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𝘒𝘈𝘙𝘐𝘕𝘈

Carol e eu chegamos a um consenso de irmos para um barzinho no morro que era bem movimentado, também era lanchonete, então a primeira coisa que fiz ao chegar foi pedir uma porção de batata pois estava com fome. Não queria nem sonhar em beber nada alcoólico por que me lembrava muito bem oque havia acontecido na última vez que me permiti beber.

Então pedi a porção de batata com uma latinha de coca, era o suficiente para me saciar durante a noite.

― Então Karina, você não tem interesse em participar do projeo voluntário dessa semana? ― Ana indagou com um tom de aflição, pela sua expressão ela parecia não ter certeza se era uma boa pergunta a se fazer, visto os últimos acontecimentos na minha vida.

― Hã.. sábado não é? ― perguntei confusa, tentando bolar uma desculpa antes que fosse tarde.

Não é que eu não queria, mas ainda estava assimilar tudo que aconteceu na minha vida e não sabia se era um bom momento para tentar ajudar os outros, sendo que minha vida estava um completo caos.

Sem falar que também tinha o fato de Diego trabalhar junto com Ana, oque consequentemente me obrigaria a vê-lo. E naquele exato momento ele estava com o braço na minha cadeira esperando ansiosamente pela minha reposta, claramente todos eles buscavam me levar de volta para o trabalho voluntário e eu não saberia dizer o por que.

― Sim, pode aparecer quando quiser
― Diego respondeu por Ana, abrindo um sorriso largo e de felicidade, talvez em pensar que eu poderia estar de volta no sábado.

― Por falar nisso, obrigada por falar com o Dom, ele nos procurou essa semana e resolveu as questões pendentes, na verdade ele mandou alguém para resolver ― Ana também não conteve sua animação, ela encarou a todos na mesa com um sorriso esplêndido, apenas esperando que cada um fizesse um elogio ao querido Dom.

Na hora minha cabeça entrou em completa confusão, tinha citado com o Dom a um tempo atrás que seria necessário uma ajuda financeira para financiar alguns planos que o trabalho voluntário tinha, mas não achei que ele fosse mesmo levar a sério e resolver sem que eu pegasse em seu pé, mas pelo visto ele se importou e mandou alguém cuidar disso.

― E está tudo resolvido? ― indaguei, mais interessada para saber sobre aquele assunto e sobre oque Dom realizou de tão bom.

Beberiquei um gole de coca cola enquanto todos a mesa dividiam sua atenção em mim e na Ana, parecia ser o entretenimento perfeito.

― Bom, ele contribuiu com a maior parte da grana que precisávamos então está meio caminho andado ― Ana sorriu toda feliz, era contagiante ver o quanto ela ficava empolgada com coisas tão pequenas mais com valor.

Qualquer outra pessoa não estaria disposta a ajudar os mais necessitado com o vigor que ela tinha, e Ana demonstrava essa humildade com seu olhar dócil. Ela era uma garota tão delicada e gentil, que eu tinha minhas dúvidas se podia fazer mal ao menos a uma mosca.

― Mas vale ressaltar que a gente conseguiu bastante grana também com os patrocinadores, pessoas do bem que nos ajudaram ― Diego fez aquele comentário com um certo de tipo de grosseira em sua voz, para mim ele estava tentando diminuir a ajuda do Dom e insinuar que sua ajuda era menos importante por ele ser do crime.

Eu entendia seu ponto de vista mas era egoísmo da parte dele reclamar de algo que não estava sendo direcionado a ele, e sim a diversas pessoas que precisarem dessa ajuda.

― Mas qualquer ajuda é bem vinda ― Carol entrou em defesa do Dom, ou talvez apenas não gostou do comentário do Diego, e fez questão de demonstrar isso com sua cara fechada.

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