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𝘒𝘈𝘙𝘐𝘕𝘈

Por volta das oito da manhã eu recebi meu café da manhã, um desjejum de da água na boca de tanta variedades que tinha, me trouxeram frutas, pão com requeijão, café com leite e algumas torradinhas com geleia de ameixa. Nunca pensei que fosse possível me alimentar tão bem dentro de um hospital, mas convenhamos, eu estava dentro do melhor hospital da região, não era qualquer hospital. Tomei meu banho matinal, pela primeira vez depois que fui solta daquele sequestro e foi aliviador.

Me senti mais revigorada após sair do banho gelado que eu mesma optei por tomar, pra ver se me saía a mais tranquila daquele quarto. Coloquei uma roupa minha que Carol fez o corre de mandar trazerem, não me perguntem como, mas ela já estava com uma bolsa minha com alguns itens pessoais meus e me entregou após eu sair do banho.

― Nunca eu ia imaginar que tinha um serzinho crescendo dentro de mim ― comentei mais humorada, me sentindo preparada para começar a aceitar que agora tinha o bebê dentro de mim, muito embora eu ainda tivesss meu estômago trincado e sem nenhum resquício de bebê ali dentro.

Alisei minha barriga suavemente enquanto estava em pé e já vestida em minhas roupas, enquanto Carol arrumava meu cabelo por trás. Eu lavei meu cabelo por que não estava suportando mais a sensação de sujeira que habitava em mim, meu cabelo estava quase dando nó de tão embaraçado então Carol fez o favor pra mim de fazer uma trança e me deixar aparentemente mais limpa.

― Depois de dar quatrocentas vezes pro Dom, você esperava o que? ― Carol riu atrás de mim, achando engraçado a forma como eu ainda estava incrédula sobre aquela gravidez. ― Sua menstruação continua vindo certinha? ― perguntou curiosa, finalizando a trança e passando para minha frente.

― Sim ― concordei, embora fosse algo que eu não estivesse tão atenta eu tinha lembranças da minha última menstruação e poderia afirmar que não tinha tido atraso nenhum.

― Quando é pra ser, simplesmente acontece ― ela sorriu, mas tentando esconder sua energia contagiante por saber que vai ser tia para não me deixar tão assustada.

― Licença ― escutei batidinhas na porta e a voz do médico em seguida, era um médico diferente do senhor que esteve ontem aqui, muito mais jovem, bonito e risonho, parecia ser aqueles médicos humoristas que lidam com criança e faltam colocar uma bolinha vermelha no nariz.

Logo de cara ele já entrou com um sorriso de orelha a orelha e olhando minha ficha, deveria estar buscando mais informações sobre meu caso.

― Bom dia doutor ―Carol foi supersticiosa ao cumprimentar o médico e com um sorriso no rosto ela ficou me encarando, aquele sorriso de segundas intenções que só amigas entendem.

Sorri envergonhada e me virei, ficando de frente para o Doutor que parou em nossa frente e em seguida mudou sua atenção dos papéis para mim. Ele me avaliou de cima a baixo como se estivesse tentando tirar suas próprias conclusões apenas com o olhar e em seguida suspirou.

― Vejamos aqui.. exame de sangue não detectou nenhuma anomalia, nenhum resultado que devemos nos preocupar, apenas uma gestação de dois meses ― ele passou a ficar mais sério enquanto lia ou apenas observava oque estava escrito nos papéis, aparentemente indicava que eu estava bem.

― Estou liberada? ― perguntei ansiosa, movimentando minhas pernas no chão pra me sentir mais disposta já que estava com câimbra de tanto ficar deitada naquela maca.

― Não antes de fazermos uma ultrassonografia para vermos como esse bebezinho está ― o médico sorriu ao perceber a forma como eu estava adiantada e depois jogou seu cabelo liso e escorrido para trás, chamando minha atenção.

No morroOnde histórias criam vida. Descubra agora