A festa havia acabado, pelo menos para nós, eu estava cansado e com fome, petisco de rico não me agrada de jeito nenhum, então eu e Jungkook mesmo que com roupas muito formais, fomos parar em uma lanchonete, daquelas que tem muito bacon, hambúrguer industrializado e um queijo de três meses atrás, era disso que eu precisava.
- Boa noite senhor, o que vai querer? - a garçonete nos abordou assim que nos sentamos.
- Um cheeseburguer, muito queijo, três carnes e o máximo de bacon que conseguir, o molho separado e uma batata frita média para acompanhar. Finaliza para mim com uma água com gás e uma fatia pequena da torta de maçã. - A mulher parecia não se assustar com o meu pedido, eu poderia comer dois desses de tanta fome que eu estava.
- Eu vou querer uma pilha de waffles com calda de chocolate e uma batata frita grande. Vou ficar com uma xícara de café. - Jungkook fez seu pedido e assim que a moça gentil se retirou, ele sorriu. - Você não brincou quando disse que estava com fome. - Segurou minha mão.
Estávamos em um lugar sem movimento, lanchonete de beira de estrada, ninguém nos seguiria até aqui e se seguisse apenas adiantaria a confissão de Jungkook.
- Essas comidas só têm nome, para falar a verdade eu não sou tão fã de frutos-do-mar também, na comida coreana fica uma delícia, mas no resto... tudo parece muito fresco e cheio de não me toque, para mim. Se tivesse batatas e salgadinhos de queijo eu iria adorar. - A mulher trouxe o café de Jungkook e minha água com gás.
- Então, vai me contar o que rolou hoje? Além do fato de eu não te ver bebendo muito, você pegou uma taça de champanhe e demorou meia hora para beber tudo. - Faço uma careta para mostrar que eu não gostava muito do seu lado observador, ele observava demais.
- Tom é meu ex-namorado. Eu nem sei se posso classificar assim. - reviro os olhos e passo a brincar com o guardanapo da mesa, sem um resquício de humor.
- Mas Tomás é hétero? Quer dizer, ele está noivo né? Quando foi isso? - ele parecia ser tão fofoqueiro que eu.
- Foi antes de eu conhecer você, na verdade quando eu te conheci eu ainda estava tentando lidar com tudo. Ficamos juntos por um mês e pouco, e terminamos exatamente pelo mesmo motivo que o seu. Tom queria que eu ficasse escondido, ele não tinha coragem para contar a sua família que ele sempre foi muito gay. - A nossa comida chega e eu paro um pouco para atacar minhas batatas fritas. - Foi um namoro relâmpago e a gente terminou numa boa até a maluca lá aparecer. - Passo a olhar apenas para a minha comida, eu podia dar todas as respostas a ele, mas minha barriga roncando vinha em primeiro lugar.
- Nossa, então é por isso que ela fez todo aquele show lá, e porque você a intimidou de uma forma tão brutal e sexy ao mesmo tempo. - Para um cara de trinta anos que tinha uma empresa multimilionária para controlar, ele estava se interessando muito por uma fofoca baratinha.
- Quando a vi pela primeira vez eu já tinha terminado tudo com Tom, eu trabalhava em uma cafeteria com uma amiga, mas naquele dia estava só eu. Ela deu um chilique, espalhou para todos que eu tinha passado uma doença para o namorado dela e falou que se eu não fosse demitido o pai dela ia fazer o caralho a quatro com o lugar. — Dou uma grande mordida no hambúrguer após molhar onde eu ia morder no molho.
- Mas você não é rico? Quer dizer? Porra seu apartamento é caro para o lugar em questão. - Muitas perguntas senhor Jeon.
- Isso não muda nada, eu gosto de ter meu próprio dinheiro, apesar de que foi antes de eu voltar para a faculdade. Eu só queria me sentir dono de mim. De qualquer forma eu fui demitido e a noiva, ficou obcecada porque está com medo de perder o namoradinho gay dela, mas Tom não me interessa, desde o momento em que constatei o quão covarde ele é. - dei de ombros quando terminei a história e senti um aperto em minha mão, por sorte a mão que não estava suja de molho.
- É o que eu falo, a família de Tom é um dos meus aliados, comprova minha teoria de que o dinheiro acaba vindo com máscaras juntas. Eu mesmo coloquei a minha por muitos anos. - Ele parecia divagar sobre o assunto. - E quando nascemos nessa família temos que nos obrigar a pôr a máscara ou não pertencemos mais ao lugar. — Sua fala me tocou, me fez ir para a noite em que me assumi, o quanto aquele dia me mostrou que todo o clima de família feliz e perfeita, era uma mentira, para mim e para todos eles.
— É... - Caminhando pelos meus pensamentos eu decido deixar para lá e mudar de assunto. Balanço a cabeça a espantando as lembranças ruins e coloco um sorriso no rosto. - O seu irmão pareceu gostar de mim, ele é uma figura. - Comento arrancando um sorriso de Jungkook.
— Sim, ele é completamente diferente de mim, na verdade me lembra até um pouco você. - Ele estava se deliciando com seus waffles e eu babando por aquilo.
— Não meu bem, eu sou único, não há ninguém como Park Jimin. - Pisco para ele brincando.
- Você está certo, mas o que eu quero dizer é que ele é tão comunicativo quanto você e muito livre, o que me lembra muito você também. Acho que essas características se encaixam bastante nos dois. - explicou cortando um pedaço do seu waffle e levando até a minha boca. - Vamos bem, diga ah, eu sei que você está desejando por isso. - E eu não neguei, porque estava mesmo, o meu estava uma delícia e eu estava quase acabando, mas eu gostava muito de chocolate para negar.
Um fim de festa com Jeon Jungkook sempre foi muito incrível, sua presença em silêncio, mas ao mesmo tempo forte, beijos quentes com gosto de champanhe dentro do Sky City a 150 metros de altura e agora um hambúrguer calórico e bem duvidoso a meia-noite. Ele era um homem surreal.
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Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg
Fiksi PenggemarNo dicionário o significado de recomeçar é começar novamente depois de uma interrupção, foi isso que aconteceu com Jimin quando teve que tomar a maior decisão de sua vida, ficar e se sentir preso em um palácio confortável pelo resto da vida ou ir e...