💋Uma dose em Pedidos💋

831 153 17
                                    

Faziam três horas que eu estava com a cara nos livros e não do jeito que eu gosto, com os livros que eu gosto e sim com os que me obrigaram a ler, eu poderia adquirir o gosto para ler esses  mas no momento em que passa a ser obrigatório, já não me serve mais.

Minha cabeça doía com tudo que eu estava escrevendo, meus cabelos desgrenhados de tanto que eu estava puxando, quando prometi que seria o melhor nos estudos como sempre fui, eu não estava brincando, nem que minha vida social fosse extinta por isso.

Batidas foram ouvidas na porta e eu já estava pronto para xingar o porteiro, afinal as duas pessoas que vem aqui com frequência e tem entrada liberada é Jungkook e Sara, contudo, Jeon naquele horário estava trabalhando e ele não havia mandado nenhuma mensagem avisando que estaria vindo, logo, deduzi ser a vaca da minha melhor amiga.

- Sara será que você não pode ficar um momento sem me perturbar. - grito abrindo a porta com a minha cara mais brava e logo tomando um susto com Jungkook ali na minha frente, ele carregava uma caixa rosa em mãos e pelo formato eu tinha certeza que era coisa de comer.

- Atrapalho? - era possível ver o sorriso que ele estava tentando segurar, a minha raiva havia passado tão rápido que eu nem senti, apenas puxei ele pra dentro, correndo o risco da embalagem cair, mas eu não estava ligando, eu havia tido um dia difícil e ele era o melhor remédio para curar isso.

- Você? Nunca, Sara ? Sempre. - o beijo, não um selinho como aqueles de casais que estão juntos a muito tempo dão, e sim um beijão de respeito para que ele consiga aniquilar todo sentimento ruim dentro de mim.

- Ansioso para conhece-la. - falou assim que separamos os lábios. - você havia falado que iria estudar porque as matérias da faculdade parecem difíceis e isso foi a cinco horas, como não tive notícias suas eu pensei que os livros tivessem te engolido. - brincou segurando minha cintura com uma mão.

- Cinco horas? Nossa eu realmente achei que seria umas três no máximo. - Respiro fundo, um suspiro cansado. - eu não gosto da ideia de não ser o melhor, eu fiquei muito tempo afastado e agora colocar tudo nas linhas certas parece mil vezes mais difícil. - me afasto sentando no sofá. - aliás, o que está fazendo aqui a essa hora? Nem mesmo escureceu. - olho para a janela confirmando que ainda estávamos no fim da tarde.

- consegui fechar um projeto bom para as minhas filiais então como deduzi que você estava quebrando a cabeça com isso, eu resolvi vir aqui e lhe ajudar com o melhor que eu podia. Trouxe donuts, lembro que gostou muito quando visitamos aquela cafeteira da última vez. - se jogou ao meu lado e abriu a caixa.

- Eu ainda vou descobrir de onde você veio, porque do planeta terra é impossível. - olho para ele com carinho, ninguém nunca havia cuidado tanto de mim como ele estava fazendo.

- Pelo visto a situação está ruim mesmo, queimou até a cabeça. - brincou passando as mãos em minha cabeça para abaixar meus cabelos. - vamos dar uma pausa, comer um pouco e descansar e depois eu posso te ajudar. Eu também já fui um universitário, mesmo que isso já tenha sido a tantos anos. - deixou um selar em minha cabeça e me aconchegou em seus braços. - o que está estudando? - indagou.

- Fotografia publicitária e empreendedorismo. - Resmungo sentindo a dose de açúcar entrar em meu corpo junto com o seu perfume e me acalmar.

- Hum, assuntos bem diferentes, posso ajudá-lo mas agora vamos tirar sua cabeça disso, tenho um convite para lhe fazer. - segurou minha mão livre.

- Não, eu já disse que não vou naquele restaurante mexicano, eu odeio comida mexicana. - reclamei e senti seu peito subir e descer pela risada.

- isso eu sei, na verdade é outra coisa, o baile de lançamento da minha coleção de primavera será em alguns dias, quero que você vá comigo. Eu sei que não vai ser oficial para todos nosso relacionamento mas terei a chance de lhe apresentar como meu namorado para pessoas de confiança. - afastei a caixa de rosquinhas de mim e me virei para ele.

- O que ? Não é arriscado? Que pessoas são essas? - eu parecia aquelas crianças que estão com cinco ou seis anos e vivem perguntando sobre tudo.

- Por exemplo, meus amigos, meu irmão e minha mãe. - a última palavra congelou toda a minha espinha.

- Não, não vou, não posso, não mesmo, você tá doido? Temos um relacionamento de verdade a tão pouco tempo, sua mãe vai achar que eu estou me aproveitando de você, ou que estamos sendo rápido demais,  não mesmo, sem chance. - eu não estava com raiva, na verdade, eu estava apavorado, a mulher que fora extremamente delicada e gentil comigo não sabe que estou em um relacionamento com o filho dela, imagino que mesmo com toda doçura dela isso não será algo aceitável.

- Ei meu anjo, relaxa, minha mãe adorou você e eu contei que estávamos nos vendo como ela pediu. Eu sei que ela vai querer o melhor pra mim e até onde eu sei, esse melhor é você. - beijou carinhosamente minha testa tentando me tranquilizar. Eu de fato não sei se sou o melhor para ele. - além disso é um grande passo para nós dois e todo o nosso processo de ficarmos juntos publicamente, imagina isso como um grande chefão que temos que enfrentar, se tudo ocorrer bem, irá diminuir todo o meu medo. - segurou minhas duas mãos olhando dentro dos meus olhos com seus olhinhos escuros e doces, era difícil dizer não para alguém como ele,  lindo, gentil e muito, muito romântico.

- O que você não me pede sorrindo que eu não faço chorando? - colo nossas testas e sou puxado para um abraço. - deixando claro que estarei fazendo isso por você, eu nunca tive um namorado a ponto de conhecer a mãe, isso me deixa apavorado. - afasto do abraço e olho para ele. - não pode me deixar sozinho por muito tempo, estarei em uma festa que não conheço ninguém não seria de bom tom me deixar solitário. - Toco na ponta de seu nariz vendo sua felicidade e com medo do que pode acontecer.

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora