Acordo Finnick com beliscões e batidas leves em sua bochecha. Ele resmunga e choraminga como um bebê, tenta segurar minha mão mas eu não deixo. Me controlo para não enche-lo de beijos por me sentir culpada, e puxo seus cabelos até que ele finalmente acorda. Eu solto um gritinho de susto quando sua mão estapeia minha bunda. O olho com raiva, e ele também está irritado.— Quero conversar sobre nosso relacionamento. — falo, usando minha voz séria.
Finnick revira os olhos e me joga para o lado, me tirando do seu corpo. Ele se vira de costas e puxa o cobertor para voltar à dormir. Eu praticamente rosno e o faço se deitar de peito para cima para escalar nele.
— O que foi, pelo amor de deus?
— Não fale assim comigo.— peço. — Eu estava a ponto de colocar um fim nisso tudo, mas estou te dando uma chance de se explicar.
Ele tem a coragem de rir na minha cara. Suas mãos pousam aonde ele bateu e ele massageia me tirando o foco por breves segundos, mas eu lembro de tudo que senti na noite anterior para não perder a raiva.
— Certo. O que foi minha vida? O que eu fiz que te chateou?— a voz dele muda, mas consigo ver que ele está sem paciência. Problema dele, eu também estou.
— Você não se sente confortável comigo. — eu repito sua fala. — O que eu fiz? Por que não sou o suficiente? Eu confio em você para tudo e você não é recíproco comigo. E eu fiquei mal... a noite inteira, porque não sei o que fazer para mudar isso. Eu queria que fosse recíproco, e estou me sentindo uma idiota... porque talvez tudo que aconteceu foi para nos livrar da Capital... e eu entendi tudo errado e você só me vê como alguém... para beijar ou ter carinho quando estiver carente.
Eu já estou chorando de novo e bufo com raiva passando a mão embaixo dos meus olhos. Desde quando eu virei uma chorona incontrolável? Finnick fica sério, seu olhar muda e ele segura meu corpo para se sentar. Dobro meus joelhos e me apoio nele para não cair para os lados.
— Malia, eu não sabia que você estava se sentindo assim... e não, você definitivamente não entendeu nada errado. Cada momento nosso tem significado pra mim, quero estar com você em qualquer circunstância. Eu já disse, você é a mulher da minha vida.— ele diz baixinho segurando meu rosto em concha. — Eu não quis dizer que não me sinto confortável por sua culpa... é só que... você acabou de sair da arena, acabou de passar por situações horríveis. Meus problemas são passado, lido com eles há anos, não sou prioridade agora, não quero encher sua cabeça com mais coisas. Não me sinto bem em falar com você, porque para mim é errado. Não que eu não confie ou nada do tipo.
Finnick suspira e me puxa para um abraço, e eu me desmancho em lágrimas.
— Oh meu amor... me desculpa. Eu não escolhi bem às palavras, não queria te deixar assim.— seus dedos deslizam pelas minhas costas, e eu tento me acalmar.— Meus pesadelos costumavam ser lembranças da arena, ou das coisas que eu precisava fazer... nos anos que passei aqui... você sabe. Mas agora, todos são com você, é você que está em meu lugar, e eu não consigo protege-la. É horrível Malia, mas não é algo que eu não consiga lidar, porque quando eu acordo, você está comigo, e eu vejo que está tudo bem. Não queria encher sua cabeça com coisas bestas.
— Não são coisas bestas pra mim, se te deixam inquieto... é isso que eu quero que você entenda. Que eu me importo. — minha voz sai uma bagunça embargada.— Que eu quero que você tenha pra onde ir quando se sentir mal, não que tenha que esconder porque acha que estou passando por muita coisa.
Finnick beija meu ombro e sobe os beijos para o meu pescoço até atrás da minha orelha. Eu suspiro fechando meus olhos.
— Eu prometo que vou falar com você a partir de agora, está bem? — eu assinto e ele me beija mais vezes.
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70° edição dos Jogos Vorazes
Fiksi PenggemarPerto de completar seus tão esperados 19 anos, Malia Dareaux estava contente por ser seu último ano sendo obrigada a escrever seu nome para ser sorteada como Tributo para os Jogos Vorazes. Ela sabia que depois desse fatídico dia, não teria mais que...