💋Uma Dose de Ressaca💋

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Nós conversamos durante horas a finco, ele parecia disposto a entender o labirinto de mistérios que eu era e como eu havia parado em uma situação tão ruim se nasci em um perfeito berço de diamante, o álcool não me deixou esconder muito sobre mim, eu não faço a mínima ideia de quando nós paramos de conversar e eu acabei adormecendo naquele perfeito sofá que parecia me abraçar a cada minuto.

Acordei com o meu celular tocando sem parar e causando uma dor de cabeça que parecia apenas piorar à medida que eu abria os olhos, mesmo que não tivesse a presença da luz do sol ainda tinha aquelas luzes amarelas que pareciam estar perfurando meus olhos.

- Céus eu preciso de uma cerveja. - Coço meus olhos mesmo sabendo que isso apenas piorava a situação da minha visão e então levo meus braços para acima de minha cabeça e os estico com toda a força que tinha soltando um grunhido ao sentir meu corpo se esticando e logo em seguida um cansaço como se fosse meu corpo sedentário pedindo para que eu voltasse para o sofá de milhões e dormisse até não lembrar mais da minha merda de vida.

- Eu já vi de tudo, mas uma pessoa acordar de ressaca e desejar beber mais, é a primeira vez. - Oliver saiu de dentro do banheiro já com uma roupa diferente do que estava antes.

- Não tem nada melhor para ressaca do que uma lata de cerveja e uma sopa de ressaca coreana, mas como vocês aqui só tem comidas gordurosas e coisas ensacadas eu vou ficar com a cerveja mesmo. - Olho para o meu celular vendo que havia cerca de 25 ligações de Sara e 100 mensagens. - Merda esqueci de avisar a Sara, ela deve ter descoberto o que aconteceu no trabalho e achou que eu sei la, me joguei da ponte. - Me levanto e vou a caminho do banheiro.

- É melhor ao menos avisar que está vivo, Sara tende a ser um pouco dramática às vezes. - Proferiu Oliver ajeitando algumas coisas em sua mesa de escritório.

Eu sabia que tinha que entrar no assunto dos milhões que eu estava devendo a ele pelas altas doses de whisky, mas antes eu precisava deixar minha cara um pouco mais apresentável para que enfim eu pudesse encontrar uma luz no fim do túnel para a minha situação, eu não estava pedindo muito, apenas uma lanterninha mixuruca de cinco dólares para iluminar minha vida. Dei uma mijada de respeito e lavei meu rosto, não pude deixar de roubar um pouco de sua pasta de dente para ver se dava um jeito no bafo de cachaça que estava me deixando irritado e para finalizar eu passei as mãos nos meus cabelos loiros na intenção de não parecer uma calopsita que havia tomado choque.

- Olha, eu queria saber quanto eu to te devendo de antes, sabe a bebida. Se puder parcelar eu ficaria muito feliz, aqui as bebidas tiram o seu fígado antes mesmo de te deixar com cirrose. - Volto para o sofá contando quantas notas eu tinha em minha carteira, apenas o dinheiro que tinha recebido quando fui demitido.

- Não precisa, você parecia estar precisando de um grande gesto de gentileza ontem, e com certeza precisava desabafar. - Olhou para mim com um sorriso de lado muito do sexy.

- Eu acabei de falar que suas bebidas são o olho da cara, já falei que o banco do bar é desconfortável e eu tenho certeza de que antes de apagar eu também falei que o Dj tocava umas músicas muito ruins e mesmo assim você está me dando uma noite arregada a bebida de graça? - ele concordou com um sorriso bem-humorado no rosto. - Cara, tu vai falir se ficar com essa generosidade toda, ninguém é tão bonzinho assim. - exclamo desacreditado e então mando uma mensagem rápida e simples para Sara dizendo que estaria em casa em alguns minutos.

- Você tem razão, ninguém é tão generoso assim, contudo eu creio que o universo simplesmente me vendeu um diamante raro no preço de uma bijuteria então eu preciso aproveitar a chance. - Ele usava metáforas muito esquisitas e complicadas para eu entender após acordar e ainda ter a minha ressaca.

- Amigo, eu sei que bebemos muito, mas não lembro de termos usados drogas, você aproveitou para se divertir sozinho? - arqueei a sobrancelha tentando me forçar a entender as coisas que o bonitinho estava falando.

- Estou dizendo que ouvi toda a sua história de vida a noite toda antes de você apagar e então eu pesquisei sobre você para ver se era tudo isso, você é a pessoa perfeita para fazer o que eu tenho desejado há muito tempo e nunca encontrei um meio de se de conseguir isso. - Se sentou ao meu lado e eu me afastei, não sabia o que ele queria, mas prostituto eu não seria.

- Ei, eu não sou tão fácil assim não, pode até parecer, mas meu momento de fragilidade não quer dizer que eu vá para a cama com você só porque me deu bebida de graça, sai pra lá. - Falo claramente na defensiva.

- Não, você não faz meu tipo, na verdade eu sou hétero. - Se afastou também. - Estou dizendo que você é inteligente, veio de uma família rica que justifica o seu sumiço como forma de você estar estudando fora e além de tudo você é gay. - Seus olhos chegavam a brilhar à medida que ele falava e eu não fazia ideia do que ele quis com isso, relembrando o fato de eu ser apenas uma ponta solta que minha família já cortou.

Eu sei que contei para ele tudo, até meu CPF se deixar, entretanto não faço a mínima ideia do que ele quer comigo já que não gosta de homens.

- Amigo para de enrolar e fala logo, eu ainda tenho um dia inteiro de procura de emprego pela frente. - Peço já sem muita paciência, se é que um dia eu tive alguma.

- Quero que você me ajude a acabar com a reputação do meu inimigo e mostrar para o mundo que ele é gay.

Contrato Visceral - JIKOOK - mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora