049.

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𝘋𝘖𝘔

Precisava descansar, nem tinha me recuperado direito da invasão e já tava acontecendo mais perreco na minha vida. A visita que fiz na casa da Karina me deixou com dor de cabeça, me estressei quando ela veio com aquele papo torto de que agora que o irmão dela tava morto, não ia mais continuar nosso lance.

Foda-se que o irmão dela tava morro, ela não me conhecia e não sabia do que eu era capaz pra fazer ela continuar comigo. A real é que eu não tava com ela pela dívida, nunca aceitaria ela como forma de pagamento se ela não me interessasse o suficiente.

Acabei juntando o útil ao agradável mas isso não quer dizer que agora estava tudo acabado, ela iria continuar sendo minha independente do que acontecesse. E eu só esperava que ela não pagasse pra ver isso acontecendo.

Karina era boba demais se achasse que eu a abandonaria agora, ainda mais agora que ela estava mais vunerável do que nunca.

Era a chance perfeita de conseguir conquistar ela, a garota vinha se mostrando difícil demais, marrenta, muito diferente de qualquer outra garota que caiu no meu encanto.

Eu poderia levá-la para minha casa, já que Karina não iria conseguir sobreviver sem dinheiro e muito menos bancar os custos de uma aluguel. E eu nem tinha sacado oque isso queria dizer, até pensar melhor no assunto. Eu tava mesmo cogitando assumir ela?

Não era a pior escolha do mundo fazer dela minha fiel, ela era perfeita pra isso, eu já tinha controle da Karina, ela fazia tudo que eu queria, era minha foda fixa, a garotinha perfeita. Por que não fazer dela minha fiel?

― Ó cuzão, tô falando com você ― afastei os pensamentos quando me dei conta de que Deco ainda estava ali na minha sala, fumando um mais eu e deixando a brisa bater.

Eu e ele tinha marcado de se encontrar no bordel, pra espairecer e comer alguma garota, depois da foda a gente se juntou na sala pra ficar gastando tempo e fumando juntos. Não tinha nada melhor do que ficar em completo silêncio, sentindo o efeito da droga enquanto pensava em altas paradas. Era tipo terapia de bandido.

― Solta o verbo ― soltei fumaça para o ar, mantendo minha atenção sobre ele para fazer ele pensar que eu não tava completamente desligado.

― Não vai no velório do teu cunhado? ― Deco questionou como quem não quer nada, não sei se tava realmente preocupado em me avisar a tempo ou somente de saber da vida dos outros.

Em seguida ele tragou o baseado e soltou a fumaça no ar como eu fiz.

― Não ― respondi de imediato, ficando tenso só de tocar no assunto.
― Karina veio com uns papo torto de me largar agora que o irmão morreu, tá achando que a vida é fácil que nem GTA ― ri fraco, misturando a brisa da maconha com a tensão que me dominou quando entrei naquele assunto.

― E se ela te largar? A garota deve tá abalada, não vai querer te ver tão cedo, e outra, tecnicamente não existe mais dívida se o irmão dela agora tá morto ― Deco sorriu, gostando de me ver pensativo com aquele assunto e também gostando da probabilidade de me ver perdendo uma garota.

― A dívida continua de pé tendo em vista que ela assumiu o B.O, e digo mais, não é pela dívida que eu to com ela quero fazer dela minha fiel
― rebati com o mesmo nível de humor que ele, Deco achava que eu tinha perdido o jogo, mas isso estava longe de acontecer.

No morroOnde histórias criam vida. Descubra agora