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𝘋𝘖𝘔

Um baseado e uma puta foi oque fizeram a minha noite ficar ainda melhor, depois de marcar presença no baile de sexta, virei a noite na minha segunda casa. Eu tinha minha casa no alto do morro que eu costumava passar mais tempo, depois de dois anos morando no sul pra dar fuga na polícia, resolvi voltar para minha verdadeira casa, pras minhas origens.

Mas a segunda casa eu usava como ponto de encontro com as putas, eu tinha algumas garotas pra me satisfazer, e precisava alojar elas em alguma lugar, foi então que veio em mente a idéia de montar meu próprio bordel. Funcionava como uma casa de prostituição, com gerente, garotas de progama, clientes, e tudo oque você imaginar. A intenção era ter um ponto de encontro sem precisar levar as quenga pra minha casa.

Quem cuidava dos negócios do morro não era eu, os problemas que aconteciam passavam pelo conselho, e fechava com minha decisão, eu tinha o controle de tudo, mesmo não estando sempre presente. Essa era a vantagem de ser o chefe. Eu não gostava de resolver B.O do cotidiano, pra isso eu tinha meus comparça e meu braço direito, que resolviam tudo sem que eu precisasse esquentar a cabeça.

Meu negócio era mais financeiro e resolver os bagulho doido, que realmente exigisse minha presença. Embora não atuasse muito diretamente no morro, eu me sentia melhor estando dentro dele, me sentia mais seguro na minha favela.

Minha cabeça faltou explodir quando escutei meu celular vibrando debaixo do travesseiro, primeiro precisei raciocinar onde eu tava pra conseguir atender ao telefone.

Abri meus olhos lentamente até me deparar com o quarto tom de vermelho onde eu tava, logo de cara já reconheci que tava no bordel.

Minha cabeça doeu no momento em que abri os olhos e as lembranças de ontem vinheram como flash back na minha mente.

Eu não curtia beber muito ao ponto de não conseguir me lembrar, meu negócio era mais ficar na maconha e na brisa, mas ontem eu exagerei demais da conta, e nem me lembrava como tinha vindo parar na casa vermelha.

― Porra, que merda aconteceu agora? ― me espreguicei na cama assim que atendi ao telefone, e me deparei com o corpo de uma mina jogado sobre a cama ao meu lado.

Era uma morena bonitona e siliconada que eu tinha trombado no camarote ontem a noite, como eu não era bobo nem nada já fiz logo a proposta dela trabalhar pra mim.

Basicamente as mina que trampavam na casa vermelha eram minhas, elas trabalhavam para mim, faziam os programas e me prorpocionava cinquenta por cento do que era ganho.

Muitas trabalhavam para mim por necessidade, faziam progama pra conseguir dinheiro pra se sustentar, e eu ajudava a conquistar o próprio dinheiro. Já outras curtiam se aventurar com alguns bandidos.

― Preciso bater um lerô contigo ― Deco me informou quando atendi.

― Passa o papo aqui mesmo, vou descer daqui direto pra minha goma ― falei serinho, sem vontade nenhuma de me deslocar pra resolver problemas em pleno domingo.

Levantei da cama e proucurei pelas minhas roupas ainda com o telefone em minha orelha, esperando Deco dizer oque ele realmente queria.

Deco era tipo meu braço direito, ele fazia tudo que eu mandava e tomava as rédeas do morro quando eu não tava, esse era o único motivo que me fez atender a sua chamada em pleno domingo. Foda-se que era uma da tarde, eu dormiria mais se possível.

― Tá ligado naquele cara que eu te passei a visão, o Gustavo? O cara fez uma puta dívida na boca, as drogas que era pra vender o cara tava usando ― Deco me comunicou através da chamada, se pá ele já tinha me passado essa história a limpo, eu é que não tava lembrando.

No morroOnde histórias criam vida. Descubra agora