agarrou a barra da camiseta da namorada que sem oferecer resistência alguma, levantou os braços para que se desfizessem da peça.

As mãos da morena foram até o sutiã da amiga, o destacando com destreza antes de voltarem para os cabelos loiros. Os puxou sem delicadeza, arrancando dela um suspiro e a fazendo levantar a cabeça. Seus lábios abandonaram os de Marilia e desceram até o queixo da amiga. Voltou a ouvia-la suspirar, quando prendeu os dentes lá.

– O que você está fazendo? – Marilia não conseguia mais deixar os olhos abertos, mal estava conseguindo raciocinar.

– Tirando suas roupas. – Respondeu um tempo depois, antes de voltar a tomar-lhe os lábios.

Okay, tirando as roupas, se Maraisa podia lhe tirar as roupas, então também podia tirar as dela, certo? Não foi difícil fazer a camisa da namorada se juntar a sua, assim como não foi difícil destacar o sutiã e faze-lo cair pelos ombros, para então se livrarem dele.

Sorriu para os seios perfeitamente simétricos, os quais tanto sentiu saudades, e afundou o rosto entre eles. Inspirou o máximo que pôde o cheiro bom que o corpo da amiga emanava, roçou os lábios pela pele delicada e macia e voltou a inspira-la. Soltou um suspiro de satisfação com aquilo. Quando pensou em aprofundar aquele contado, os dedos de Maraisa enrolados em seus cabelos os puxaram, tirando sua boca de lá.

– Maraisa! – Reclamou do jeito que pôde. – Por favor! – Choramingou, tentando de novo voltar ao que estava fazendo. Maraisa negou-se, e empurrou os ombros da amiga, a fazendo deitar. Suspirou enquanto admirava aquela mulher. Amava aquela pele alva, as sardas espalhas pelos ombros e colo, os braços bem desenhados, o jeito como respirava, as maçãs do rosto avermelhadas, os cabelos loiros bagunçados, o jeito ansioso e ao mesmo tempo sedutor como lhe olhava. – O que você está fazendo? – Em um ronronar, voltou a fazer a mesma pergunta.

– O que parece que estou fazendo? – Sua voz soou baixa, segura e sedutora.

– Me enlouquecendo? – Soltou com o ar e voltou a agarrar a cintura da namorada, pressionando o corpo dela contra o seu. Maraisa tirou as mãos de Marilia de lá, saiu de cima dela e posicionou-se entre suas pernas. Desatacou os botões da calça skinny e abriu o zíper. Seus dedos brincaram entre a pele da namorada e o cós da calça, até por fim agarrarem-se ao mesmo para puxa-la. - Maraisa, não. – As mãos nada decididas de Marilia, agarraram as suas, tentando faze-la parar.

ESCAPE | MALILAOnde histórias criam vida. Descubra agora