Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg

💋Uma Dose de Certeza 💋

Haviam duas pessoas em minha cabeça em uma reunião de extrema urgência depois que sai da Andrômeda, era como se meu pensamento tivesse se dividido em dois, com opiniões diferentes que me deixavam completamente louco, talvez eu estivesse dando sinais de esquizofrenia.

A mensagem confirmando o número do contratante foi enviada e recebida duas horas depois que saí do local, eu realmente acreditei que ele não estava tão disposto a fazer isso porque de um jeito ou de outro o seu caráter o impedia, entretanto, eu estava redondamente enganado, pois ele mostrou querer muito mais do que fez parecer anteriormente.

" Oliver aqui, salve meu contato de forma que não seja possível ligar os pontos. Tome cuidado para não ser pego, estarei sempre por perto e não quero que esconda nada de mim."

"Me passe os dados de sua conta bancária para que eu envie dinheiro o suficiente para comprar uma roupa a altura do evento, precisa ser convincente e deixar claro que ele pode expor seus desejos mais obscuros a você, porque de certa forma você irá entendê-lo."

As duas criaturinhas que se multiplicaram em minha cabeça e estavam discutindo sobre eu não responder ou então nem mesmo aceitar o acordo pareciam ter aumentado ainda mais a briga, sentia em minha cabeça que os dois Jimin's estavam caindo na porrada.

"Essa é minha conta ××××××××××"

"Me mande os detalhes do dia, horário e o que eu tenho que fazer, se deixar em minhas mãos, a brincadeira pode perder a graça."

Naquele momento eu senti que um deles achou uma arma e atirou na cabeça do outro, o diabinho que me incentivava a fazer isso por dinheiro foi quem ganhou a briga.

Quando o dinheiro caiu em minha conta eu fiquei olhando para o valor durante um bom tempo, havia cerca de 6 mil dólares ali. Antigamente eu poderia dizer que era tão pouco que não conseguiria comprar uma cueca nova, entretanto, hoje, tendo mais conhecimento sobre a economia e administração de rendas que fui obrigado a aprender com a vida eu tive certeza de que conseguiria fazer um grande trabalho com aquele dinheiro.

Primeiro passo para essa aventura muito louca, foi pesquisar mais sobre o meu alvo, como fazia nos filmes de espião. Jeon Jungkook, 30 anos, solteiro a exatos 8 anos e seus números empresariais sobem mais a cada dia. Seu estilo nas fotos parecia o mesmo, ele tinha uma pegada de Cristian Grey asiático, e não que eu gostasse muito de asiáticos, mas ele me deixou com tesão.

Ele era dono da Dioses, Deuses traduzindo para o idioma certo, eu podia dizer que o melhor dos deuses era ele. Decidi entrar no site de compras da marca e procurar pela área masculina, os modelos que mostravam as peças eram lindos e tinham corpos fortes e maravilhosos, mas eu sou alguém que ele nunca viu antes, muito melhor que qualquer um deles, por mais que aquelas roupas não fosse novidade para ele, elas se tornariam peças de muito reconhecimento quando estiverem em meu corpo.

A área social era bem diversa e como a mensagem de Oliver dizia que eu deveria mostrar que ele poderia me contar a obscuridade de sua vida, eu entendi que deveria mostrar que eu era gay, um jeitinho educado dele falar.

Então eu demorei um pouco mais de uma hora jogado em meu sofá para montar o conjunto perfeito, em complemento comprei uma das pouquíssimas joias que estavam no catálogo ali. Com isso ainda sobrou mil dólares para que eu alugasse um carro decente.

Se Oliver queria perfeição, eu seria a personificação da palavra.

[...]

Quando o dia chegou eu recebi a mensagem de Oliver com o endereço e que na lista estava o meu nome real, era melhor do que um inventado.

Segundo o que Oliver me contou era mais um lugar para se beber de graça, jogar, apostar, e fazer negócios de forma mais rápida e descontraída.

Por isso a escolha da minha roupa foi uma camisa social branca por baixo de um suéter preto, um blazer curto com golas em couro que combinavam perfeitamente com a minha calça de couro preto, bem colada, as joias em prata estavam penduradas em meu pescoço e orelha, algumas grandes, outras pequenas. Combinando altura com grossura.

Sempre fui bom com moda, não é à toa que era chamado de príncipe Luxe, quando trabalhava para o meu pai.

O carro era preto e estava muito bem limpo, aluguei ele por uma noite, apenas para me levar e logo voltaria para a garagem.

Quando tive a certeza de que não poderia melhorar e que já estava quase na hora, o carro apareceu e me levou até o meu destino.

Não era tão longe de onde eu morava, mas ainda assim era um lugar que eu não costumava frequentar muito, Capital Hill era um mundo diferente do meu, e a mansão se localizava bem na Federal Avenue.

Eu desci do carro e o motorista foi com deus, dei uma gorjeta de 100 dólares para ele, pela ajuda e segui até a entrada da mansão que parecia pequena em vista da que meus pais tinham, mas enorme, para o pequeno apartamento que eu tinha.

- Nome? - um segurança que mais parecia um armário perguntou.

- Park Jimin ou Jimin Park, ainda não me acostumei com o fato de vocês colocarem sobrenome depois do nome. - Resmunguei, o homem rolou os dedos pela tela do Tablet.

- Tenha uma boa noite. - Liberou minha passagem e eu entrei para observar mais de perto o local.

A mansão parecia ser uma residência familiar, havia a presença de muitas cores e a entrada era pequena, tinha um caminho para uma sala com sofá em estampas marrons o que de certa forma só reforçou a minha afirmação.

Uma música de Chopin tocava em som ambiente no que parecia uma área externa, ela tinha uma pegada diferente do que eu já vi na casa, era simples, mas ao mesmo tempo moderna, o espaço era enorme e combinava com o bar de mármore branco onde um barman estava ali trabalhando.

Fazia exatos dois anos e meio que eu não ia em um evento daquele tipo, estava nervoso e não sabia muito por onde começar, a maioria ali parecia já ser veterano nessas festas privadas, eu me sentia sufocado e toda a minha confiança estava se esvaindo muito rápido, não via sinal de Oliver nem de Jungkook.

Não tinha boas lembranças de lugares ou pessoas como aquela, sentia que estava prestes a entrar em colapso.