Bella
Olho ao meu redor e vejo como a casa desse cara é grande.
Sei que não é certo tá na casa de um desconhecido, mas e melhor na dele do que apanhando naquela casa.
Desço a escada e vejo que o cabelinho, qual deve ser o vulgo dele não está em casa.
Aproveito pra ir na cozinha ver se tem algo pra comer.
- Meu deus - digo quando vejo uma zona.
Meu lado faxineira despertou na hora e comecei a arrumar.
Bom que assim pelo menos é uma forma de agradecer.
Fico cantarolando uma música baixinha enquanto lavo a louça.
Tô contente, minha situação até que enfim vai melhorar.
Não deveria, mas confio no cabelinho.
Tenho fé que ele vai conseguir me ajudar.
Escuto o barulho da porta e me assusto.
Logo cabelinho passa pela mesma e me olha de cara fechada.
Percebi que ele não é muito de sorrisos, um cara de poucas palavras também.
- O que tu tá fazendo? - ele diz e me assusto.
- Desculpa não queria mexer nas suas coisas sem sua permissão mais....- começo a dizer tudo muito rápido.
Acho que acabei tendo alguns traumas por conta do K2.
- Suave se acalma, só queria saber - ele da de ombros - Fica a vontade aí - ele diz e sobe a escada.
Estranho, mas continuo limpando.
Quando termino vejo que tem uns pacotes de macarrão e faço uma macarronada.
Espero ficar pronta e como a mesma, deixo um pouco pro cabelinho e depois subo indo pro quarto.
O quarto e enorme, e me pergunto mesmo se é de hóspede.
Tiro toda a minha roupa e fico só de calcinha e sutiã, pra dormir mais confortável.
[ ... ]
Acordo com uma barulheira no andar de baixo da casa e visto a minha roupa, antes de descer passo no banheiro e olho o meu rosto.
Graças a Deus a marca dos cincos dedos saiu, só tá vermelho e um pouco inchado ainda.
Lavo meu rosto e escovo os dentes com o dedo, quando termino desço devagar e vejo o cabelinho e mais dois homens.
Eles me olham de cima a baixo e fico até com um pouco de vergonha.
- Bom dia - digo e o cabelinho me olha, mas logo se vira.
- cada dia dorme com uma - um deles diz e me sinto um lixo, me senti essas putas.
- Essa daí até que é linda - o outro diz, meu sangue ferve na hora.
Reviro os olhos e desço batendo o pé, saio da casa e bato a porta.
Tô nem ai.
Mas quando saio pelo portão ouço a voz do cabelinho.
- Oh maluca! - ele grita e me viro - Teu k.o tá resolvido, só não diz que passou a noite aqui.
Solto uma risada.
- Como se eu quisesse dizer! - digo rindo.
Ontem tava em um momento frágil, hoje já deixei de ser menos otária.
- Abaixa a tua bola que tu não tá falando qualquer um. - ele diz bolado.
Ontem tava me tratando bem, hoje tá me tratando como assim.
Porra de homem bipolar.
De doido na vida já bastava o K2.
Faço um joinha pra ele e vou descendo o morro.
Vou pra casa da única pessoa que sei que vai me abrigar.
Luanda.
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Tudo Por Você
Fanfiction- Tu tá ligado que eu não sou aquele otário lá né? Eu faço a porra toda por você, tudo por você! Quero te ver bem Bella, não vou vacilar com a minha mulher. - cabelinho.