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BELLA

Arrumo o meu short no corpo e passo um perfume no pescoço.

No rosto apenas um rímel e na boca um brilho.

- Morena linda - Luanda diz.

Lua também está linda, com um vestidinho vermelho colado e no pé um salto lindo.

- Linda tá tu - digo e ela da uma voltinha.

- Uma gostosa, eu sei - ela se gaba.

Saímos de casa e no caminho encontramos a Vitória.

Ela sorri pra gente.

Me sinto responsável por essa mocinha hoje a noite, eu que chamei.

Não posso esquecer que ela é menor de idade.

Começamos a conversar enquanto andamos até o local do pagofunk.

A rua já estava lotada!

Luanda pega uma mesa de madeira pra gente e pede um balde de bhrama.

A roda de samba está a todo vapor e o som tá nas alturas.

Senti falta disso!

Começo a me balança e cantar as músicas baixinhos.

Vitória e Luanda já estão sambando e sorrio com a cena.

Quantos momentos desse eu perdi?

Afasto os pensamentos ruins e me junto a elas dançando.

- Deixa acontecer naturalmente! - nós três cantamos o refrão.

Continuo sambando até cansar, e sou a primeira das meninas a parar.

- não tô acostumada! - digo pras duas que ri.

Vitória se encosta ao meu lado e da um gole na sua coca.

- Tô amando isso! - Vitória diz animada, mas seu sorriso morre quando ela vê o Cabelinho.

- ahm...Tô de olho em tu - ele diz e a Vitória da de ombro voltando a dançar.

Fico rindo da cara de palhaço dele e o mesmo cruza os braços.

- Tá engraçadinha né Bella, tá na tua responsa - ele diz falando da Vitória.

- Tá comigo , tá com Deus.

- Tá fudida isso sim - ele diz e solto uma risada.

Cabelinho mete as coisas tão serinho que quase acredito.

Eke chega perto de mim e fico meia insegura.

- Como tu tá ? - ele pergunta e fico surpresa.

- Tô bem! - ele parece analisar a minha resposta e balança a cabeça.

- Qualquer coisa é só acionar! - ele diz e faço um joinha pra ele.

Cabelinho sai dali deixando apenas o seu cheiro no ar e mordo meu lábio.

Do um gole na cerveja de uma vez só e volto meu olhar pras meninas.

O funk começa a tocar e Luanda me puxa.

- Hora de colocar essa bunda pra jogo. - Nego rindo.

Começo a rebolar junto com as meninas, e arrisco até mandar alguns quadradinhos de vez enquanto.

Vitória da aulas no funk e agora entendo o ciúmes do irmão dela.

Tento acompanhar mais não dá muito certo, tô enferrujada demais pra isso!

Tudo Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora