💋Uma Dose de Até Logo💋

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Nós conversamos durante as seguintes duas horas, nesse meio tempo eu consegui tirar algumas poucas informações de sua vida. Ele adorava seu trabalho e o fato de estar presente em cada lançamento, sabia decor todas as coleções que já lançou, tinha uma grande paixão por desenho, alguns de seus desenhos que antes eram hobbies para aliviar o estresse do trabalho se tornou um dos seus grandes sucessos, como por exemplo o blazer que eu estava vestindo.

Ele era misterioso, na verdade não sei se essa é a palavra certa, acredito que a palavra certa seja cauteloso, ele não iria entregar o ouro de mão beijada para mim, isso seria tão fácil que não me causaria nem um pouco de adrenalina.

- Bom, tenho que ir. - Olho o meu relógio vendo que se tratava de quase duas da manhã. - Está tarde e eu estou sem carona. - Desço do banco. - Foi um prazer conhecê-lo Jungkookie. - Obviamente eu já estava muito mais bêbado do que planejei, bebi tanto que nem senti. - Queria me despedir de sua mãe, porém não a encontro, pode mandar um abraço para ela? Não vou falar com os rapazes ali, sinto que eles me odeiam. - Reclamo e vou seguindo para a porta de saída sem esperar que ele me respondesse.

Seguro meu celular na intenção de tentar achar um carro de aplicativo naquela hora, entretanto eu estava penando para achar um motorista.

- Você não está de carro? - indagou e eu soltei uma grande gargalhada como se ele tivesse contado uma grande piada. Ele realmente veio atrás de mim?

- Não dirijo. Além disso, se estivesse um carro eu não beberia do jeito que bebi, não acha? - olhei para ele com a mesma cara de óbvio que ele me deu assim que a gente se conheceu.

- Certo, um motorista? - indagou com as sobrancelhas arqueadas como se estivesse falando " você é um filhinho de papai e anda de carro de aplicativo?"

- Não gosto de ter pessoas me seguindo, ou qualquer merda que pareça isso. Estou aqui para viver uma vida quase normal. - Pisco para ele.

- Certo, levarei você então. - Mexeu em seus bolsos e retirou uma chave de lá.

- Você bebeu também. - Afirmo checando o meu celular e nada de um Uber aceitar.

- Não tanto quanto você, me sinto perfeitamente bem, afinal eu cheguei tem cerca de duas horas. Além disso, é você que bebe que nem água. - Segurou minha mão e me levou para fora da casa seguindo para o lugar onde o carro estava estacionado.

- E sua mãe? - perguntei preocupado com o fato dela ter que ficar sozinha.

- Já foi há muito tempo, se despediu de mim quando você estava no banheiro, o motorista dela veio buscá-la. - Apertou o botão para destravar o carro e um som muito familiar ecoou pelo pequeno estacionamento, havia alguns carros muito parecidos, mas quando eu cheguei no que de fato era o seu, meu coração acelerou e eu senti uma grande palpitação de saudades.

- Riqueza... - corri até o carro tocando sua lateral.

- O quê? - ele perguntou sem entender minha reação.

- Riqueza era o nome do meu carro, era como esse, porém deixei na Coreia. - Toco com as pontas de meus dedos na intenção de relembrar a sensação.

- Você disse que não sabia dirigir e que não tinha motoristas. - Me lembrou e eu dei de ombros entrando no carro e colocando o cinto, sendo acompanhado por ele.

- Nunca disse que não SABIA dirigir, só não tinha muito tempo pra isso, além disso, tive um motorista, no caso uma motorista, era minha assistente e me levava para todos os lugares. Deixei o carro e ela no oriente e vim tentar algo diferente aqui. - Respondi com os olhos fechados. - Se não for problema pode me deixar em frente a universidade de Seattle? - peço olhando em seus olhos na esperança de que ele diga sim.

- O que vai fazer na universidade a essa hora? Mora lá? - indagou com as sobrancelhas arqueadas em dúvida.

- Uma amiga minha mora ali perto e a essa hora ela está saindo do trabalho, prometi que ficaria na casa dela para estudarmos mais cedo amanhã. - Inventei algumas desculpas comemorando internamente quando ele concordou e deu partida no carro, eu poderia estar bem bêbado, mas ainda estava muito acordado para minha missão e minhas mentiras.

O caminho se deu tranquilo e silencioso, Jeon não puxou assunto e nem mesmo correu com o carro, estava sendo cauteloso como sempre. Pedi que ele me deixasse em frente a universidade, mas ele insistiu em me deixar no local de trabalho de minha amiga.

Eu sabia que o café ainda estaria aceso mesmo que fechado, meu ex patrão tinha a cara de pau de nos manter bem depois do horário para que preparássemos tudo para o dia seguinte.

- Está entregue, garanta de chegar em casa em segurança. - Estacionou o carro em frente e eu retirei o cinto abrindo a porta. - Foi um grande prazer lhe conhecer Park Jimin. - falou dando um sorriso logo em seguida, quando sai ele não enrolou para ir embora, me acordando da minha moleza de bebida com aquele singelo ato educado.

- Vamos Jimin, temos muito o que andar até em casa. - Reclamo e vou me arrastando para o meu apartamento, mesmo no início da madrugada a rua ainda parecia segura, e morando a quase três anos ali eu já sabia o que era perigoso ou não, e que rotas eu deveria pegar para chegar rápido e em segurança.

Minhas considerações finais sobre Jeon Jungkook é que o homem parece ser surreal de incrível, pelo menos no trabalho eu tenho que parabenizar, perfeito, posso dizer isso em todas as línguas que sou fluente. Sua beleza era magnífica, fazia um tempo que eu não sentia um tesão por um asiático, e posso dizer que essa foi a melhor noite de trabalho, se Oliver não quisesse seguir com isso eu teria que arrumar um jeito de vê-lo de novo, nem que seja para lhe contar a verdade e apenas começar novamente.

Não estou arrependido, ou apaixonado, entretanto queria um pouco mais de tempo com ele, um tempo que seja bem aproveitado, de preferência sem roupa.

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora