Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg

💋Uma dose de Termos técnicos💋

O encontro com jungkook foi simples mas mágico, eu estaria caidinho se não fosse tudo armação, se eu não tivesse que destruí-lo ao final desse ano.

Eu senti que minha vida mudaria, acreditei que esse sentimento se referia ao fato de eu ficar mais forte, criar coragem para tentar uma bolsa de estudos, ou até mesmo tentar usar meu conhecimento para arrumar um emprego melhor, mas acredito que a mudança não vem só de um sentimento, as coisas não vão mudar de um dia pro outro, eu precisava correr atrás, uma voz em minha cabeça sempre me dizia isso.

"Faça parte da mudança, busque por ela"

Eu não conseguia entender muito, na verdade, mesmo que estivesse vivendo minha vida de forma independente durante um considerável tempo, eu ainda não me sentia livre. Sei que o significado da liberdade é poder fazer o que quiser, se sentir leve e poder ser independente em todos  os passos da sua vida — pelo menos é o que eu acho —  posso ficar com as pessoas que quiser, beber horrores sem me preocupar com manchetes e não tenho hora pra voltar pra casa, todavia eu ainda não consigo entender porque não sinto isso, por que não me sinto bom o suficiente para fazer parte da mudança da minha vida. É algo que preciso descobrir.

A mudança veio, e eu não sei se o resultado é bom, nesse momento eu não sou mais o coitado, não posso jogar toda a culpa dessa decisão em meu passado. Meus pais foderam comigo, o mundo ferrou com minhas esperanças e o amor, bom, ele se tornou uma fraqueza, se para ter o que eu mereço eu preciso ser o filho da puta pra alguém, acho que posso fazer isso, afinal, é mais fácil pedir perdão do que permissão.

[...]

Como resultado dessa escolha desesperadora e questionável, eu não estava saindo perdendo, meu primeiro dia de aula, depois de anos eu estava voltando para um lugar que sempre foi meu por direito, um lugar que eu nunca deveria ter saído. Me cobraram tanto a perfeição desde que me conheço por gente que agora sei que não posso falhar, preciso ser o melhor, para que tenham medo de me perder se algo acontecer .

Meu carro combinava muito comigo, eu me sentia poderoso dirigindo um desses, pode não ser o melhor que já entrei mas no momento era o suficiente. Não tinha como não estar animado e receoso, assim que estacionei na vaga do campus e desci do carro com as minhas coisas eu ergui minha cabeça e ajeitei minha postura como fazia desde pequeno antes de entrar em uma sala de reunião.

"Não ande curvado, pensarão que está com medo. Ajeite sua postura, erga a cabeça e trinque os dentes. Isso deixará você intimidante e as pessoas passaram a confiar mais em suas respostas."

"Tu...tudo bem"

"NÃO, merda. Nunca, tá me ouvindo? Sem gaguejar, isso faz parecer que está inseguro e demonstrar insegurança é mostrar que é fraco e que não merece atenção. "

Uma lembrança foi até mim me fazendo parar bem na porta do meu prédio, me paralisou, mas não por muito tempo, mesmo que fosse  duro, era certo, já dei poder demais para as pessoas ferrarem comigo, esse ano posso ser quem eu realmente deveria ser.

Respirei fundo e andei em passos confiantes para a minha sala, meu cronograma me dizia que eu teria aula de economia criativa, como já havia visitado o lugar antes já sabia um pouco onde ficava.

Por já ter feito dois semestres eu já não teria mais administração de marketing e nem administração de produção mas teria a boa e velha economia criativa e produção na publicidade e propaganda, nada divertido.

Era divertido me sentar nessas arquibancadas de faculdade americana, muito divertido poder olhar o professor de cima, estava tão animado que quase não liguei para o tédio que a matéria estava me causando, economia criativa não era difícil, na verdade tem até um bom livro para se ler desse tipo, talvez seja o meu próximo.

Ao final de cinco horas de aula eu não fiquei para fazer amizades e fui direto para a Andrômeda, quando entrei naquela faculdade e vi meu nome nas listas de chamadas eu entendi o porque eu não posso desistir disso, não poderia me sentir culpado por estar futuramente machucando Jungkook já que isso tem me colocado no meu lugar. Alguém precisa se sacrificar e eu já cansei da hipótese desse alguém ser eu.

- então Jimin, o que temos para essa semana? - Oliver perguntou, estava com uma roupa despojada e com uma cerveja na mão, era plena segunda feira.

- Tudo está ocorrendo muito bem, ele não teve coragem de sair comigo sem estar disfarçado mas tivemos conversas bem divertidas e esclarecedo...

- não o chamei aqui para que me contasse do seu pequeno encontro, lhe chamei pra saber se fez algum avanço significativo e pra ver se você não caiu na ladainha desse garoto, acredite, Jungkook consegue esconder muito bem o jogo, tem um lado tão sonso que é bom ficar de olho. - apontou para mim na intenção de intensificar sua fala e então caminhou para atrás da mesa de seu escritório.

- em ternos técnicos então. - concordo respirando fundo. - Senhor Jeon se mostrou bem aberto a ter novos encontros, ainda se mantém distante quando o assunto é o X da questão, mesmo que eu veja um considerável progresso desde a reunião dos ricaços ainda tenho muito trabalho para fazer, por enquanto fique apenas com a certeza que estamos fazendo isso no tempo certo para que até o final desde ano você tenha sua vingança. Talvez até antes. - contei me levantando, parecia ter acabado de passar os dados da missão para o meu supervisor e pelo rosto de Oliver, ele estava bem satisfeito.

Queria muito poder tocar no assunto do motivo pelo qual ele quer tanto essa vingança já que Jeon Jungkook pareceu bem inofensivo, entretanto, Oliver passou um olhar de que não falaria mais nada e eu sabia que ele não queria perguntas, até cego veria que qualquer que seja o assunto, o afeta muito, atinge principalmente sua confiança, mas dá mesma forma que eu estou em uma missão para destruir alguém eu também estou  na missão para saber mais detalhes dessa história.

Ou eu não me chamo mais Park Jimin.