Tudo Por Você

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VITÓRIA

Respiro fundo e me levanto da cama, mal consegui dormir.

Minha cabeça ficou a noite toda pensando na gravidez, em como vou cuidar dessa criança.

Eu mal cuido de mim!

Mas refleti bastante sobre tudo e não vou tirar esse bebê.

Ele não pode pagar por um erro que eu cometi, vou criar, nem que eu crie sozinha e me vire.

Me olho no espelho e vejo meu rosto todo inchado, pego uma muda de roupa e vou para o banheiro.

Quando termino penteio meu cabelo e pego meu celular.

Vou mandar mensagem para o Chefinho, o menino a qual é pai do meu bebê.

Me

Tá em casa? Preciso falar com você

Pode vim, tô de bobeira aqui.

Desligo o celular e coloco o mesmo no bolso.

Do uma olhada no corredor pra ver se meu irmão está por casa e agradeço aos céus por não está.

Vou andando até a casa do Chefinho no caminho vou repassando tudo que vou dizer.

O medo percorre por todo o meu corpo dele não acreditar em mim, ou não assumir a responsabilidade.

Comecei a ficar com o Chefinho tem uns três meses, a gente acabou se conhecendo por uns amigos em comum e acabou rolando.

Ele sempre me tratou muito bem e gosto até demais dele, mas não sei se ele sente o mesmo por mim.

A gente só tava deixando rolar as coisas entre nós, além de ser um garoto que eu fico, se tornou meu melhor amigo também.

Puxo a cordinha do portão da casa dele e entro.

Ele sempre deixa encostado quando sabe que vou vim aqui.

- oi - digo com um sorriso forçado no rosto e ele já me olha preocupado.

- Tá tudo bem? - ele vem até mim e me puxa pra dentro.

Não consigo responder e as lágrimas apenas descem, ele me puxa pra um abraço   tentando me acalmar.

- O que ouve? Brigou com seu irmão de novo? - ele pergunta e eu nego.

Junto todas as minhas forças e digo de uma vez só.

- Tô grávida - sinto o corpo dele ficar tenso e o mesmo se afasta de mim.

Ele parece desperado.

- E meu? - ele pergunta com a cara assustada.

- Só tive relação com você. - ele me olha e vejo a confusão em seus olhos.

- Caralho - ele diz e se joga no sofá. - Teu irmão vai me comer de porrada - ele diz nervoso e passa a mão no cabelo.

- Eu vou ter essa criança - digo e ele me olha - Não sei se você vai querer assumir a responsabilidade, mas eu vou ter!

Ele me olha e ri, fico sem entender.

- Você me conhece a bastante tempo já - ele diz - Não acredito que tu pensou na possibilidade de eu não assumir - ele diz meio ofendido - Vitória tu não fez o filho sozinha! Fica tranquila que vou assumir meu papel de pai, eu não tenho muito e tu tá ligada, mas no pouco que tenho vai ser tudo pra essa criança, é meu filho pô! - ele diz rindo.

Abro um sorriso enorme e o abraço.

- Vou cuidar de tu e desse pequeno aí - ele diz rindo.