Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg

💋Uma Dose de Truques💋

Em um pequeno momento eu fui levado a uma vida antiga, mas não tão antiga para curar todas as feridas que foram indiretamente abertas e que na hora eu não percebi.

Um grupo pequeno de pessoas estavam me olhando como se eu fosse um penetra e tecnicamente eles estavam certos, eu voltava a me perguntar o que estava acontecendo do outro lado do mundo ou se sentiam minha falta, entretanto esses pensamentos são descartados rapidamente porque se estivessem dispostos a me encontrar, um pouco de dinheiro seria o suficiente, eu sequer me escondi.

- Reaja, está com cara de assustado. - A voz de Oliver soou em meu ouvido, um sussurro bem delicado que me fez acordar do transe e tentar reagir, se a coisa desse errado eu tinha pelo menos ele ali.

Ele não parou para falar, apenas falou e saiu, me deixando no mesmo lugar, mas dessa vez me devolvendo a confiança que eu tinha, eu havia deixado-a cair assim que entrei e ele pegou e me trouxe de volta. Respirei fundo como atores incorporando o personagem e voltei a dar passos confiantes até o bar.

- Uma dose de Bulleit Bourbon, uma rodela de limão e duas pedras de gelo. - Instrui o barman que não demorou para achar a garrafa. Era o terceiro melhor Whisky em questão de sabor, pessoas que gostavam dele era considerados homens e mulheres fortes e eu precisava passar essa imagem através dos mínimos detalhes.

Com a minha bebida em mãos eu dei apenas um gole para saborear o bom líquido que não tomava faz tempo, caminhei até as pessoas que estavam ainda achando que eu era um penetra.

"Convença sempre o mais difícil primeiro, eles serão seu exército fiel quando o plano tiver concluído."

- Boa noite senhores, senhoras. - Me curvei em respeito como se faz na Coreia. - Deixe-me apresentar, Sou Park Jimin, talvez ouçam falar pouco de mim, e peço desculpas por isso. - Com um sorriso galanteador eu me dirigi a todos da forma mais formal que eu me recordava.

- Não ouvimos falar de você mesmo, tem alguma referência? Porque aqui é uma festa privada. - A única mulher loira no meio dos outros homens abriu a boca e eu senti em minha pele o seu veneno.

- Me retirei da indústria a alguns anos, precisava de férias e de focar nos meus estudos para voltar para casa e tomar posse do cargo na empresa de papai. - Dessa vez mudei meu tom para algo mais doce, queria que eles sentissem a essência da riqueza passada hereditariamente.

- E quem é seu pai jovem? Ele está aqui? - perguntou um homem calvo de cerca de 56 anos, seus olhos eram de um azul lindo e ele tinha um sorriso que pai de menina costuma dar muito.

- Oh, ele não está, comanda sua empresa da Coreia, vim aqui para analisar os negócios na América. Ele teve sua principal sede em solo americano, entretanto a família o fez mudar. - Sorri. - Desculpe cortar a conversa, mas vocês provaram o Bulleit Bourbon? Dizem que homens fortes e determinados o adoram. Particularmente eu tomo desde meus dezessete anos, mas não conte a ninguém, ou estarei encrencado. - Sorrio brincalhão e olho para a mulher loira que ainda me encarava desconfiada. Mulheres são muito mais difíceis de enganar, elas sentem o cheiro da mentira de longe.

- Se me dão licença. - A loira estava prestes a se retirar, então eu entrei em sua frente a deixando levemente assustada.

- Mil desculpas, mas não posso deixar uma dama sair assim sem que ao menos eu saiba o seu nome. - Estiquei minha mão para que ela depositasse a sua.

- Me chamo Elizabeth. Elizabeth Warren. - respondeu e eu deixei um selar delicado em sua mão.

- Meu pai é dono de uma marca de roupas, eu sou ótimo em moda, queria muito saber onde você comprou esse vestido. É um dos mais elegantes que já vi. - Elogiei soltando sua mão, e então ela abriu um sorriso. - Combinou perfeitamente com o seu tom de pele. Não quer me acompanhar ao bar para buscarmos bebidas novas e a senhorita me contar quem a vestiu? - indaguei usando meu melhor sorriso e ela pareceu um pouco menos desconfiada, aceitando me acompanhar.

Em menos de trinta minutos eu havia convencido a pessoa mais desconfiada do evento, ela parecia muito mais aberta comigo, logo, reparei que a loira tinha uma grande influência sob todos ali, após verem ela conversando animadamente comigo eu podia ouvir algumas pessoas falando de mim.

Pessoas no mundo dos negócios são os piores fofoqueiros, façam eles gostarem de você e logo terá ótimas fofocas em seu nome, agora faça ao contrário e logo uma reputação muito bem construída vai por água abaixo.

- Seus pais devem estar muito orgulhosos de você. É um menino tão educado e cavalheiro. Não é todo dia que se ver filhos quererem seguir os passos do pai. - Elogiou e eu me senti um pouco incomodado. Se meu pai soubesse o que eu estava fazendo em seu nome tenho certeza de que ele teria coragem de me deserdar publicamente.

- Eu não sei não. Sabe, gosto muito de papai, mas acho que ele não gosta muito de mim. Eu não sou um homem comum, acho que ele tem medo. - Assumo o papel de vítima dessa vez, deixando meu tom de voz um pouco mais melancólico e evitando olhar nos olhos da mulher.

- Gosta de meninos, não é? - perguntou diretamente e eu concordei. - Apenas homens fracos rejeitam seus filhos por algo tão pequeno, eu ficaria mais preocupada com meu filho se ele fosse incapaz de amar alguém do que se ele fosse capaz de amar apenas alguém do mesmo sexo. - Alisou meu rosto de um jeito muito materno, eu quase saio do personagem à medida que senti meu coração esquentar.

- A senhora tem filhos? - pergunto tentando não ser muito invasivo, tudo no tom e medida certa.

- Eu tenho, dois meninos. - Ela riu. - Na verdade o meu mais velho está a caminho, ele é um ótimo garoto e elevou o nome da família, meu pequeno orgulho. - Seus olhos brilhavam de tamanho amor. - Irei lhe apresentar a ele assim que chegar, já que está tentando dar orgulho ao seu pai, talvez ter uma amizade com ele possa lhe trazer muitos conhecimentos sobre o ramo empresarial. - Ela parecia feliz com a ideia, eu só conseguia imaginar alguém como Tom. Um filhinho de papai mimado.