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BELLA

- Qual o seu nome? - pergunto enquanto passo a unha na barriga dele.

Tô deitada na cama com ele, enquanto o mesmo me faz um cafuné.

- Vitor Hugo - ele diz me olhando.

- Sua mãe era criativa né, Vitória e Vitor - gasto ele que ri.

Tô curtindo esse lado do cabelinho mais carinhoso, só não sei até quando vai durar.

Medo de gostar demais, e na primeira oportunidade ele está com uma puta agarrada no pescoço.

O que não vai demorar muito, já que não transei com ele.

- Tá pensando no que? - ele diz e passa a mão na minha bochecha fazendo um carinho no local.

- Nada - sorrio.

Cabelinho me puxa pra um beijo e passa a mão pelo meu cabelo.

Só que somos interrompidos pelo rádio que toca.

- Tomar no cu - ele reclama e se levanta pegando o mesmo.

- passa a visão - ele diz.

- pô a carga nova chegou, cadê tu

- Caralho tinha esquecido dessa parada, marca um dez.

Ele desliga o rádio e começa a catar uma roupa no armário.

Me levanto da cama e coloco meu chinelo.

- Vou meter o pé, depois nos se fala - ele diz de costa pra mim ainda.

Apenas balanço a cabeça e saio do quarto.

Cabelinho desce logo atrás de mim, ele passa por mim e sai de casa sem dizer nada.

Pronto o bipolar já mudou de novo.

Passo na cozinha pra beber uma água e escuto alguém correndo a escada rápido.

Olho pra ver e a Vitória.

Fico preocupada e vou atrás.

- Vitória? - chamo e a mesma para no corredor de costa pra mim.

Quando ela se vira pra mim vejo seu rosto inchado e lágrimas no seus olhos.

- O que foi? - pergunto preocupada e ela corre pro meus braços.

- Cabelinho vai me matar Bella - ela diz entre soluços.

- Tenta se acalmar - digo passando a mão em seu cabelo.

Aos poucos Vitória vai se acalmando e a levo pro seu quarto.

- Quer me contar o que aconteceu? - digo fazendo um carinho no cabelo dela.

- acho que tô grávida - ela diz e arregalo os olhos.

- Meu Deus - digo tentando processar a informação ainda.

- Droga Bella! Ele vai me matar, eu nem namoro com o cara - ela diz voltando a chorar.

- Não vou deixar o cabelinho fazer nada com você, fica tranquila! Você já fez o teste?

- Não, não tive coragem - ela diz secando as lágrimas.

- Vou comprar e trago aqui, eu vou te ajuda em tudo! - digo tentando conforta lá - Sei que você é nova, e uma gravidez na adolescência é complicado, mas você tem a mim, tem a Lua! Vamos te ajudar em tudo, até caso seu irmão quiser te expulsar de casa - digo a ultima parte em tom de brincadeira.

Não acredito que ele possa fazer isso.

O cabelinho vai surtar é claro, e vai querer matar o pai da criança.

Mas nunca seria capaz de abandonar a irmã.

Tudo Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora