Capítulo 36

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Peeta Mellark está ajoelhado no palco de Caesar Flickerman, a caixinha do avermelhada nas mãos. A câmera logo se ajusta para exibir o anel dourado com um diamante. O foco muda para o rosto de Katniss Everdeen, em uma expressão chocada, mas um sorriso em seu rosto. Ela maneia a cabeça positivamente a plateia vibra em palmas e felicitações.

— Isso é mais falso que a dentadura de Dalence.— Malia murmura, a mão enfiada no balde de pipoca, ela pega um monte e enfia na boca e então de um jeito bem sensual diz:— Olhe a cara dela.

Massageio sua panturrilha, e deslizo a mão em sua perna. Eu rio, porque ela apenas desconfia dos dois desde o começo. Ela acredita que Peeta até possa sentir algo, mas acha que Katniss embarcou nessa porque era a coisa mais fácil de se fazer para sobreviverem.

— Você não os assistiu na arena, amor... ela realmente se preocupou com ele, fez de tudo para salva-lo... era bonito.— eu digo.

Malia se recusa assistir os Jogos, qualquer edição que seja. Quando tivemos nossos primeiros Tributos depois do seu ano, ela também não quis conhece-los, não quis se apegar, não quis ver nada. Quando eles morreram, e eu fiquei arrasado, ela ficou comigo. E assim foi pelos últimos 4 anos, eu e Mags somos mentores, e ela só vai porque é obrigada. Na cede dos idealizadores quando os jogos começam, ela não sai do quarto, fica apática. É como se ela se desligasse.

— Você é bobo.— Malia diz. Ela se move, tira o balde de pipoca do colo e engatinha até subir no meu. Rodeio sua cintura e desço minhas mãos até sua bunda redondinha. Suspiro e vejo seu sorrisinho.— Podíamos aproveitar que estamos aqui sozinhos... eu não sei porque você insiste em assistir esse programa.

— Não quero perder o anúncio do Massacre Quaternário. Na última vez foram o dobro de crianças. Estou preocupado em dessa vez ser o triplo ou sei lá.— resmungo e vejo seus ombros cairem.

Davi e Tyson ainda possuem 17 e 16 anos. Se for mais crianças, a chance de um dos dois ser chamado é ainda maior. Não estou conseguindo dormir direito pensando nisso.

— Eles não vão ser sorteados, bebê... eu tenho certeza.— ela fala, seus dedos percorrem meu pescoço.— A Capital costuma a ser criativa, pegar cada vez mais crianças não é lá tão diferente da última vez.

Eu não tenho tanta certeza disso, mas não quero pesar sua cabeça com meus medos. Seguro seu rosto e uno nossos lábios, ela geme de satisfação e meu pau reage rapidamente ao som. Nós nos entrelaçamos e nos esfregamos um no outro. Deslizo minha língua preguiçosamente, sentindo o gosto salgado da pipoca, mesclado com o suco de uva que ela estava desejando à dias. Seus quadris começam a se mover daquele jeito que acaba comigo. Eu gemo na sua boca. Seus dedos afundam nos fios da minha nuca.

Enfio minhas mãos embaixo da sua camiseta, dedilho suas costelas até alcançar seus seios. Massageio cada um deles com cuidado, porque estão sensíveis e bem doloridos esses dias. Malia geme ainda mais, sua cabeça cai para trás e eu avanço em seu pescoço, lambo e mordisco a pele sensível. Rio quando ela fica impaciente e agarra meu rosto para um beijo avido.

Estou quase arrancando sua blusa quando uma tosse fingida nos assusta. Malia solta um gritinho de susto e esconde o rosto em meu peito, constrangida. Eu deito minha cabeça para trás e vejo meu irmão na entrada da sala, recém recuperado da surra que levou. Ele está com o olho roxo, um corte na sobrancelha, outro na boca e às maçãs do rosto arroxeadas.

— Não é querendo atrapalhar nem nada, mas estou com fome.— ele diz baixo. Fico feliz apenas de vê-lo, a tempos que ele não sai do quarto, pelo menos não está bebendo novamente.

— Tem comida guardada do almoço... está na geladeira.— eu digo, alisando às costas da minha noiva.

Caio está prestes a responder algo, mas Malia se afasta do meu corpo abruptamente e quase cai para trás, a seguro firme e a olho confuso. Seu rosto está extremamente pálido, sua mão cobrindo a boca.

70° edição dos Jogos Vorazes Onde histórias criam vida. Descubra agora