Com o sorriso perverso nos lábios, eu tranco a porta e puxo Jungkook para ficar encostado nela.
- Quero que fique aí, eu preciso ver algumas coisinhas. - Parei na mesa buscando por alguma coisa que me interessa, eu não sabia exatamente o que estava procurando, mas saberia quando achasse.
- O que está fazendo Jimin? Seremos pegos. Eu não posso ser preso por espionagem empresarial. - Ele falava baixo, até porque se falasse um pouco mais alto eu apagaria ele com um grampeador.
- Não seremos pegos, se não falar muito vão pensar que não tem ninguém. - Procurei nas gavetas e não tinha nada além de documentos, coisas desnecessárias. Foi quando eu lembrei que meu pai nunca guardava coisas de valor em gavetas, muito menos em lugares visíveis e então eu lembrei do cofre, estava encostado nele todo o esse tempo e sequer me liguei do tempo que estava perdendo. Mesmo não sabendo o que eu estava procurando, minha intuição não falhava, eu sabia que havia algo para se achar.
Puxei o livro como em filmes de ação e a pequena abertura se abriu, o pior era a senha, existiam muitas possibilidades.
- O que Ryan faria? Como ele pensaria? Se fosse eu não colocaria datas ou nada que possa me ligar a algo significativo, mas algo que passe despercebido, mesmo que seja fácil de lembrar, uma lembrança sem muito significado ou importância, algo que ninguém iria lembrar. - Andei de uma lado para o outro até me lembrar.
Meu pai antes de se mudar para a Coreia ele tinha grandes lembranças de sua vida antiga, de sua rua familiar, seus amigos e sua mãe, lembro que uma vez ele contou sobre como minha vó o fez gravar o telefone fixo da casa e como ele tinha que dizer toda vez antes de sair para que ela ficasse um pouco tranquila.
- Que número era mesmo? - tento puxar em minha cabeça e digitando alguns de forma muito insegura, poderia soar um alarme se eu errasse, sei lá o que Park Ryan tinha planejado. Quando digitei o último número, eu respirei fundo e apertei o botão verde torcendo para que a luz também ficasse verde.
Quando eu ainda era membro dessa família eu sabia cada cofre que tinha em casa e cada senha também, era coisas como números de casas que tivemos, placas de carro, número de uma foto específica no álbum de fotos, por isso eu sabia que todas as senhas foram trocadas, porque depois dos quinze mil que roubei dele a casa já não era tão confiável.
Assim que o cofre fez um bip e destravou eu consegui soltar o ar que nem mesmo estava segurando, havia dinheiro ali, muito dinheiro, tinha cheques, cheques que não foram descontados e que estava em nome de alguns dos amigos políticos do meu pai. Uma chave virou em minha cabeça e eu peguei o meu celular ligando a câmera, poderia sentir o corpo de Jungkook tremendo pela sala.
Tirei foto dos cheques e reparei que bem no canto entre a parede e o dinheiro estava um envelope, parecia camuflado ali. Retirei as folhas de dentro e analisei com certo cuidado. Meus olhos se arregalaram para Jungkook, eu sabia que não poderia ficar ali por muito tempo e analisar com calma, mas se eu vi direito aquela empresa estava escondendo bastante coisa. Fotografei tudo e guardei no mesmo lugar com cuidado, e tive certeza de que tudo estava em ordem, então saímos do escritório.
Por sorte, assim que saímos o corredor não tinha ninguém, mas antes que eu pudesse comemorar eu ouço passos, puxei Jungkook para um pouco mais longe da sala e o beijei. Sim, muito clichê e é agora que a pessoa ignora essa pouca-vergonha e os dois protagonistas percebem que se amam, mas eu ouvi uma tosse forçada e me separei, desferindo um tapa na cara de Jungkook.
- Nunca mais faça isso de novo. Nem se eu estiver louco voltarei a ficar com você. - Caminhei para a direção de Seojoon e minha irmã, ela parecia surpresa de me ver ali.
- Papai sabe que está aqui? Ainda mais fazendo essas coisas? - o nariz empinado e os cabelos lisos e escuros me deixavam com mais raiva da sua cara de antipática.
- Não, mas vai saber em breve, vim aqui exatamente para encontrá-lo, mas eu posso fazer a surpresa? ou você vai fazer por mim? - Cruzo os braços. - Sempre adorou ficar nas sombras. - Alfinetei.
- E olha o que me trouxeram né, casas, carros, dinheiro, fama, muita fama e tudo que você tinha. Acho que se parar para pensar, eu estou no lucro e você, não podia estar pior. - Me olhou de cima a baixo e eu sorri de lado.
- Tem razão, eu não tenho isso não, acho que talvez eu nem queira ter, não quero fazer pacto com o demônio do Ryan para ter isso, mas acredite querida, se eu não tivesse tanta raiva eu poderia voltar, ou você acha que eu não sei como convencer meu pai? É só dar para ele o que quer é está tudo certo. Eu tenho que encontrá-lo agora. Talvez eu peça perdão e recupere o meu lugar, assim você vai ser a filha desconhecida novamente. - Pisco para ela e pego na mão de Seojoon o puxando para voltar ao salão.
- O que aconteceu ali? - ele estava confuso, talvez muito confuso.
- Ele é meu ex, estou na boca de todo o país por causa daquele merdinha, mas ele insiste em dizer o quanto me ama e tudo mais. Acho que agora eu quero alguém melhor, alguém de alto nível. - Sorrio sugestivo para ele e entro no salão.
Então foi mais uma luta para achar o meu pai, dessa vez ele estava com a minha mãe.
- Meu pai está ali, pode distraí-los até eu pegar os fogos? - perguntou a Seojoon.
- Fogos? - ele parecia mais perdido do que pinto no lixo. - O que você vai fazer com fogos? - perguntou e eu ri.
- Isso é um código, estou dizendo que vai iluminar como fogos. - Pisco para ele e vou para o lado de fora onde estava a imprensa, esperando por alguma declaração ou algum furo, eu tinha tudo para eles, causaria um tremendo estrago.
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Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg
FanfictionNo dicionário o significado de recomeçar é começar novamente depois de uma interrupção, foi isso que aconteceu com Jimin quando teve que tomar a maior decisão de sua vida, ficar e se sentir preso em um palácio confortável pelo resto da vida ou ir e...