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BELLA

- tenta se acalmar vi, vai fazer mal pro neném - digo pra Vitória que não para de chorar.

Ela está com a cabeça apoiada no ombro do Chefinho que tá a horas sem dizer nada.

Tô achando que ele morreu.

Depois de toda aquela confusão o Cabelinho sumiu, não deu as caras.

E eu nem voltei pra casa, tô aqui tentando acalmar tudo.

Vitória não para de chorar por um minuto, isso deve ser os hormônios também.

- Acho que vou meter o pé pra evitar outra confusão - Chefinho diz e concordo.

- Não é te expulsando, mas acho melhor você ir mesmo - ele ri e dá um beijo na testa da Vitória.

- Tô contigo linda, tenta se acalmar e qualquer coisa me liga - eles se abraçam e a Vitória da um beijo na bochecha dele.

Tão fofo!

Vou com o Chefinho até a porta e me despeço do mesmo, em seguida volto e caminho com a Vitória até o banheiro.

- Você precisa de um banho - digo e ela concorda.

A deixo no banheiro e entro no seu quarto pegando um de seus conjuntos de dormir.

Levo pra ela e espero a mesma terminar.

A cabeça dela deve está uma confusão, uma garota de apenas 16 anos passando por tudo isso.

Eu só achei que o idiota do cabelinho seria um pouco mais sensível.

Eu sabia que ele ia surtar, só que podia tentar ser compreensível também.

Agora tá igual uma criança fazendo birra pra não voltar pra casa.

Babaca.

Vitória saí do banheiro com um rosto um pouco melhor e entra no quarto.

- Fica comigo? Não quero está sozinha quando ele voltar - ela diz e suspiro.

- Vou ficar só por essa note, não dá pra você ficar fugindo do problema, uma hora voces vão ter que conversar igual gente.

- O problema e que o cabelinho é um monstro - ela diz e revira os olhos.

Vitória deita na cama e me puxa pra deitar ao seu lado.

Faço cafuné em seu cabelo e ligo a tv.

Vitória é como se fosse uma irmã pra mim, ela e a Luanda.

Eu daria a vida pelas duas.

                                  [ .... ]

Acabo apagando do lado da Vitória, mas acordo com um barulho no andar de baixo.

Levanto assustada e saio da cama.

Abro a porta devagar pra não acordar a Vitória e saio no corredor dando de cara com o idiota do cabelinho.

- Mas que susto! - do um tapa no ombro dele.

Ele começa a gargalhar alto e percebo que ele tá drogado.

- Tu tá fazendo o que aqui? - ele diz e fecha a cara.

Reviro os olhos e passo por ele.

Não tô afim de render papo, tô puta porque a Vitória tá puta e ele é um idiota.

Desço a escada indo em direção a cozinha e ele vem atrás.

- Pera aí porra - ele resmunga e só escuto o barulho dele batendo em algo.

Não seguro a risada.

- Vai dormir, você tá drogado - digo e me viro pra ele.

- Tu tá mó chata, da outra vez cuidou de mim no maior love - ele diz rindo e reviro os olhos.

- Como você diz " tu tá no erro".

- Para de graça nega, mó vontade de ficar com tu de novo. - ele diz rindo.

Nem deu tempo da gente conversar sobre o que rolou, com essa confusão toda.

Apesar que eu acho que não tinha muita coisa pra conversar, só foi coisa de momento.

E ele só tá falando isso porque tá drogado.

- É assim que você resolve seus problemas?! Enchendo a cara de droga? - pergunto e reviro os olhos.

- Tu não tem que se meter na minha vida, era nem pra tu tá aqui - ele diz e me irrito.

- Vai se fuder cabelinho, vai ver se tô na esquina - digo irritada e passo por ele.

- Pera aí pô! - ele diz e segura meu braço - Porra desculpa, eu só todo errado.

Ele resmunga e senta em um dos degraus da escada.

Respiro fundo e me sento ao seu lado.

Olha a onde eu me meti, tô preste a conversar com um drogado.

Tudo Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora