💋Uma dose de Fim de noite💋

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Depois de alguns minutos conhecendo os lábios um do outro nós nos sentamos e encostando na parede onde não só tínhamos paz e toda a vista em nossa frente. De perto e de longe foi um dos momentos mais românticos que eu já havia passado com um homem, na maioria das vezes sempre era coisas casuais e temporárias para matar a carência repentina, Tom foi o que mais próximo chegou de um relacionamento e veja como eu sai, por mais que tenha sido apenas um mês foi o suficiente para me causar estragos com toda a humilhação que passei, ele era um garoto bom, pelo menos consegui me convencer disso, talvez por isso tenha doído tanto.

- Você está com fome? Não o vi atacando a mesa do buffet. - perguntou, havia um leve tom de preocupação em sua voz.

- Comi um pouco, mas não sou tão fã de comidas chiques, na verdade eu fiquei desacostumado, hoje em dia minha refeição favorita é uma pizza com muito queijo e frango com catupiry. - Comento arrancando uma risada baixa mais muito gostosa do mais velho.

- Pegarei algumas coisas para comermos e champanhe, bem-vindo a 2023, precisamos brindar. - Se levantou e saiu da nossa pequena redoma antes mesmo de eu tentar impedí-lo.

Ele se mostrava muito diferente do que foi no dia que nos conhecemos, ele estava mais aberto hoje, de bom humor e mostrando seus lindos sorrisos toda hora, naquele dia ele parecia ter uma forma mais séria, receosa e misteriosa. Eu gosto das duas, uma parece que vai me segurar quando eu cair e a outra que vai me jogar na parede e me chamar de lagartixa.

Demorou cerca de dez minutos até ele voltar com um pequeno prato com petiscos na mão, uma garrafa de champanhe debaixo do braço enquanto na outra mão ele segurava as duas taças.

- Meu Deus, se tivesse me esperado eu iria ajudá-lo. - me levanto tirando a garrafa de seu braço.

- Você parecia estar inerte em seus pensamentos, não queria atrapalhar. - Sentou-se ao meu lado tocando a ponta do meu nariz. - Você faz uma cara fofa quando está pensando. - Acaricia o meu queixo e volta a atenção a garrafa.

- Uma das piores coisas que se pode dizer para mim é que eu sou fofo, não é nada sensual senhor Jeon. Acaba com todo o tesão. Filhotes de cachorros são fofos, eu já sou um cachorro adulto. - Brinco piscando para ele.

-Na verdade você está mais para um lobo, tipo aquele ditado, me jogue para os lobos e eu voltarei liderando a alcateia. - Pegou um enroladinho de salmão e colocou na boca.

- E o que te fez pensar nisso? - indaguei curioso, enquanto nos servia com o champanhe.

- Você passa isso para as pessoas, alguém confiante, poderoso, imponente. Digno de um líder. - Elogiou. - Será valioso para seu pai um dia. - O leve sorriso que estava em meus lábios se foi em velocidade da luz, era impossível não mudar quando a palavra com P, era proferida para mim.

- Acho que não, talvez isso seja muito pouco para mim. Sou alguém que precisa de mais do que apenas grades e limites. Não quero ser apenas conhecido por ser filho de quem eu sou e sim por ser um gênio. - Tento voltar ao normal tomando gole um bem grande. - Oh, esquecemos de brindar. - Mudo de assunto voltando para o sorriso.

- Não seja por isso. - Encheu novamente. - Não precisa ser o primeiro drink depois da virada, aqui, nós fazemos as regras. - Faça um pedido. - Segurou sua taça.

- Eu quero que esse ano seja repleto de coisas novas, oportunidades para me mostrar que eu posso ir além. - Ergui a minha taça. - Sua vez. - Olho para ele curioso sobre o seu pedido, afinal, o cara tem dinheiro, fama, independência e uma família incrível.

- Eu desejo que esse ano possa me dar mais das coisas básicas, coragem, confiança e liberdade. - Ergueu sua taça também e em seguida bateu com ela levemente na minha. - Um brinde. - Sorriu aberto e eu o acompanhei, bebendo do líquido rosado e cheio de bolhas saborosas.

[...]

Após bebermos toda a garrafa eu decido que era hora de ir embora, ainda estava bem para dirigir, mas não arriscaria a vida de ninguém. Jeon prometeu que me levaria em casa em segurança e que deixaria o meu carro na porta do meu prédio no dia seguinte.

Por volta das duas da manhã é que fomos embora, ele foi primeiro buscar o carro e eu peguei as coisas para jogar fora e deixar como se ninguém estivesse estado no lugar onde diziam que não poderíamos ficar. Antes de ir embora eu dei uma última olhada na vista e então voltei para o elevador de 40 segundos.

Cheguei na porta e o cara não estava com um carro normal, estava com uma puta limusine preta que chegava a brilhar, a porta do passageiro estava aberta esperando que eu entrasse.

- Que cavalheiro. - Faço a brincadeira e entro, não era muito fã de limusines, ocupavam muito espaço atoa, mas eu não posso deixar de dizer que são bem românticas. Porque enquanto o motorista dele me levava pelas ruas que daria ao four seasons eu estava sentado em seu colo, o beijando com toda a volúpia, o desejo subindo pelas minhas espinhas e tomando todo o meu corpo.

Jeon tinha o dom de apertar minha cintura e minhas coxas do jeito certo, de segurar a parte de trás dos meus cabelos sem força mais com pegada para simplesmente me puxar para mais perto, era perfeito.

- Não quer subir? - indaguei assim que o carro parou no prédio luxuoso, ainda estava em seu colo, ambos com os lábios vermelhos e inchados.

- Não, não é o certo a se fazer. - respondeu causando grandes pontos de interrogação em minha cabeça.

- Estamos nos pegando de um jeito nada certo a se fazer desde que saímos da festa e você está falando isso para uma visitinha, uma foda? - indaguei sem acreditar.

- Você não é o tipo de homem que merece isso, não, você merece muito mais do que imagina. - Sai de seu colo e do carro, mas antes parei na porta e me encostei sobre o vidro.

Estendi a minha chave e ele pegou se aproximando de mim com aqueles olhos escuros brilhantes.

- Além disso, se eu subisse, mostraria a você que foda, não está no meu vocabulário. - Sussurrou rouco para mim.

- Tudo bem, deixe as chaves com o porteiro, apartamento 809. - Olhei para os dois lados na rua vendo se tinha alguém e quando eu constatei que não, deixei um selinho em seus lábios - até mais senhor Jeon.

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora