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𝘒𝘈𝘙𝘐𝘕𝘈

Uma flecha no meu peito doeria menos do que ter que ouvir aquelas palavras saindo da sua boca, ele trocando a forma de pagamento de uma maneira tão injusta da sua parte e querendo se aproveitar novamente de mim. Mas é claro, oque eu esperava de alguém tão baixo como ele?

Não deveria ter contato sobre minha virgindade, talvez fosse mais vantajoso deixar que tudo acontecesse de forma normal, assim ele não acharia que tinha controle sobre mim e que poderia fazer comigo oque quisesse.

Foi notório a chama de desejo que nasceu em seus olhos quando contei a ele sobre minha falta de experiência, e oque eu achei que fosse estragar o clima, acabou deixando ainda mais dificultoso para mim.

Pelo olhar malicioso do Dom em cima de mim, parecia que ele iria me comer naquele instante, sem se importar com a minha virgindade, e aquilo estava me causando arrepios.

― Você não pode fazer isso ― tentei argumentar contra ele, mesmo sabendo que seria impossível. Eu teria que seguir suas ordens.

― Muitos homens pagariam para tirar seu cabaço ― Dom usou um tom leve para dizer aquilo, como se estivesse falando sobre algo normal, e em seguida afastou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, se aproximando cada vez mais de mim.

Eu não tinha para onde correr, já estava colada ao móvel atrás de mim e aos poucos Dom me encurralava, o cheiro forte do seu perfume estava começando a me deixar entorpecida, perdida em meus próprios pensamentos.

Respirei fundo e tentei ignorar que seu braço musculoso e tatuado estava bem ao lado do meu rosto.

― Mas sou eu quem vou te fazer mulher ― Dom disse com um tom autoritário, apertando seu polegar contra meu lábio de uma forma estranha e aos poucos adentrando em minha boca, com seu olhar macabro em cima de mim. Aquele homem era sociopata. ― Porra.. você não sabe o quanto eu estou duro, querendo entrar em você ― ele suspirou, parecia desesperado, necessitando me contar aquilo.

Dom me olhava de uma maneira esquisita, parecia estar olhando para uma propriedade em seu nome, para um objeto sexual, que servia somente para isso. Eu tive medo daquele olhar, tive medo do que ele seria capaz de fazer comigo, mesmo sabendo das minha condições. Ele não teria piedade de mim?

E embora o medo fosse maior do que qualquer outra coisa, eu estava me martirizando mentalmente por meu corpo estar reagindo de maneira estranha, e oposta ao que eu queria.

Era estranho para mim estar na presença de um homem tão cheio de si e masculino, eu já estivesse com homens, já passei por alguma situações que me levou a conhecer um pouco sobre o sexo, que não se trata apenas de penetração, mas de uma troca de gestos que podem vim a nos trazer prazer.

Mas naquele momento, tudo parecia ser novo e desconhecido para mim, desde o momento em que ele me mostrou o quanto estava duro e necessitado roçando em mim, até agora, com seu dedo brincando com meu lábio, eu não havia parado de sentir uma sensação de adrenalina, meu corpo pegando fogo.

E também queria ignorar o fato de minha calcinha estar molhada, eu poderia odia-ló e não querer estar ali, mas ele era um homem muito atraente, um homem que em outras circunstâncias me agradaria, e me deixaria bastante excitada. Naquela noite não foi diferente.

― Então vai me obrigar a me deitar com você agora? ― minha voz saiu trêmula e por pouco não gaguejei, de tão nervosa que estava.

― Não, não vou te obrigar a nada ― me corrigiu, apoiando sua mão em minha cintura e aos poucos passeando pela minha bunda. ― Você me dará oque eu quero, mas não hoje ― terminou por fim, encostando seus lábios no meu para poder dar continuidade à um beijo.

No morroOnde histórias criam vida. Descubra agora