°• capítulo 79 •°

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24 de dezembro, o dia em que todos comemoravam o Natal, alguns acreditavam na ideia de um Deus, que se fez homem, e nasceu neste dia, mais conhecido como Jesus. Outros, já acreditam na história de um bom velhinho, que vai na casa das crianças, entregar presentes, através de um trenó.

Mas também haviam os mais filósofos, que acreditavam na ideia de um homem, Nicolau, que em uma noite do dia 24 de dezembro, entregou presentes a crianças órfãs. Mas independente da história que você acredite, todas falam da mesma coisa, a celebração em família, seja ela com seu namorado(a), sua mãe (pai), ou até seu irmão(a), talvez um amigo(a), ou alguém que você ame e queira comemorar com ela.

2021...o ano já estava a acabar, mas com tantas reviravoltas, pessoas que não sobreviveram para contar história, mistérios mal solucionados, e um ano a frente. Tantas pessoas que não puderam chegar em 2022, tantas que se foram. Tudo por conta de um erro, dark lichen, o erro no qual ninguém sabia de quem era.

Alguns tinham a ideia de ser de pedrux, outros de jazzghost, e até os mais hipócritas, diziam ser culpa de apuh, como se eles não fossem maus também.

Como todos os que partirão, poderiam saber que o natal de 2020, foi o último deles? Nem ao menos houve uma despedida, mas quem saberia que o seu fim chegaria?

Nós não fugimos da morte, e nem escolhemos quando será, ela acontece, e mesmo que os demais se culpam por seu óbito, a culpa não era deles, e muito menos sua. A culpa, é do destino, talvez a de um deus. Talvez os judeus estivessem certos com a ideia de Cristo, ou talvez os pagãos.

Independente de quem estivesse certo, todos sabiam da verdade, a culpa de tudo isso acontecer, era a ganância, o poder, o querer mais, adquirido por todos, topcity estava pedindo piedade, lg sempre esteve certo, mas o poder lhe subiu a cabeça, e ele preferiu partir, assim como todos os falecidos.

Mas o natal, teria ele de ser uma data sem memórias? Todos tinham os seus erros, suas falhas, mas tinham o direito de aproveitar esse dia, o dia do bom velhinho, o dia de Jesus, o dia dos judeus, o dia do Nicolau, o dia onde todos se reuniam.

A ideia deste ano era a seguinte, assim como 2020, a meia noite, os fogos de artifícios seriam acesos, comemorando a data, 25 de dezembro, o dia tão esperado. 365 dias esperando este momento, o momento de celebrar. Em seguida haveria o ano novo, uma data onde todos aproveitariam na cidade, no banco, um momento onde a cidade, mesmo com suas rixas, se reuniria para um bem maior, topcity.

Mas havia um problema, os fogos também seriam lançados na vila várzea, e a brotheragem não havia conseguido falar com o prefeito da cidade, pedrux. Mas pelos registros que haviam obtido, não haveria explosão de cidades, mas talvez, alguns dos fogos, se chocassem entre si, não causando incêndios ou algo pior, mas havendo um grande barulho, que talvez fosse assustar a todos.

No ano novo, não haveria fogos na vila várzea, por sorte deles, assim poderiam trabalhar melhor nos preparos, eles queriam algo que arrasasse.

Todos já estavam preparados para o tão sonhado dia. Danrique iria passar seu natal com a brotheragem, era uma ótima forma, melhor do que passar sozinho, eokor iria levar ruiva, obviamente.

Já a irmandade, estava em destroços. Apuh passaria seu natal junto de ayu, brunim junto de forever, dlet passaria seu natal com tai, e ralls...bem, ele preferiu passar seu natal com nait, ameizim, lg e nogal. Mas pedrux, pobre garoto, não havia ninguém para passar o seu natal. Talvez dividir a taça de cálice, cheia, com a solidão, não fosse má ideia, mas alguém para comemorar seria melhor.

Tantas vezes que havia de passar seu natal com apuh, lg, brunim, ralls e dlet. Por culpa daquela cidade, aqueles habitantes horrorosos, pedrux estava só.

Por que brunim tinha de se apaixonar? E por que apuh estava agora a namorar uma garota daquelas? Por que dlet tinha de se tornar um gado, amando aquela garota mais do que a sua própria vida?

O moreno foi até aquela mesma doceria, talvez conversar com aquele garoto novamente o ajudasse, talvez o convidar para passar o natal? Não, isso era besteira. Qual era o nome dele mesmo? Ah, meio elfo, tão encantador, ele era um charme, um anjo caído.

Ele se senta sobre um banco em frente ao balcão. Meio elfo sorri para o garoto. -boa tarde, como vai a sua véspera de natal? Ele lhe entrega o cardápio. -mal. O garoto diz secamente. -posso saber o porquê? Pedrux assenta com a cabeça. -natal sozinho, não é natal, certo? Meio elfo assenta com a cabeça, borboletas borbulhando sobre o estômago. O trazendo um enjôo. -sim, eu acho. Ele fala baixinho.

-você vai passar o seu natal com quem? Pedrux pergunta curioso. -ninguém aparentemente. Ele abaixa a suas orelhas, o temor e a tristeza o contaminando. -por que todos tem um namorado? Menos eu? Isso é tão injusto. Ele bufa baixinho. -ah, talvez você tenha um amor, só não vê. Talvez porque essa pessoa é muito tímida, e não consegue demonstrar amor. Pedrux fica por um tempo analisando a fala, tentando adivinhar quem poderia ser. -você já teve um amor? Meio elfo assenta com a cabeça. -eu tive uma pessoa no qual me apaixonei, mas o parâmetro de insia é diferente. O destino os separou, por um amor dela. Essa pessoa já tinha alguém que amava, e jamais esqueceu. A culpa foi minha na  real, eu menti pra ela na primeira oportunidade. Pedrux fita seus olhos, esperando que meio elfo fizesse o mesmo.

Ele sente o corpo do elfo retrair, mas seus olhos nada. -e você? Meio elfo finalmente conecta seus olhos aos de pedrux, uma sensação tão profunda é desbloqueada, ele sente seu rosto ferver, aquilo era mágico, ele precisava de mais. -eh, mas eu nego ela, eu já vi as fitadas que ela me dá, todas as vezes que ela fica corada, mas eu sempre neguei. Talvez porque ela me chamou de hipócrita uma vez. Meio elfo ri, corando. Ele sabia muito bem quem era. -você se apaixonou por ela? Pedrux da de ombros. -eu queria ter uma amizade mais profunda com ela, mas eu sempre estrago tudo. Meio elfo da um sorriso.

-e se ela te desse um beijo, você ficaria com raiva? Pedrux fica por um tempo pensando. -depende, acho que agora não. Meio elfo fica por um tempo em silêncio. -enfim, já escolheu o pedido? Meio elfo assusta o garoto. -sim, sim...eu quero o especial da casa. Meio elfo sorri. -ah ok. O garoto vai até a cozinha, voltando sem nada sobre as mãos. Ele vai até o banco onde o garoto estava sentado. -se levanta rapidinho. Pedrux faz o que é pedido. -cade o meu pedido? Meio elfo da um sorriso. -você já vai ver. Ele retira de seu bolso um papel dobrado em quatro partes. Ele desdobra. O entregando o papel.

-eu já descobri o seu amor, quer saber o meu? Ele lê o papel. -sim, eu quero. Pedrux diz sem pensar duas vezes. Meio elfo se aproxima, o dando um beijo calmo, seus lábios movendo-se junto com os de pedrux, se igualando. Pedrux coloca sua mão sobre a bochecha do garoto, o beijo foi calmo, mas quente, os dois se separando por palmas. Meio elfo olha para o lado, vendo os seus colegas de trabalho. -finalmente. Uma garçonete diz aliviada. -não aguentava mais esses olhares, tinham que se beijar logo, meu deus. Pedrux ri, encostando suas costas sobre o balcão.

-ta afim de comer algo? Meio elfo volta seus olhos a pedrux. -sos. Ele brinca. -como? Meio elfo franzi o cenho confuso. -salame, ovos e salsicha. Ele ri vendo o garoto ainda tentando entender. -que? Ele pergunta confuso. -queijo, faça seu desejo. Meio elfo o fita em sinal de reprovação. -é brincadeira, tá afim de um sorvete? Meio elfo assenta com a cabeça. Ele olha para trás, vendo os garçons rindo. -ja acabou o turno de vocês, vão embora. Meio elfo os adverte. -tirou a foto? Um garoto de cabelos negros pergunta a uma garota. -amanhã vai ter jornal do dlet. Ela ri.

Meio elfo da um passo para trás, se virando para a porta. Pedrux vai até o garoto, o fitando. Ele logo pensa em segurar a mão do garoto, se desfazendo desses pensamentos em seguida. -ta com medo de segurar a minha mão? Pedrux o pergunta com um sorriso sarcástico sobre o rosto. -não, 'magina. Ele segura a mão de pedrux, os dois saindo do local.

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