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BELLA

Saio da casa do cabelinho avoada e desço direto pra farmácia.

Chego lá e peço dois teste de gravidez e ainda ouço um "boa sorte mamãe", quando pago.

Enrolo a sacola e coloco nos meus braços pra que ninguém possa ver, já que o saco e branco.

Entro na casa e subo direto pro quarto da Vitória.

A vejo sentada olhando pro nada.

Ela se vira pra mim e a entrego a bolsa pra ela.

- Eu tô contigo! - digo sorrindo e ela me abraça.

Sento na cama e começo a balançar minhas pernas, minha mente tá a 320 por segundo.

Já tô pensando em como falar pro cabelinho.

Me jogo na cama e coloco a mão no rosto.

Se eu tô assustada imagina ela! Vitória só tem 16 anos é uma responsabilidade enorme.

A porta do banheiro abre e eu me levanto.

Vitória começa a chorar e só aí já consigo saber o resultado.

- Positivo - ela diz chorando.

A puxa pra um abraço, e a deixo desabar em lágrimas.

- Posso ser a dinda? - digo pra descontrair o clima e ela ri.

- minha vida acabou - ela resmunga.

- Não! Ela acabou de começar, tem uma criança aí dentro que tá precisando de uma mãe forte - sorrio e passo a mão pelos seu cabelos.

A puxo pra deitar na cama e a cubro, Vitoria sorri pra mim e eu ligo a tv.

- Tenta não ficar preocupada, hoje você tá abalada, confusa, vou deixar você quietinha pra refletir sobre tudo, mas saiba que pode contar comigo - digo.

- Obrigada Bella!

Beijo a testa dela e ligo o ar.

Acho que ela precisa de um tempo pra pensar em tudo que acabou de acontecer, não acho legal ficar muito em cima em um momento desse.

- Vou ir pra casa, mas qualquer coisa me liga! Tenta descansar - digo e ela me manda um tchau.

Saio de lá indo direto pra casa encontrando a Luanda.

Ela me olha curiosa e a chamo.

Conto tudo que rolou, do beijo do Cabelinho até a gravidez da Vitória e ela fica tentando processar a informação.

- O cabelinho vai matar ela - Luanda diz.

- Ela não, mas o garoto sim - digo e passo a mão na cabeça.

Já tô com dores só de imaginar.

- E como ela tá?

- Abalada, confusa, achei melhor da um tempo pra ela pensar - Luanda concorda.

- Já me imaginado sendo dinda dessa criança - Lua diz e a olho com raiva.

- Sai pra lá, esse cargo já e meu!

Ela de ombros rindo e se joga em cima de mim.

Tudo Por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora