Seu tom de voz saiu tão alto que assustou algumas pessoas que estavam em volta, eu não dei muita importância, continuei andando como se não o conhecesse.
- Você me deve uma explicação, que merda de papéis são esses? - ele segurou meu pulso me fazendo parar.
- Uma surpresa, agora os negócios estão em família. - Uso da ironia. - Pensa pelo lado bom, você tem 50% das ações, eu tenho 38%, se juntar tudo isso o nosso filho terá 88%, não é legal? - pisco para ele e me solto buscando pelo bar.
Ele pareceu tentar raciocinar o que havia acabado de acontecer enquanto eu parei no bar e pedi uma taça de champanhe sem álcool, eu precisava muito sentir o dinheiro descendo pela minha garganta em forma de bolhas.
- É isso? Essa é a sua vingança? Está querendo tirar minha empresa de mim? Depois eu que sou baixo. - Riu soprado e eu não pude deixar de revirar os olhos.
- Não querido, não estou me vingando de você, não mesmo. Estou salvando sua pele mais uma vez. - Dou um gole em minha taça. - Me diga, eu tenho motivos para me vingar? Você já deve estar se torturando, não serei eu que vou ajudar. - Olho para as pessoas em volta. - Meu assunto aqui não é com você, é com o seu mandante. - Me aproximo dele. - viu o papai? Acho que deve saber já que são melhores amigos agora. - Coloco minhas mãos nos bolsos vendo se o encontrava, aquele salão estava cheio.
- Jimin, você sabe que aquilo é uma mentira, eu não tenho nada com o seu pai, o conheci na véspera de Natal, nem mesmo temos negócios. - Ele parecia desesperado para justificar. - Eu não poderia fazer isso com você, seria demais. - Ele se tornou menos arisco, tentou usar da delicadeza.
- Não espero mais nada, na verdade estou vacinado contra isso, mas eu sei que você não fez isso, não é tão inteligente, seu planinho de merda já estava óbvio há muito tempo, eu que não quis enxergar. Quando eu disse para você tomar cuidado com o lugar que estava entrando, você não tomou, achou que poderia se tornar um rei. - Me aproximo de seu ouvido. - Mas enquanto eu estiver em Seul, você e Ryan não passarão de apenas peões para o meu jogo de tabuleiro. - Me afasto e lanço uma piscadela.
- Você... - ele queria dizer alguma coisa, mas eu não estava muito afim, tinha coisas melhores para fazer do que dar palco para o ataque de pelancas de Jungkook.
- Oh, encontrei um conhecido, eu era bem apaixonado por ele quando era adolescente. - Lanço um sorriso pervertido para ele. - Será que ele gosta de carne nova? Acho que agora eu tenho idade e ele está uma delícia. - Andei em direção ao rosto conhecido, eu não estava mentindo, o cara estava um gato.
- Oh meu Deus, estou vendo um fantasma? - Seojoon se dirigiu a mim com um sorriso aberto e os braços também.
- Não, estou mais para um anjo. - Aceito o abraço. - Quanto tempo né, tem trabalhado muito? - início a conversa.
- Como ninguém, você sabe como é estar nesse meio há tanto tempo. - Concordo. - E onde estava esse tempo todo? Eu vi as notícias, mas Ryan insiste em dizer que é boatos. - Me apoiei na mesa depositando a taça de champanhe.
- Você confia em Ryan Park? - arqueio as sobrancelhas.
- Em ninguém que está nessa sala para falar a verdade. - Ele disse e então rimos juntos, sim ele tinha um espírito jovem, por isso tive uma quedinha por ele.
- Estava em Seattle, sabe, tentando construir meu próprio império. Eu meio que fui deserdado do império Park. - Tomo o resto do meu champanhe.
- Devo confessar que senti sua falta, em um dia você estava comandando reuniões e no outro apenas sumiu. Acho que agora não é mais errado dizer que eu gostava do seu jeito diferente. - Suas mãos tocaram as minhas.
- Eu gostava de você. Depois que descobri que era gay, babava muito por você, agora você ficou velho, perdeu a graça. - Brinco e levo um pequeno empurrão.
- Eu sabia disso, acho que entendi sobre a minha bissexualidade depois que você se foi, eu te achava bonitinho, mas agora, parece tão... maduro e sensual, gosto mais de você assim. - seu olhar estava insinuando muita coisa.
- Está namorando? Casado? Filhos? - interrogo.
- Um menino, meu filho, tem quatro anos. Sou divorciado há uns dois anos, então estou solteiríssimo. E você? Eu vi algo sobre o empresário da Dioses. - Revirei os olhos quando ele tocou no assunto, puxei sua gola e o beijei, ele ficou surpreso, mas cedeu e não durou muito, eu só queria realizar um sonho do Jimin de 15 anos.
- Solteiro, e grávido de 12 semanas. - Olho em volta e ignoro seu olhar confuso. - Viu meu pai por aí? Eu preparei uma boa surpresa para ele e todo o país, mas não vai ter graça se ele já estiver no cantinho chorando feito um bebê. - Volto a olhar para ele.
- Tenta no grupinho dos políticos, agora que ele vai se candidatar a puxação de saco está enorme. - Ele olhou em volta para procurar também. - Por que eu tenho a sensação de que ele não vai gostar muito dessa surpresa? - indagou.
- Porque ele definitivamente não vai. Olha estou no controle da publicidade da Dioses agora, sou um dos acionistas, você sabe que eu sou completamente apaixonado pelas suas joias, elas são perfeitas. Poderíamos fazer uma parceria. Eu não vou ficar tanto tempo aqui porque tenho que voltar para a faculdade, mas caso aceite, eu venho pessoalmente para jantar com você naquele lugar que costumávamos ir com os nossos pais. - Toco na gola de seu terno.
- A Dioses não está falindo depois desse enredo todo? - arqueou as sobrancelhas para mim.
- Não depois que assumi, amanhã mesmo eu vou pisar nos destroços de uma marca, mas não a da Dioses. - Olho para um canto e encontro meu pai lá, realmente estava no grupo dos políticos. - Achei o papai. - Pego no seu bolso interno um de seus cartões. - Eu ligo para você. - Pisco para ele e sigo até o meu pai, o melhor lugar para resolver tudo de uma vez era uma festa cheia de gente rica e influente.
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Contrato Visceral - JIKOOK - mpreg
FanfictionNo dicionário o significado de recomeçar é começar novamente depois de uma interrupção, foi isso que aconteceu com Jimin quando teve que tomar a maior decisão de sua vida, ficar e se sentir preso em um palácio confortável pelo resto da vida ou ir e...