BELLA
Sento na calçada cansada e olho pras duas que ainda estão dançando animadas.
São quase duas da manhã e já tô morta, meu pé tá inchado e já até parei de beber.
Mas a Vitória e a Luanda continuam dançando.
- Vou ir embora, tô morta nega - digo pra Luanda.
- Vou com tu - ela diz mais a corto.
- Tu rala pra caralho! Merece curtir, fica aí com a Vivi, da pra mim ir sozinha, o morro tá cheio - digo e ela fica meio assim - Sério Lua! Curtir por mim e por você.
Luanda sorri pra mim e beijo sua bochecha, me despeço da Vitória e pego a chave de casa com a Luanda.
Vou me espremendo no meio de todo mundo até sair do outro lado, começo a andar devagar pra ir pra casa.
Mas sinto que tem alguém atrás de mim e acelero os meus passos, levo um susto quando uma mão segura meu braço.
- Me solta seu pervertido - me veio pronta pra bater, mas paro quando vejo ser o Cabelinho.
Ele sorri pra mim pela primeira vez e sinto vontade de mata lo.
- Mas que porra! - empurro ele. - Seu doente.
- Me chamar de pervertido foi foda, excitante - ele brinca e reviro os olhos. - Tá fazendo o que sozinha? Cadê a maluca da minha irmã?
- Tá sobre os cuidados da Luanda, fica calmo - digo ele põe a mão no bolso.
- Tá indo pra casa sozinha? - ele pergunta e concordo - Te acompanho, tô de bobeira mermo - ele da de ombro.
Não discuto sobre isso, tô cansada demais pra debater.
Cabelinho vem andando do meu lado em silêncio e fico inquieta.
As vezes o jeito caladão dele me deixa agoniada.
- Fala, sei que tu quer dizer algo - ele diz enquanto olha alguns carros passando.
- Quanto tempo você tá nessa vida? - não seguro minha língua e pergunto de uma vez só.
- Acho que dês dos 16 ou 17, não lembro a idade certa - ele diz não dando muita importância.
- hmm - digo e mordo meu lábio.
- Tu e toda diferenciada - ele diz rindo - a pergunta que tu faz.
- Ué, senti curiosidade - do de ombros. - Tu fumou? - pergunto.
Ele me olha e nega.
- Tá rindo demais, acho que fumou.
- Tomar no cu garota, só tô na paz hoje - solto uma risada e ele me encara dando um sorrisinho de lado.
Voltamos a andar em silêncio e quando chego em frente a mina casa o cabelinho para.
- Entregue - ele diz e sorrio.
- Valeu - digo e me aproximo dando um beijo na bochecha dele. - Boa noite coisa feia - digo e abro o portão.
Cabelinho cruza os braços e dá um sorrisinho de lado.
Esse sorriso, é aquele típico sorriso que fode com a mente de qualquer uma.
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Tudo Por Você
Fanfiction- Tu tá ligado que eu não sou aquele otário lá né? Eu faço a porra toda por você, tudo por você! Quero te ver bem Bella, não vou vacilar com a minha mulher. - cabelinho.