𝘒𝘈𝘙𝘐𝘕𝘈
A semana tinha passado tão rápido que eu nem ao menos me toquei de que já era sexta feira, dia de baile, eu não tinha certeza se ia mas de uma coisa eu tinha certeza, Carol iria me pertubar para ir com ela.
Ela passou a semana toda me visitando em todos os dias, acho que era mais uma forma de garantir que eu não iria afundar em luto.
E as visitas que ela me fez foi essencial para que isso não acontecesse, quando me mudei para casa do Dom pensei que fosse ficar menos sozinha, que estar com a presença dele fosse me fazer esquecer um pouco da morte do meu irmão mas foi totalmente ao contrário.
Dom passava mais tempo fora de casa do que dentro e na maioria das vezes só voltava pela noite, quando eu já estava prestes a dormir. Então tecnicamente eu passava o dia inteiro sozinha, ou melhor, passaria se não fosse minha amiga.
Carol veio me visitar e acabou ficando o dia inteiro aqui comigo ontem, assim como no dia anterior a ontem, já que ela não tinha um trabalho agora como eu também não tinha, poderíamos jogar conversa fora sem preocupações.
Na sexta ela não apareceu mas me mandou mensagem dizendo que queria me ver mais tarde para irmos para o baile juntas. Ainda estava tentando arquitetar uma desculpa para dizer que não ia, mas logo depois me peguei pensando.
Por que não ir?
Sério, eu não tinha muito oque fazer dentro daquela casa, já que o Dom mal parava ali dentro e so me procurava para alimentar seu desejo sexual, e eu já estava até me acostumando com aquilo. Acho que sua única intenção ao me levar para morar com ele, era tornar ainda mais fácil a forma como ele teria acesso a mim.
Por parte eu não estava nenhum pouco magoada pela forma como ele passou a me tratar com mais frieza apartir do momento que passei a morar com ele, isso não me supreendeu em nada, ele está apenas mostrando sua verdadeira personalidade.
E isso era bom, talvez não manter tanto contato e ter uma relação intensa com ele fosse bom para nós dois, se ele fosse continuar vivendo sua vida de solteiro e pegando quem quisesse, eu também deveria agir da mesma forma. Não queria ficar presa a ele enquanto ele estava solto no mundo curtindo horrores.
E sabe de uma?
A melhor coisa que eu poderia fazer era ir a essa baile, me divertir com minhas amigas e curtir a vida. Não podia passar o resto da minha vida trancada na casa do Dom como uma prisioneira, ele não tinha esse direito.
Estava deitada no sofá pensando na vida e no quanto estava entediada sozinha naquela casa quando escutei um barulho de porta batendo. Meus olhos rapidamente rolaram na direção da entrada, onde encontrei o Dom passando por ela.
Ele estava com a mesma roupa de quando saiu pela manhã, uma bermuda tactel preta com uma camiseta azul marinho que agora estava no ombro, nunca iria entender o motivo dele sair vestido sendo que nunca usava a camiseta. Em seu pescoço todos aqueles cordões de ouro combinando com seus anéis e sua glock na cintura.
Dom parecia gostar de exibir cada tatuagem que ele tinha naquele esbelto corpo, e naquela tarde algo conseguiu chamar minha atenção mais do que suas tatuagens no corpos. Seu cabelo.
Ele havia acabado de cortar o cabelo, deixou na régua e fez um desenho esquisito na lateral que eu poderia jurar que tinha relação com o tráfico e com sua facção. Mas não foi isso que chamou minha atenção.
Dom quando cortava o cabelo era outro nível, ele ficava mais atraente, mais chamativo, mais gostoso. Mas isso não deveria me tirar o foco, eu ainda estava chateada com ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
No morro
FanfictionSerá mesmo que o amor suporta tudo? ― Não somos capazes de amar alguém verdadeiramente, quando esse alguém brinca com nosso coração. Em uma favela onde a troca de tiros é constante e a criminalidade predomina mais do que a paz, não há lugar para con...