Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg

💋Uma dose de Fama💋

Enquanto eu estava dirigindo pelas ruas que pareciam as mesmas desde que saí, eu estava tentando não afundar em todas as lembranças que me cercavam e o fato de eu estar em um território muito sensível.

- Então, o que acha de me atualizar, o que você estudou para escolher Seul? - indaguei prestando atenção na estrada.

- Lembra quando eu disse que Oliver era um peixe-palhaço e que já havia lidado com muitos tubarões, foi um dos principais motivos de estar aqui, tudo parece ser um grande monopólio e eu gosto de desafios, quero ser um tubarão nadando em um oceano novo. - Veio com suas metáforas para cima de mim e eu revirei os olhos.

- Sim, meu amor, você é um perfeito tubarão-branco, mas não pense que isso é o suficiente. - Estaciono em frente ao hotel. - Porque um megalodonte pode estar nadando nessas águas. - Sigo sua metáfora e saio do carro.

- Senhor Jeon, é um grande prazer. Espero que tenha feito uma boa viagem. - Joguei a chave para manobrista depois que abri o porta-malas para tirar tudo de lá.

- E o senhor como se chama? Deixe as malas aí, logo levarão para seus quartos. - O gerente se referiu a mim e eu tirei tudo fechando o porta-malas e deixando as malas ali, eu sabia que ninguém as roubaria.

- Por enquanto me chame apenas de Park. - Sorri envergonhado e ele concordou sem nenhuma estranheza.

- Vou acompanhá-los até o check-in. - O homem que tinha a idade para ser o meu pai nos levou até o balcão onde a mulher pediu meus documentos e o de Jungkook.

- É um grande prazer lhe ter em nosso hotel senhor Jeon, a suíte presidencial está sendo preparada para você. - Ela sorriu e então pegou minha identidade, em seguida checou se era verdadeira e então olhou para mim umas duas vezes antes de comentar com a atendente do lado.

- Desculpa, algum problema? - cruzei meus braços e instantaneamente minhas pernas começaram a ter vida própria.

- Não, o senhor é mesmo Park Jimin? Filho do Senhor Park? - eu não pude controlar a revirada de olhos porque elas pareciam encantadas, seus olhos estavam até brilhando.

- É, eu sou, será que podem ser um pouco mais rápidas com isso? Eu tive uma viagem muito longa e preciso descansar. - Tento ser o meu educado possível.

- Oh céus. Me desculpe. - Entregou meu documento e a chave para nós dois. - Suíte 695 para os senhores, tenham uma boa estadia, o champanhe é por conta da casa. - Avisou a mulher, ela estava nervosa. - Adoramos as roupas da sua mãe senhor Park. - A menina que estava atendendo outra pessoa falou e eu apenas sorri sem mostrar os dentes, no mínimo eu tinha que ser educado porque elas não sabiam que usar o sobrenome Park nesse país parece ser uma tortura.

Eu nasci sob os holofotes, minha mãe me contava que escolheu o melhor hospital americano para eu nascer e quando nasci havia um monte de fotógrafos tentando ter alguma informação ou foto minha, desde então eu tive que me acostumar a crescer sob os flashes, e eu gostava disso, gostava da atenção que eu tinha, gostava de ser notícia quando ganhava algum prêmio na escola e adorava sair de casa e ser fotografado com as melhores roupas, eu sempre fui elogiado mas para isso eu sempre tive que ser perfeito.

Como eu havia dito bem no começo da história, meu pai tinha mais influência que o presidente, talvez eu possa ter exagerado na época que disse isso, mas não agora, não quando meu nome e o nome da minha família estão tão presentes na boca do povo, era questão de tempo até todo o país estar falando sobre a volta do filho pródigo, ou falar do meu relacionamento com um suposto concorrente da Luxe, a Coreia teria notícia por um bom tempo e era isso que me assustava.

Eu ainda gosto de atenção, ainda gosto de ver o olhar surpreso e admirado das pessoas quando pego um microfone e falo todos os meus feitos, mas porque eu sinto que minha volta não será recebida com flores e sim com sangue, tempestades e lágrimas?

- Você vai me contar sobre o que acabou de acontecer? Por algum acaso você é um astro do kpop, ou um ator de drama? Melhor, é filho do presidente. - Jungkook parecia disposto a brincar mesmo vendo que minha cara não estava das melhores, eu estava em marte.

- Não me investigou? Pessoas como você costumam investigar as pessoas que se aproximam para saber até a última refeição dela, achei que soubesse. - Quando o elevador abriu no nosso andar, eu fui o primeiro a sair, andando e olhando os números.

- Eu não sou esse tipo de pessoa, acho uma invasão enorme de privacidade, gosto que as pessoas me contém o que se sentirem seguras para contar, o resto, não é da minha conta. - respondeu e eu ri fraco passando o cartão na fechadura e entrando.

- Nas suas pesquisas sobre a moda em Seul e o monopólio que tanto fala, você não ouviu nada sobre Ryan Park? Um americano que se apaixonou e veio ficar com a esposa na Coreia? - falo debochando da historinha romantizada.

- Sim, um grande tubarão, talvez o maior. - Se jogou no sofá, mas eu estava tenso demais para notar a luxuosidade do lugar.

- É meu pai Jungkook, e com ele tem a minha mãe e minha irmã, ele é o megalodonte que eu disse a você, é com ele que você deveria ter cuidado e sinceramente se tivesse pedido minha opinião antes eu diria para investir em qualquer lugar, menos aqui. - me joguei no outro sofá e olhei para ele, ele estava com uma cara nada surpresa, até entediada, como se fosse uma criança forçando expressões.

- E o que eu deveria sentir com isso? Surpresa? Medo? - indagou.

- Você já sabia, é claro que sim. - Ri soprado. - disse que não me investiga. - Pontuei, mas ele deu de ombros.

- Não investiguei, mas também não sou burro como pensa, você era um coreano vindo para Seattle com a ladainha que queria viver uma vida normal, que estava tentando se provar para seu pai, sabia coisas demais sobre a moda, empresas e principalmente como agir, isso não é para qualquer um. Então agora nós chegamos e todo mundo te trata como se você fosse um famoso desaparecido. - Se levantou e abriu os braços com um sorriso no rosto. - Ah, Jimin, eu liguei os pontos. - E saiu do cômodo me deixando ali com cara de tacho.