075.

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𝘋𝘖𝘔

Tinha acabado de tomar um banho, coloquei uma roupa que Deco não usava e decidi dormir por ali mesmo, estava com muita dor de cabeça e bêbado demais pra voltar para casa. Não tinha mal algum passar umas horas na casa do Deco e depois voltar para a minha. Mas pensa na confusão que se formou dentro de casa quando Arana e Sapo voltaram da pista, tremendo Karina.

Eu mandei eles por que eram mais competentes, um piloto de fuga e um atirador bom, no tinha uma dupla melhor do que eles. Não ia mandar qualquer vapor pra proteger a minha mulher, e vendo a situação que eles relataram ao chegar em casa, percebi que fiz bem em tomar aquela decisão.

― Porra, começaram a seguir nós aí depois atiraram, foi muito tiro cuzao
― Arana explicou com sua voz carregada de cansaço, e a cada palavra ele parava para buscar um pouco de ar e depois voltava, estava suado e de vista bem cansado.

Assim que meus pés terminaram de descer a escada, minha única preocupação era com Karina, então busquei ela pela sala e encontrei a garota sentada no sofá com os cotovelos apoiados na perna e sua cabeça abaixada. Não tinha certeza se ela tinha voltado bem, mas se algo tivesse acontecido já teriam aberto a boca.

― Tá de tiração ― Deco ficou perplexo ao saber, acompanhou tudo sentado em seu sofá.

― Pareceu cena de filme, eles começaram a atirar em nós, quebrou vidro, detonou o carro de bala ― Carol contou tudo tranquilamente, ela não se abalava com qualquer coisa e não seria uma troca de tiros que iria deixar a garota suprrendida.

Diferente da Karina que não estava acostumada com aquela vida e parecia estar meditando sobre tudo oque aconteceu com as mãos na cabeça.

Não precisava saber de todos os detalhes da troca de tiro naquele momento, mais tarde talvez eu estudaria o ataque e tentaria achar o culpado, mas naquele momento eu só queria saber dela.

Me aproximei de Karina e toquei em sua cabeça para chamar sua atenção, mas como se já soubesse que era eu me aproximando, ela acertou um tapa em minha mão na tentativa de me afastar e levantou sua cabeça de vez. Foi naquele momento que eu percebi que ela estava chorando, ou pelo menos estava e parou quando me aproximei.

Seu rosto estava molhado e vermelho de chorar, e não disse absolutamente nada ao me olhar, só ficou me encarando como se eu fosse o motivo do seu chorororô. Seu rosto estava cortado próximo ao supercilios, provavelmente foi de algum pedaço de vidro que a acertou, mas fora isso ela parecia estar bem. Era isso que importava.

― Já é a segunda tentativa de assassinato que eles tentam contra a Karina ― Carol fez aquele comentário com um tom inisinuativo e ao mesmo tempo furioso, até parecia que tinha certeza que aquele ataque tinha sido direcionado a Karina.

― Ainda é cedo demais pra afirmar que foi por causa dela, pode ter sido na tentativa de matar qualquer um de vocês ― Deco comentou com paciência, não iria tomar decisões precipitada como sua irmã estava fazendo.

Se pá poderia ter sido direcionado a qualquer um, mas era muita coincidência duas coisas totalmente sinistras acontecendo com a Karina em dois dias seguidos.

― Eles querem matar a garota, se quisesse matar nós tinha matado assim que a gente deu entrada no hospital, ou vocês pensa que ele achou nós por acaso? Certeza que tava seguindo nós, sabia quando e onde a gente ia tá ― Sapo falou confiante no que dizia, e fazia sentido oque ele queria dizer.

― A bebida envenenada foi claramente mandada pra Karina e agora a gente é atacado com ela dentro do carro, só burro não vê que o alvo é ela ― Carol soltou o verbo com fúria, olhando fixamente nos olhos do seu irmão, aquilo pareceu ser mais uma indireta direcionada a ele por acreditar que Karina não fosse o alvo.

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