💋Uma Dose de Bulleit💋

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- Você me assustou, eu já estava pensando em me enfiar em qualquer um desses vasos aí e não sair nunca mais. - falo sincero, rindo, mais de alívio mesmo, a brincadeira não teve graça.

- Desculpa, mas eu sou muito difícil de perder uma piada. - revelou tomando seu Whisky, nesse momento eu realmente me perdi em meus pensamentos quando vi o seu pomo de Adão subir e descer de uma maneira muito sexy, isso me fez morder meus lábios do jeito que uma atriz pornô faria.

Merda me sentia uma mulher em época de fertilidade de novo, fazia um tempinho desde a última vez, geralmente ocorre quando eu esqueço de tomar o... puta que me pariu.

Quase caio do banco com os meus pensamentos caçando em meu bolso a bendita cartela de remédio.

- Merda. - sussurro. Meu coração estava disparado, não que isso fosse acabar com a minha vida, mas são remédios fortes que precisam ser tomados diariamente para que eu continue sendo um homem sem filhos e com o excesso de hormônios controlados. Meu corpo produz muito mais hormônios do que o necessário, logo, para que eu tenha uma vida de homem normal preciso manter isso sob controle. Esse foi o motivo do meu desespero mas que logo passou quando lembrei que não trouxe a cartela mas sim os meus remédios separados em uma saquinho dentro de minha carteira.

Voltei a me ajeitar no banco tirando da minha velha carteira caríssima que ganhei de aniversário a uns 3 anos atrás, lá tinha dois comprimidos pequenos que eu tomei rapidamente, empurrando os dois com um grande gole do Whisky.

- Isso não é droga né? - perguntou olhando para mim curioso. - Não gosto de filhinhos de papai que se drogam. - completou e eu segurei meu riso. Chamem o ministério público da saúde para lhe entregar o título de ministro agora.

- Não, questão de saúde mesmo. Eu não sou um filhinho de papai. - respondo mantendo a minha seriedade.

- Bom, não foi isso que minha mãe disse, quer mostrar trabalho para ter amor do seu pai. - ele estava entrando em um ringue onde não sairia vivo, era melhor ele sair antes que eu coloque minhas luvas.

- Na verdade, não faço isso pelo meu pai, faço por mim, sei do meu valor, sei que sou muito mais do que minha sexualidade. Por isso quero ter o reconhecimento pelo meu talento e inteligência não para ter o amor do papai. - pisco para ele tacando o foda-se para a minha estratégia de conquista, eu nem sei se ainda quero ter esse cara por perto.

- Que bom, porque eu estava pronto para lhe dizer que você é muito melhor do que isso, é só olhá-lo. Não tem perfil de herdeiro, tem perfil de quem constrói um império sozinho e mostra aos outros como estavam enganados sobre si. - ele não estava olhando pra mim, talvez por isso suas palavras tiveram mais força. Eu era tão transparente assim ou ele que tinha olhos de raio-x?

- Queria poder ser educado a ponto de dizer "obrigado" e me fazer de príncipe que precisa ser salvo mas eu não posso dizer nada além de... você tem razão, eu sou um gênio e um mundo construído pelo outro não é o meu mundo. - sorrio ao ver que ele me olhou.

- Bulleit Bourbon, homens costumam mostrar a sua força e masculinidade por meio de bebidas fortes e perfumes amadeirados. Esse Whisky foi feito para homens como esses, assim todos comprariam. - pegou meu copo e estendeu para o garçom pedindo mais um.

- Você é um desses? - pergunto com as sobrancelhas arqueadas. - porque homens que geralmente querem se mostrar tão másculos e durões são os mais incubados que existem. Um Whisky não precisa ser para um tipo específico de pessoa, é apenas uma jogada de marketing para atrair um público alvo, no caso, esse público alvo é homens com masculinidade frágil e muito dinheiro no bolso. Bebo este porque é bom, mas ainda tenho uma grande preferência por drinks doces e refrescantes que erroneamente são empurrados para as mulheres. — Completo.

- Você é diferente, não está preso no mundo dos negócios e da mentira. - observou se encostando para mais perto de mim. - Você vem aqui, em um evento destinado às pessoas mais ricas de Seattle, com roupas da Dioses, montando de forma indecifrável um conjunto de roupas sem ao menos ter medo do que irão lhe dizer. - avaliou.

Não, eu não estou preso, pelo menos não no sentido a que se referiu, entretanto estou preso a milhares de coisas piores do que apenas mentiras para o mundo corporativo.

- Todos me falam isso, costumo levar como um elogio. - volto a tomar minha bebida sentindo meu corpo alertar sobre o fato de eu estar ficando bêbado. - Então quer dizer que você conhece as roupas de sua marca? Pensei que você seria o tipo que apenas assina papéis e fala sobre números. - olhei ele de cima a baixo me xingando por não fazer isso antes já que pude reparar em cada detalhe, não só de sua roupa mas de seu corpo.

Jeon Jungkook de 30 anos, fundador e presidente da Dioses, uma das melhores marcas de roupas da América do Sul, simplesmente tem um corpo divino. Ele tinha um pouco menos de 1,80, suas coxas grudavam nas calças a medida em que ele sentava — pareciam ser bem duras — seguindo a análise, ele tinha braços fortes de quem gosta de ir à academia apenas pela saúde e não para parecer marombeiro, seus ombros eram levemente largos o que me faziam imaginar como era ele de costas, como deveria ser bem marcado além de seu abdômen, já era possível reparar o peitoral evidente, sutilmente sensual, ele era uma tentação. O pior de tudo era ver que o cara era uma delícia mesmo que estivesse com um terno típico de trabalho, aqueles ternos feito sob medida com gravata genérica.

Estava simplesmente simples, mas talvez eu não aguentasse falar com ele por muito tempo se ele estivesse melhor do que isso, algo como azul, ele tinha cara de quem ficava um tesão de azul ou até mesmo um grafite bem cara de advogado de série americana.

Perfecto

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora